terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Extraordinária descoberta comprova tese do criacionismo

Foto: Alex Régis
Lixo acumulado facilita a geração espontânea e comprova tese do criacionismo


Diz a Tribuna do Norte : O promotor do Meio Ambiente João Batista Machado disse que irá processar a Prefeitura de Natal por improbidade administrativa em virtude dos problemas na Estação de Transbordo de Cidade Nova, antigo lixão. Por conta da falta de pagamento à empresa Braseco, responsável pelo aterro sanitário de Ceará-mirim, os resíduos tem se acumulado em Cidade Nova, atraindo novamente  catadores de lixo ao local.

O mesmo problema foi observado em outubro e, na ocasião, o Ministério Público entrou com uma ação civil e outra criminal contra a Urbana. “Já tentamos essas duas modalidades e agora entraremos na terceira, a improbidade administrativa. Só iremos estudar agora quem exatamente é o gestor responsável pelo caos”, explica João Batista Machado.
Hoje pela manhã o promotor fez uma visita surpresa à Estação de Transbordo, onde comprovou a existência dos problemas relatados na edição de hoje desta TRIBUNA DO NORTE. Às 11h, o promotor participa de audiência com a Urbana e a Prefeitura de Natal.
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 Em Nápoles, o surgimento de subespécie humana

Além do tatu, que está cavando buracos e prejudicando o bom trabalho da Caern, o lixo, descobriram cientistas amigos meus, é um animal estranho, que cresce em proporções assustadoras, alimentando-se de tudo o que acha pela frente. 

Tais cientistas, que na verdade são alquimistas e pretendem transformar lixo em ouro - mas acham que somente empresas do setor conseguem esse milagre - advertem que o lixo não é um animal domável. E se não contido a tempo promove um estranho fenômeno: geração espantânea de outros bichos fabulosos, como baratas, ratos, camundongos, micróbios de todos os tipos, além de urubus, burros e vacas sem dono, cachorros e gatos.

Eu sempre soube que Darwin, aquele tolo, estúