sábado, 18 de dezembro de 2010

Escândalo em Serra do Mel

Motel: prefeito Bibiano pratica ato safado na frente de todo mundo 


No Twitter encontro a indignação de Tulio Ratto: a denúncia de que a prefeitura de Serra do Mel, a 250 quilômetros de Natal, doou terreno para a construção de um motel. Vou ao endereço de onde ele tirou a informação e encontro o Blog do JBelmont que, creio, é radialista e já foi deputado estadual. 

 
Trata-se de tramoia, malversação de patrimônio público feita pelo prefeito Josivan Bibiano de Azevedo. Isso dá notícia nacional. Isso tem o nome de patrimonialismo. O uso de bens e recursos públicos como se fossem propriedade privada por quem deles deveria zelar. 
É corrupção no seu estado mais impuro. É safadeza da grossa e no seu mais reles estilo. Falta de vergonha firmada no cartório da indignidade. Abaixo, o ato do prefeito. Bibiano fazendo coisa feia na frente de todo mundo.


Recebo e divulgo release do Clowns de Shakespeare

Lançamento do livro "Contos do Mar"

Finalizando as atividades deste ano, lançaremos nesta próxima segunda-feira (20), às 18h, o livro Contos do Mar, última atividade do projeto Teatro a Bordo, que trouxe alunos da rede pública estadual de ensino para o Barracão Clowns para assistir o espetáculo O Capitão e a Sereia e, em seguida, participarem do concurso de contos sobre o mar. Agora, os onze contos selecionados pela Profa Dra Marly Amarilha serão publicados em livro, a ser lançado neste evento. O lançamento  acontece na Potylivros da Salgado Filho (ao lado do Natal Shopping), com sessão de autógrafos dos autores participantes. O projeto Teatro a Bordo tem o patrocínio da Cosern e da Lei Câmara Cascudo de Incentivo à Cultura.
Sai resultado do Programa BNB de Cultura 2011!
Foi anunciada a relação dos projetos selecionados pelo Programa BNB de Cultura 2011 - Parceria BNDES, um dos mais importantes programas de fomento à cultura do país, que viabiliza a realização de projetos de toda a região Nordeste, além do norte de Minas e Espírito Santo, sem o uso de qualquer tipo de isenção fiscal. Tivemos a alegria de sermos contemplados com a segunda etapa do projeto Cartografia do Teatro de Grupo do Nordeste, que envolve a publicação de livros e o lançamento do portal teatronordeste, com todos os dados levantados na pesquisa. Compartilhamos essa alegria com nossos amigos do Coletivo Alfenim, A Outra Cia. de Teatro, Arlindo Bezerra, O Pessoal do Tarará, Giovanna Araújo, Joana Gajuru, ATA, Bagana, Piollin, Arlequim, Galpão das Artes e todos os demais selecionados! O resultado completo pode ser conferido clicando aqui.

Curtinhas
Foi lançado o livro Arte y oficio del director teatral en América Latina: Bolívia, Brasil y Ecuador, de autoria do pesquisador argentino Gustavo Geirola, que traz entrevistas com encenadores como Amir Haddad, Cibele Forjaz, Marco Antonio Rodrigues, Sérgio de CarvalhoVerônica FabriniCésar Brie, Aristides Vargas Jorge Mateus e o diretor artístico dos Clowns, Fernando Yamamoto.

- Nesta terça (21), às 19h, na Trattoria Bella Napoli, o poeta Carlos Gurgel fará noite de autógrafos de lançamento do seu projeto Dramática Gramática, que inclui um livro, CD, DVD, camiseta e pôster. A noite contará com a participação dos atores dos Clowns César Ferrario e Titina Medeiros, que vão fazer leitura das poesias.
Leio na Tribuna do Norte:
Regulamentação deve ser o próximo passo dos cartões



São Paulo (AE) - Depois da abertura do mercado de credenciamento e da regra para as tarifas dos cartões, a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) avalia que o próximo passo para o setor pode ser a regulamentação. “Não temos nenhuma resistência para que o mercado seja regulado. Se o setor de telefonia é regulado, por que o de cartões não pode ser?”, diz o presidente da entidade, Paulo Rogério Caffarelli.


Caffarelli diz que 2010 foi um “marco divisório” para o setor de cartões. O ano foi marcado pela abertura do mercado de credenciamento, em julho, e a regulamentação das tarifas do setor pelo Banco Central em novembro. As taxas se reduziram de uma casa de 45 para apenas 5.

Para o executivo, a evolução dos fatos pode levar a criação de uma lei para o setor. “Podemos passar da autorregulação para a regulação, ou uma convivência das duas formas”, diz o presidente da Abecs. “ cerca de 140 projetos parlamentares pedindo mudanças no setor de cartões.” Um dos que pedem mudanças mais profundas é o 4804/01, de autoria do deputado Edinho Bez (PMDB-SC). O texto trata da regulamentação, proíbe a diferenciação de preços para quem paga com plástico e dinheiro e estabelece punições para crimes eletrônicos com cartões. O projeto aguarda inclusão na pauta de votação.


Mudanças


Após dois anos no comando da Abecs, Caffarelli deixa este mês a presidência da entidade. O nome do novo indicado será conhecido em janeiro. O mandato vale para o período 2011 e 2012. Em geral, os bancos membros da associação se revezam no comando. Bradesco, Banco Real e Banco do Brasil foram os últimos a tocar a entidade. Caffarelli entrou no lugar de Aldemir Bendine, presidente do Banco do Brasil, que teve que se afastar da Abecs logo no começo do mandato para cuidar do BB em meio à crise financeira mundial.

Segundo Caffarelli, a Abecs deve contratar mais profissionais, para fazer face ao crescimento do mercado. Antes, a entidade tinha apenas três funcionários, este ano chegou a 10 e o número deve aumentar em breve.



A conversa de um velho amigo, a construção de um navio e o silêncio dos mistérios

Hoje encontrei-me com um amigo. Um amigo muito velho. Talvez tenha a idade de uma sequóia. Aliás, meus amigos são todos muito velhos, antigos homens-cedro que às vezes me caminham para uma conversa, algo assim. Às vezes nem falam. Pois tão velhos somos que já conhecemos todos os nossos assutos. Os nossos e os de outras partes, países distantes, terras onde, como acá, também se planejam horrores e se os praticam com gênio de milagre terroroso. Assim sabemos que a rigor hoje já não há mais novidades. Só um lento e clamoroso langor da vida que se repete a cada reedição de um desastre, ao retorno de um furacão ou a morticínio idêntico ao seu predecessor.

Digo que sou velho e provo: por exemplo, fui menino, jovem e velho com Ramsés I e Ramsés II. Fui também menino com Marco Antonio e muito o aconselhei a não se meter com Cleópatra. Brinquei com Semíramis e, naquele tempo, como era arquiteto fui o principal a ajudá-la a erguer os seus jardins suspensos, aquela maravilha que passeia os sonhos de quem com ela gosta de sonhar.

Naquele tempo era assim: um homem podia nascer, crescer e viver ao lado de pessoas que seriam da sua e da próxima geração. Mistério a que jamais busquei abalançar-me e desvender. É para isso que servem os mistérios: para funcionar como um leve devaneio, uma pluma, uma suave névoa na qual entramos mas a que não desejamos, de forma nenhuma solver, pois no íntimo sabemos que o mistério é uma verdade revelada mas não dita por que é ou para que é. E é aí que reside a grandeza do mistério: ser arcano; a ignorância que ilumina a perplexidade.

Mas hoje, suspeito, não há mais mistérios. Nada há de metafísico ou filosófico, aqui no sentido da ignorância revelada dos mistérios. Está tudo cibernético demais, racional demais, explicado demais para que haja mistérios a desafiar a inconclusão que deles queremos chegar. Minto: há mistérios sim, mas somente para quem deseje ser um pouco orvalho, um pouco manhã fria, um pouco silêncio, um pouco passos silenciosos numa casa habitada apenas por um casal. Aí o mistério ainda vive; escondido, guardado entre antigos, avoengos pertences a que os olhos do mundo não deve ter acesso. O mistério pertence a fantasmas muito queridos, sei disso.

Mas dizia que hoje encontrara um velho amigo. Homem acomodado - aqui no sentido espanhol do termo - já criou os filhos e respira calmamente em sua vivenda ao lado da mulher. Uma vida calma como a sombra de um jardim por onde não passa ninguém. Aproximando-se, falou-me que agora quando já é um homem remoto e nada mais tem a temer pois nada tem o que perder a não ser o seu resto de vida, tomou grave decisão: construirá navio, enorme nau de muitas velas e pelo menos oitenta peças-de-fogo e se fará aos mares.

Garantiu que percorrerá o Atlântico e o Pacífico, o Índico, o Glacial Ártico e o Glacial Antártico. E descobirá, assegurou, um novo oceano. Ele entende que o Homem ainda não descobriu todo o planeta, coisa em que com ele concordo plenamente. Revelou-me, falando baixinho como uma pequena brisa, que esse oceano será importantíssimo para quando os povos forem fugir espavoridos dos desastres climáticos que se avizinham com a destruição lenta, programada e assassina do Planeta.

Além disso, detalhou, enquanto seu navio não fica pronto em estaleiro muito bem escondido em alguma baía ou porto seguro, anunciará desordens e grandes desgraças e fará vaticínios incontestes. Disse que poclamará sedições e grandes movimentos e inaugurará uma nova religião. Qual, não sabe ainda. Mas que ela virá, virá, tranquilizou-me. 

Mais que isso, vai exortar o povo, o povo do mundo todo, a que comece a caminhar pelas ruas munido de urinóis e que esses urinóis sejam despejados diariamente em todos os Parlamentos e que os grandes senhores e senhoras desses parlamentos sejam obrigados a fazer suas abluções matinais com todo o conteúdo que lhes for destinado. E me disse que isso é algo muito bom, no que concordei plenamente. 

Asseverou que vai ruminar horrores e gritar palavras que ninguém compreenderá. E tará o poder de conjurar raios e coriscos, choques e grandes explosões oriundos das forças dos elementos. Enquanto assim falava os olhos do meu amigo injetavam-se de algo que se assemelhava ao que conhecemos por ódio, rancor ou vingança. Perdão: acho que estou sendo injusto: indignação era o que eu via naquele olhar irado e faiscante. Indignação justa, golpe fendente de espada.

Depois, acalmou-se. E, virando-se para mim, apascentou a minha própria indignação: "Amigo, não vamos nos apressar. Afinal, tudo isso de que acabo de lhe falar é apenas mistério. Um mistério que só uns poucos, como nós loucos e velhos, podem intuir." E saiu em direção à sua casa feita de sombra de jardim por onde não passa ninguém.

Imagem: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.dzai.com.br/static/user//18/18744/776a0edfb614c106e8d05d2f1a2f7b1a.jpg&imgrefurl=http://www.dzai.com.br/blog/blogdaconceicao%3Ftv_pos_id%3D37565&usg=__T84Z_1kBa-AVdxWlvoedS8TTYyo=&h=375&w=415&sz=34&hl=pt-br&start=24&sig2=zU3SmshdDwpewXwH4qIv8w&zoom=1&tbnid=MsPi8NIVnVmefM:&tbnh=145&tbnw=153&ei=j8QMTb_4BsKblgeDsKzQDA&prev=/images%3Fq%3Dnavios%2Bantigos%2Btempestade%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26client%3Dfirefox-a%26sa%3DN%26rlz%3D1R1GZEV_pt-BR___BR406%26biw%3D1024%26bih%3D581%26tbs%3Disch:10%2C933&um=1&itbs=1&iact=rc&dur=355&oei=ccQMTfW0PML88AbtzajIDQ&esq=6&page=3&ndsp=13&ved=1t:429,r:2,s:24&tx=74&ty=61&biw=1024&bih=581

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Billie Holliday - Lady sings the Blues

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    A mão malvada e o seio pequenino


Da Folha: (Gleb Garanich/Reuters) - Feminista protesta na Ucrânia contra falta de mulheres no gabinete do governo no aniversário do premiê Mykola Azarov.

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Pablo Neruda

Confesso que vivi

Talvez não tenha vivido em mim mesmo, talvez tenha vivido a vida dos outros.
Do que deixei escrito nestas páginas se desprenderão sempre – como nos arvoredos de outono e como no tempo das vinhas – as folhas amarelas que vão morrer e as uvas que reviverão no vinho sagrado. Minha vida é uma vida feita de todas as vidas: as vidas do poeta.”


Imagem: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://jpn.icicom.up.pt/imagens/cultura/pablo_neruda.jpg&imgrefurl=http://jpn.icicom.up.pt/2007/05/04/porto_fazer_a_festa_arranca_no_teatro_carlos_alberto.html&usg=__7806LygNjjXDOegvBz8omCHNGo4=&h=229&w=305&sz=39&hl=pt-br&start=18&sig2=vVCKhhphkiE7scOKhp3ecQ&zoom=1&tbnid=KncN049ef4nWcM:&tbnh=128&tbnw=164&ei=e9MLTaN-w5yWB7yU3LoF&prev=/images%3Fq%3Dpablo%2Bneruda%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26client%3Dfirefox-a%26hs%3D672%26sa%3DN%26rlz%3D1R1GZEV_pt-BR___BR406%26biw%3D1024%26bih%3D581%26tbs%3Disch:10%2C581&um=1&itbs=1&iact=rc&dur=409&oei=adMLTf2PA8ys8AaktvHXDQ&esq=4&page=2&ndsp=18&ved=1t:429,r:12,s:18&tx=85&ty=49&biw=1024&bih=581
E foi só pra receber um pedaço de papel


Tenho dificuldade em viver situações cerebrais; situações em que valem esquemas mentais que estão lisos, rapados como tábua que acabou de sair da carpintaria. Dificuldade em conviver com grupos que pensem de forma matemática. Prefiro a diversidade da vida ao numérico; as coisas arriscadas da escrita ao que já esteja com final antevisto, as coisas que podem se desvencilhar do estrutural e do planejado, do programado e reto e por isso estático de nascença. A matemática não erra nunca e isso não tem graça.

Certa vez, isso há anos, participava de equipe de pesquisa social muito rígida. Muito competente e séria também, diga-se, em seus propósitos. Mas eu nunca me ajustei. Eram planilhas demais, argumentos demais, certezas demais. Um dia fui assim descrito: "Barreto é um outsider". E era verdade. Então, para não prejudicar as certezas acadêmicas retirei-me do grupo. 

Trabalho com o imponderável, o inusitado, as pequenas coisas, o dispensável. Para mim uma formiga carregando uma folha que pesa mais de dez vezes que ela é acompanhar uma odisséia, uma travessia, uma grande aventura que chega a ser humana - pelo menos no paralelismo que estabeleço entre humanidade e a vida de uma formiga. Com vantagem para a formiga: ela não está sendo explorada porque, a rigor, aquilo não é trabalho: é vida. Todo o formigueiro comerá daquela folha. Sem pagar.

Acompanho aquela formiga com vivo interesse, até que ela suma no misterioso, secreto, escuro e seguro túnel que é sua morada. Também acompanho com interesse os passos dos meus netos. Suas pequenas e inestimáveis descobertas, sua ingênua aventura de começo. Mas, devo admitir, as coisas que crio têm também sua organização caótica. O caos é a essência de todos os inícios, a desorganização em estado perfeito. A imprevisibilidade do próximo passo. É não chegar nunca e continuar querendo não chegar.

Foi assim pensando que este ano fui a Bogotá apresentar trabalho acadêmico: "A fotografia como paixão em Cartier Bresson". Está vendo? Não consegui produzir um texto científico; apresentei um ensaio apaixonado sobre a paixão do meste da Leica. Foram mais de dez horas de avião até a capital da Colômbia: primeiro de Natal a São Paulo saindo daqui de madrugada. Ali, uma espera que dava a impressão de século. Afinal o voo que me levou à belíssima Universidade Javeriana, entidade católica. Elitíssima: meninos e meninas da mais fina flor bogotana.

Apresentei meu trabalho um dia depois da chegada. Completamente diverso dos trabalhos dos colegas: eles e elas científicos. Eu, gauche, alumbrado com as fotos de Bresson. E deu certo: fui o último a mostrar meus slides e meu texto. Mas o fiz com tanta convicção que a Mesa Diretora, ao encerrar nosso seminário, me fez um carinho de ego: "Barreto, foi o ponto alto. Seu trabalho foi uma celebração". Confesso que vivi  - aqui peço esse empréstimo a Neruda - como admito aqui essa ponta de vaidade.

Mas o mais importante ocorreu quando voltei. Dias depois da chegada minha neta perguntou o que eu tinha ido fazer tão longe. Expliquei. E ela indagou: “Mas, Vô, você tirou o primeiro lugar?”. 

Disse que não, que não era um concurso. Apenas a gente apresentava o trabalho e “recebia um certificado, um diploma, viu?”.

Aí, ela me fez a pergunta decisiva: “Mas, Vô, você fez essa viagem tão longe só pra receber um papel?”

 E eu: "????????????????????????????????????????????". 


 Reitor assina contrato para construção de laboratórios na UFRN

O reitor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, José Ivonildo do Rêgo, assinou na manhã desta sexta-feira, 17, contratos com as empresas Estrutural Edificações e Projetos Ltda e Directa Engenharia e Projetos Ltda, no valor total de R$ 12,7 milhões, aproximadamente, para a ampliação do Departamento de Comunicação Social da UFRN, para a construção do prédio onde funcionará o Metrópole Digital e de laboratórios para os novos cursos de Engenharia.

Estiveram presentes à solenidade de assinatura dos contratos os diretores dos Centros de Tecnologia, Manoel Lucas, do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), professor Márcio Valença, professores do Departamento de Comunicação, professores vinculados ao projeto Metrópole Digital e o deputado Rogério Marinho.

Com recursos oriundos do Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), um dos contratos, no valor de R$ 2.060.567,26, garante a ampliação do Departamento de Comunicação Social integrando à estrutura atual do Laboratório de Comunicação (LABCOM) com salas de aula, salas de professores e novos laboratórios. Também com recursos do REUNI, no valor de R$ 8.985.004, será construído um prédio destinado aos laboratórios dos novos cursos de Engenharia (Centro de Tecnologia), cujo prazo de entrega será de 12 meses.

O Projeto Metrópole Digital terá seu primeiro prédio construído para abrigar o Núcleo de Pesquisa e Inovação em Tecnologia (NPTI). Com prazo de entrega previsto para oito meses, a obra custará R$ 1.691.085.

O 3 x 4 no prontuário da vida

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Mayza Mattarazzo
Ele é do Mal... ufa!

"O ministro do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Marco Aurélio Mello decidiu ontem que Paulo Maluf (PP-SP) deve ser empossado no cargo de deputado federal por não mais haver contra ele a condenação que o tornou inelegível pela Lei da Ficha Limpa. [...] Um dia depois de ser absolvido, o deputado federal disse que sempre acreditou na Justiça".

Os dois trechos de notícia peguei na Folha e sobre eles tenho a dizer: não, não: pelo seu perfil facinosoro o elemento Paulo Salim Maluf sempre confiou na injustiça. Não jhá justiça quando se dá liberdade civil a um tipo como aquele.
O ministro Mello arrimou-se unicamente em uma tecnicalidade jurídica para inocentar um indivíduo que é sabidamente criminoso. E de alta periculosidade civil.

O perfil histórico, o procedimento sorrateiro, os atos que clamam aos céus, tudo isso deveria ter sido levado em conta na hora da decisão ministerial.

Maluf é uma espécie de sociopata civil, um psicopata político incorrigível. E ainda vai fazer muito mal a esse país. Não é à toa que, silabando-se seu nome, temos... Mal... ufa!

Só para encerrar: você compraria um carro a Maluf? 

Foto: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://4.bp.blogspot.com/_7DzbD5vr19E/TPRN_NKlkpI/AA

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Mestre Robson Miguel -MALAGUEÑA-TEMA DE ABERTURA DO CURSO EM DVD O VIOLÃ...

Paco de Lucia - Concierto de Aranjuez (Composed by Joaquin Rodrigo Vidre...

A floresta, a chuva, os bichos todos. Mistério

E então caiu uma grande e boa chuva. Uma chuva forte e protetora como uma grande mãe elefante que acarinhasse em seus costados de animal de tamanho himalaico um tesouro desajeitado e que lhe fosse  poderosamente dependente: sua cria de tromba ainda sem controle. 

Aquela chuva aninhou suas águas frias e lisas no copado das árvores e desceu até os instantes mais secretos da terra, daí escorrendo barulhando até um rio corpulento cujas águas atravessavam as léguas da floresta de um ponto a outro. Floresta habitada por animais diversos, récua que vivia sua inocência bruta de bichos sem história e tempo.

Floresta que escondia no seu ponto mais azul, verde e central seres elementais, assombrações, duendes que não assombravam a ninguém porque jamais havia neles sido depositado olhar de homem, mulher, dono ou Rei; floresta que deveria ter permanecido floresta abraçada pelo laço protetor da chuva antediluviana. 

Floresta, floresta, floresta. 
Chuva, chuva, chuva,chuva.

Silêncio.  A vida se faz escondida aos olhos de ninguém.

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Émile Zola
Imatgem: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.marianne2.fr/photo/804137-964624.jpg%3Fv%3D1216983825&imgrefurl=http://www.marianne2.fr/Emile-Zola-Ma-vie-est-bourgeoise-mon-oeuvre-est-socialiste-mon-ame-est-revolutionnaire_a89519.html&usg=__fDqlal-Wd89I0WwztDGOvh8dzS0=&h=346&w=250&sz=18&hl=pt-br&start=0&sig2=kf3_k7CTly_sFTCyJfo0NQ&zoom=1&tbnid=HffBubXnlRT9vM:&tbnh=136&tbnw=98&ei=looKTYH8EIOdlgf9xdi8AQ&prev=/images%3Fq%3Demile%2Bzola%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26client%3Dfirefox-a%26sa%3DN%26rlz%3D1R1GZEV_pt-BR___BR406%26biw%3D1024%26bih%3D581%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=716&vpy=79&dur=379&hovh=264&hovw=191&tx=91&ty=116&oei=XYoKTY3ZA4GKlwe8kaS0Aw&esq=8&page=1&ndsp=21&ved=1t:429,r:5,s:0

Tiririca chega à Câmara. Encontrou um sapato no chão e devolveu. Daqui a mais uns tempos isso não acontece. Vão querer levar o rapaz para o mau caminho...

"Cheguei em um bom dia", diz Tiririca

Humorista faz visita guiada pelo Congresso pela primeira vez depois de ser eleito o deputado mais votado do país

Palhaço chama reajuste aprovado ontem de "bacana" e diz que não usará fantasia porque Câmara "é coisa séria"

Sergio Lima/Folhapress

O humorista e deputado eleito, Tiririca (esq.), conversa com Temer, presidente da Câmara

DE BRASÍLIA

Francisco Everardo Oliveira Silva, o palhaço Tiririca, chegou para sua primeira visita à Câmara dos Deputados, ontem, no mesmo momento em que o plenário da Casa analisava projeto de reajuste dos salários para o Legislativo e o Executivo.

O humorista e deputado federal mais votado do país elogiou a proposta que elevou os salários para R$ 26,7 mil. "Cheguei em um bom dia, dei sorte. Acho [o aumento] bacana, acho legal."
Logo depois de chegar à Câmara, Tiririca, eleito pelo PR de São Paulo, disse que já tinha aprendido o que faz um deputado, mas aprenderá mais com seus colegas.

Um dos slogans usados em sua campanha foi: "O que faz um deputado federal? Na realidade, eu não sei. Mas vote em mim que eu te conto".

O deputado eleito afirmou que não vai abandonar a sua personagem, mas disse que não vai usar sua fantasia, "porque aqui é coisa séria".

Segundo ele, sua vida artística não será deixada de lado. "Ainda tenho quatro anos de contrato [como comediante com a Rede Record]", afirmou.

O novo deputado, que será diplomado amanhã em São Paulo, negou que esteja sentindo preconceito com a sua chegada ao Congresso e citou o presidente Lula como o político que mais admira.

VISITA GUIADA
Tiririca chegou à Câmara por volta das 14h ontem e fez um tour pelas dependências do Congresso, ciceroneado por Sandro Mabel (PR-GO).
Ele foi acompanhado por inúmeros jornalistas e fotógrafos -um deles chegou até a perder o sapato. O humorista o devolveu ao dono.

O novo deputado também foi alvo de atenção dos próprios congressistas. Inocêncio de Oliveira (PR-PE) pediu o apoio para continuar integrando a Mesa da Casa.

Questionado se estava espantado com o assédio, Tiririca disse que já tinha ocorrido o mesmo quando lançou a música "Florentina".

Eleito com 1,3 milhão de votos, o deputado foi acusado pelo Ministério Público foi acusado de apresentar declarações falsas sobre sua alfabetização e sobre seus bens à Justiça Eleitoral, mas foi absolvido. (MCC)
A Operação Impacto resultou num sopapo na cara do povo. Um dos indiciados, o Sargento Siqueira, tornou-se afinal, cumprindo os rituais da grotesqueria política que infesta este infeliz Estasdo, deputado-bibelô: vai enfeitar, na mesinha de centro da Assembleia Legislativa, a falsa vaga deixada pelo deputado reeleito Gilson Moura. Na qualidade de penduricalho político o único gesto de Siqueira como "parlamentar" será participar da posse da governadora eleita.

Antes disso Siqueira, caso queira fazer algum discurso não o poderá: sequer quererão querê-lo os deputados: está na hora do remanso de fim de ano. Ócio e preguiça para todos. 

É por essas e outras que os Titãs compuseram Vossa Excelência, poderosa, indignada, melhor dizenro irada canção contra... bem... os digamos assim... Faça o seguinte: logo abaixo está o post com o show dos Titãs. Você entenderá o que quero dizer.

Foto: http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://arquivos.tribunadonorte.com.br/fotos/66492.jpg&imgrefurl=http://tribunadonorte.com.br/noticia/tj-cassa-liminar-e-determina-posse-imediata-de-sargento-siqueira-na-al/167608&usg=__G0wAFE9TGiweskQU3PmHqLOyHm4=&h=500&w=750&sz=32&hl=pt-br&start=0&sig2=j3aYqSqbt2Xz2tWT_E9ZGw&zoom=1&tbnid=pWyYLIb5kh4opM:&tbnh=132&tbnw=170&ei=M2IKTca3N4eglAfqz7yXAQ&prev=/images%3Fq%3Dsargento%2Bsiqueira%26um%3D1%26hl%3Dpt-br%26safe%3Doff%26client%3Dfirefox-a%26sa%3DN%26rls%3Dorg.mozilla:pt-BR:official%26biw%3D1024%26bih%3D407%26tbs%3Disch:10%2C104&um=1&itbs=1&iact=rc&dur=621&oei=E2IKTdOsJsX_lgfbx_CSBQ&esq=9&page=1&ndsp=10&ved=1t:429,r:7,s:0&tx=53&ty=50&biw=1024&bih=407
Rosalba pode curar escrófula?

A governadora eleita Rosalba Ciarlini anunciou que cortará 30 por cento dos cargos comissionados. Por sua vez, a equipe de transição informa que o Estado tem dívida de 800 milhões. A ideia de redução de cargos é boa, mas os seguidos anúncios de que o Rio Grande do Norte estaria em situação pré-falimentar, sugerindo esse mesmo discurso que "Rosalba é a solução"e que sua simples presença teria o condão de Midas de transformar ferro retorcido em ouro, pode criar um problema para a governadora.

Isso, pelo simples fato de que problemas conjunturais graves, como a eterna e extenuante crise no Walfredo Gurgel, onde as pessoas sofrem como se estivessem na antecâmara do inferno; e questões estruturais como o alavancar da economia, não se resolvem da noite para o dia. A criação de expectativa exagerada quanto ao desempenho de um agente político pode se transformar de otimismo midiático histérico em débâcle estrondosa caso as soluções não brotem do chão administrativo como esperam assessores e aduladores.

A visibilidade de governantes é um fenômeno frágil como o papel de arroz que serve de divisória às graciosas casas japonesas. É preciso saber preparar - e preparar para durar - a imagem de um governante. Assim, entre o discurso e a imagem pública que dele resulta; entre o discurso e seu confronto como real pode haver uma ponte firme como a estátua do Cristo Redentor ou um abismo que surge rugindo do Hades da política. Isso porque, incondizendo as promesas do líder como um real que não se muda da noite para o dia; discrepando suas promessas com o que efetivamente pode e pretende fazer, podem tornar-se baldadas até mesmo as mais boas intenções - manietadas que são ao peso da ciclópica  máquina ciclópica que tem a agilidade de um leão-marinho.

A publicidade, o marketing de Rosalba, deveria ficar atento ao excesso de otimismo que se quer instaurar frente a um quadro administrativo que se diz ser alarmante. Isso pode induzir a opinião pública a ser desperta e passar a cobrar um governo de resultados imediatos, um governo que obra milagres do mesmo modo como se dizia na Idade Média que a imposição da mãos do Rei curava escrófula.

Titãs - Vossa Excelência

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Abaixo, íntegra do discurso da governadora Rosalba Ciarlini falando sobre o Rio Grande do Norte. Na matéria anterior a esta um poema de Bosco Lopes, também a respeito do nosso Estado. Veja com qual dos dois você fica. 
..

Tenho plena consciência do significado jurídico e político do diploma que recebo da Justiça Eleitoral do Rio Grande do Norte.

Ele expressa e testemunha o reconhecimento da soberania da vontade popular pelo Estado e pela Nação, conforme manifestada pelos norte-rio-grandenses nas urnas de três de outubro.

O diploma conferido pelo Poder Judiciário aos eleitos, é sinal marcante da supremacia do Povo.

Daí por que o diploma não é apenas a homologação do resultado eleitoral, mas ardente símbolo nas mãos de seu portador, advertindo-o de que o Poder, espacialmente, não é seu, mas do povo, nem, temporalmente, é perpétuo, mas efêmero.

Poder de todos é Poder partilhado, e porque tenho convicção de que Poder como serviço é a compreensão dessa partilha, peço licença a Vossa Excelência, Senhor Presidente, e ao Tribunal, para referir-me a todos os que vão compartilhar com a Governadora do Estado este Poder, pois eleitos de forma republicanamente igual, para a mesma e certamente nobre missão.

Saúdo, com estima e confiança, o Vice-Governador Robinson Faria: como foi indispensável companheiro na luta e no êxito eleitoral, será, tenho certeza, lutador aguerrido e constante para o êxito administrativo e político do Governo comum que estamos para iniciar.

Saúdo, reconhecida e grata, e igualmente confiante, os Senadores reeleitos: Garibaldi Alves Filho, e seus Suplentes Paulo Davim e Janduhy Max Freire de Andrade; e José Agripino Maia, e seus Suplentes João Faustino Ferreira Neto e Valério Djalma Cavalcanti Marinho.

Igual saudação aos Deputados Federais eleitos Betinho Rosado, Fábio Faria, Fátima Bezerra, Felipe Maia, Henrique Eduardo Alves, João Maia, Paulo Wagner e Sandra Rosado.

Dos Senadores da República reeleitos no último pleito, e dos Deputados Federais do Estado, o Rio Grande do Norte espera a reiteração do já comprovado espírito público, e, especialmente, intransigente apoio para que tenhamos reconhecidas pelo País a nossa estatura política, e nossas grandes perspectivas para o futuro.

Comigo foram eleitos, também, os Deputados Estaduais, que, no Poder Legislativo, compartilharão com a Governadora as responsabilidades do Governo.

Congratulo-me com eles, de forma igualitária, pela vitória, e convoco-os para a grande tarefa de restauração que o Povo nos confiou.

Respeitosa e esperançosa saudação aos Deputados Agnelo Alves, Antônio Jácome, Dibson Nasser, Ezequiel Ferreira de Souza, Fábio Dantas, Fernando Mineiro, George Soares, Gesanne Marinho, Getúlio Rego, Gilson Moura, Gustavo Carvalho, Gustavo Torquato Fernandes, Hermano Moraes, José Dias, Larissa Rosado, Leonardo Nogueira, Luiz Antônio de Farias Tomba, Márcia Maia, Nelter Queiroz, Poti Júnior, Raimundo Fernandes, Ricardo Motta, Vivaldo Costa e Walter Alves.

Senhor Presidente, Senhores Juízes:

Creio na Democracia como eficaz instrumento de construção do bem comum. Nesta declaração, encontro a origem e o fim do verdadeiro Poder como serviço, ao qual já me referi.

Origem na manifestação do corpo eleitoral do Estado, por cuja liberdade e soberania tem velado, de forma eficiente e digna, a Justiça Eleitoral do Rio Grande do Norte.

Esta origem popular, grandiosa deliberação de milhares e milhares, impõe ao eleito o dever da humildade, na consciência da própria pequenez diante das imensas expectativas que cercam sua missão.

O diploma tem por fim conferir ao eleito não um privilégio, mas um dever: servir à construção do bem comum.

Serviço compartilhado, agregador, cujo mais ingente e premente desafio é a convicção da inadiável urgência da convocação de todos para um repensar da atividade política e administrativa no Rio Grande do Norte, posto que o serviço ao Povo é unidade de propósitos, união de forças, nascidas na inspiração comum da própria causa pública.

Creio na força, na bravura e no trabalho do Povo do Rio Grande do Norte, e por isso também creio na dedicação de sua classe política ao interesse público.

Com esta confiança, tenho certeza de que não faltarão à Governadora, vindos de correligionários e adversários, estímulo para os acertos, e crítica construtia para eventuais desacertos, tudo sempre com o firme e constante propósito de servir ao Rio Grande do Norte.

Creio nas potencialidades de nossa terra. Certamente não seria hoje, nesta solenidade de diplomação, que haveria de traçar metas e rumos para o Governo que iniciaremos a primeiro de janeiro.

Mas esta profissão de fé no esperançoso futuro do Rio Grande Norte é verdadeira base para vencermos tempos perdidos e agarrarmos o amanhã, que haverá de ser de novo progresso, desenvolvimento, segurança, paz, obstinada determinação de atendermos as imensas carências sociais de educação de qualidade garantia de pronto e eficiente atendimento à saúde, promoção de possibilidades de trabalho honrado para todos os norte-rio-grandenses.

Creio haver chegado a hora de resgatarmos costumes políticos alicerçados só e só na dignidade pessoal e na ética administrativa.

As carências públicas não estão atendidas sequer no mínimo, tudo fazendo germinar a descrença no Poder Público, incapaz diante de tantos reclamos e necessidades.

Não é possível continuar-se a assistir impassível ao trato da coisa pública com interesses pessoais.

E porque creio na honra pessoal como padrão, referência e esteio da probidade administrativa, aceito o desafio, e não o temo. Vamos afastar a descrença para reerguer a esperança.

Vamos modernizar a administração do Rio Grande do Norte, dar-lhe impessoalidade, para que se baste por si mesma, com uma estrutura burocrática ágil e eficaz, reservando-se ao Chefe do Executivo e seus auxiliares mais diretos a definição das grandes políticas públicas, cuja execução haverá de ficar a cargo da máquina administrativa do Estado, apta e capacitada para só servir ao Povo.

Senhor Presidente, Senhores Juízes, Senhor Procurador Regional Eleitoral,
Autoridades, Cidadãos e Cidadãs:

Creio que da indiferença vamos tirar solidariedade; da descrença, fé; da indolência, trabalho; do atraso, aprendizado para a retomada.

Congratulando-me com a Justiça Eleitoral, Senhor Presidente, desde os Juízes de nosso mais longínquo interior, até ao Tribunal Regional Eleitoral, congratulando-me, igualmente, com o Ministério Público Eleitoral, seus Promotores e Procuradores, pela forma honrada como garantiram a manifestação eleitoral do Rio Grande do Norte.

E porque creio na honradez e competência da Magistratura de minha terra, tenho certeza de que, nos limites da Constituição e das Leis, o Poder Judiciário também haverá de agregar-se ao grande esforço de restauração da eficiência administrativa, e do resgate da ética pública no nosso Estado.

Com este ato solene, Senhores Senadores, Senhores Deputados Federais, Senhores Deputados Estaduais, Senhor Vice-Governador, estamos habilitados a iniciarmos ou retomarmos nosso serviço ao Povo do Rio Grande do Norte.

A confiança de que milhares de norte-rio-grandenses nos fizeram depositários com seus votos, o carinho que recebemos de jovens e idosos, os acenos cheios de fé, a alegria de olhos brilhando a encobrir, mesmo que por um instante, o desalento e a dor, a vibração dos comícios, encontros, carreatas, o despertar que testemunhamos de renovadas esperanças, nada disso pode perder-se por indiferença, acomodação, medo de mudar estruturas e hábitos.

Tivemos uma campanha memorável.

Severo julgamento nos aguarda se deixarmos desertar da alma do Povo o que talvez seja seu último alento.

Tenhamos nas mãos o diploma que nos entrega a Justiça Eleitoral, e, com ele, no qual vemos estampados todos aqueles sentimentos que compartilhamos com o Povo nestes últimos tempos, com ele demos o passo decisivo para a realização de esperanças e sonhos, e com firme convicção proclamemos ser possível a construção do novo Rio Grande do Norte.

Precisamos fazer o RN grande não apenas no nome, mas na cidadania, com o norte voltado para o futuro. Convoco a todos para a partir de agora, deixarmos todas as bandeiras partidárias de lado e termos apenas um partido: o Rio Grande do Norte.

Muito obrigada!

Na diplomação dos poderosos, a lembrança de Bosco Lopes

Rio Grande da morte, Rio Grande sem sorte

Com a diplomação hoje dos novos eleitos lembrei-me do velho amigo Bosto Lopes. De um poema de Bosco Lopes. Um poema chamado Riogrande. Trascrevo logo abaixo para você ler. Peço apenas que espere um pouco, leia antes o que tenho a dizer sobre o poeta.

Bosco foi menino comigo, estudamos no colégio de Pademá, o hoje extinto Ginásio São Luiz. Mas não cursou universidade. A vida preferiu diplomá-lo poeta e boêmio. As duas graduações juntas, miméticas, camaleônicas uma à outra. A vida, por isso mesmo, por o haver laureado poeta e boêmio, o malhou duro. A vida é assim: premia o sujeito com a sensibilidade, a poesia e a boemia e esses mesmos prêmios terminam por compor o seu epitáfio. Dá trabalho e é perigoso, muito, ser poeta e boêmio ao mesmo tempo. 
Bosco Lopes em foto do Diário de Natal

Bosco publicou em toda a sua curta e vivaz permanência único livro "Corpo de pedra". Levou anos, os originais se remexendo na gaveta, para que a Fundação José Augusto o viesse a trazer ao olhar do mundo.  

Entrevistei Bosco em meados dos anos 1975. Matéria sobre o livro. Editada em edição dominical do Poti, quando havia um belo caderno, o Módulo III, destinado à cultura. O título da matéria foi "Bosco Lopes tem corpo de pedra", da lavra de Ricardo Rosado de Holanda. 

Então, anos depois a vida leva aquele frágil e forte poeta e hoje ele é saudade. Saudade de você, Bosco. De ver você tão talentoso e esquecido ainda em vida; tão tímido, humilde, humildemente transitando, a olhar muitos faustosos pavões de cauda suja.

Mas eu falava sobre a diplomação dos novos do poder e do poema sobre o Rio Grande do Norte. Sem mais, leia "Riogrande". Em alguma parte, em algum Beco da Lama do Céu, Bosco vai ouvir. Leia em silêncio: os anjos ouvem o silêncio.

Rio grande da morte
Rio grande sem sorte
Rio grande sem forte
Rio Grande do Norte
Rio pequeno do Norte
Rio finito do corte
Rio seco de sorte
Rio Grande do Norte
Rio sem cais sem porto
Rio você já foi morto
Rio de leito torto
Rio chorando de fome
Rio triste sem nome
Rio cansado que some




Faces Faces Faces Faces Faces Faces Faces Faces Faces

Truman Capote

Bandidos dizem que vão à igraja rezar, mas, veja só o que eles fazem...

Geralmente quando pessoas se dirigem a um templo religioso, seja católico ou protestante, o fazem sob o bonançoso intento de ali entrar em clima de recolhimento e oração. Quer dizer, nem sempre, pois os tempos são modernos e as igrejas estão muito, mas muito mesmo, interessadas nas coisas de César.

Mas, admitamos que a ida à igrejas ainda seja como em priscas eras, quando a lá se dirigiam os crentes para rezar, orar, pedir, clamar, implorar, suplicar, desejar, chorar, o que seja.

Pegando carona em tais e beatíficos costumes, criminosos de Mãe Luíza estão se reunindo em uma igreja do bairro para... tramar a morte de policiais que reprimem o tráfico de droga no bairro. Quem informa é o Diário de Natal. Pode?

Quanto aos bandidos, devem estar agindo segundo o que conta a piada do assaltante. É assim: quatro tipos se reúnem para assaltar uma loja.Três entram e um fica no carro, motor ligado para a fuga. A polícia vem e prende todo mundo em flagrante. Três assaltantes confessam o crime, mas o motorista se defende: homem de sacros pensamentos e muito boas intenções, informou: "Sou um homem bom, religioso e penitente, rezador e de muita fé. Estava no carro rezando para o assalto dar certo."

Certamente por isso os bandidos de Mãe Luiza estavam num templo: pedindo o proteção dos Céus para suas nada divinas intenções: manter o tráfico e matar policiais. Oremos. É o que nos resta fazer.
Os salários salafrários

"Em votação relâmpago, Senado aprova aumento de salários no Legislativo e Executivo". Esse é o título de matéria na Folha, onde se informa que " em menos de cinco minutos, o Senado Federal aprovou nesta quarta-feira (15) o projeto que aumenta o salário dos deputados, senadores, presidente, vice-presidente da República e dos ministros de Estado para R$ 26,7 mil. O texto será promulgado". 

 São notícias assim, decorrentes de fatos que tais, que nos caem na cabeça como uma torrencial, desabusada, insolente demonstração de como os salários dos parlamentares são, vejamos, salários salafrários.

Essas decisões nos fazem entortar a cabeça, dobrarmo-nos em genufleção ofendida ante sujeitos - e sujeitas - que fazem da política arte e fonte de enriquecimento. Aí, quando é para
que tais elementos ganhem mais e mais, não se medem distâncias financeiras, quilômetros e léguas de reprecussão sobre os chamados cofres públicos. Quando é o salário mínimo...

A estimativa que vi nas coisas de jornal da internet apontam para efeito cascata de mais de um bilhão e oitocentos mil reais. Mas, é isso. O relâmpago da decisão pode ser visto na previsão do tempo financeiro que essa tempestade sazonal será sempre a mesma, um tsunami que esta pátria mãe gentil terá que aturar de seus filhos mais enturmados com as tramoias do que se convencionou chamar de vida pública.

O que é pior é que, quem entra, adora cair na vida...
Assaltante de casaca pode sair da cadeia: tutti buona gente 

"Os desembargadores da 2ª Turma do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (Espírito Santo e Rio de Janeiro) aprovaram nesta terça-feira (14) por unanimidade o alvará de soltura do ex-dono do Banco Marka, Salvatore Alberto Cacciola, 64. Segundo o TRF, o alvará já foi expedido e deve ser cumprido ainda hoje (15). Participaram da votação os desembargadores Liliane Roriz, José Antonio Neiva e Messod Azulay Neto. [...] Cacciola cumpre pena no presídio de segurança máxima Bangu 8, na zona oeste do Rio de Janeiro, desde 2008. Ele foi condenado a 13 anos de prisão em 2005, pela prática de vários crimes contra o sistema financeiro, entre eles peculato e gestão fraudulenta."
Cacciola rindo do mundo (Marcelo Sayão/Efe)

A informação é do UOL, que em seguida diz: "Com a decisão, ele continua preso em uma unidade de regime semiaberto, mas pode requerer a saída para visita periódica à família ou para trabalhar fora da prisão."

Alguém em sã consciência acredita que o criminoso sairá da prisão, livre como um pássaro, para "trabalhar"? Baqueiros são um grupo de elite que vive do trabalho dos outros por definição. Isso de logo o afasta da possibilidade de buscar trabalho, já que disso não tem prática, gosto ou propensão.

A interpretação ou acionamento efetivo da letra da lei nesse país permite o surgimento de decisões como essa. O elemento já demonstrou sua periculosidade em passado histórico recente. Com certeza não se deu a boas leituras, por exemplo a Bíblia ou outros livros santos, não se aconselhou com homens justos ou sábios horados, cujos comportamentos possam ter abrandado suas convicções e entendiemento da vida. Salvo milagre, coisa que, temo, não tenha acontecido, inexiste aí um homem suficientemente íntegro para ser solto.

Continua, suponho, sendo um perigo à sociedade. Seus atos de fraudador sem dúvida podem ser equiparados a uma forma de assalto sui generis. Cacciola e seu banco, o Marka, foram socorridos pelo governo do PSDB quando matreiramente se declararam falidos. Creio que continua homem de maus procedimentos... Assim, cadeia nele...

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Feliz, ferozmente feliz

Uma noite, saindo do jornal
passei por uma rua escura deserta e lá vi um homem.
Na verdade um bêbado.

Gritava verdades, verdades boas,
que a humanidade não merece.


Anunciava fantasmas e gritos.

Ele me pareceu irreparavalmente feliz.
Ferozmente feliz.
Imperdoavelmente feliz na companhia de sua garrafa.

Faces Faces Faces Faces Faces Faces Faces Faces Faces

Ulysses Guimarães

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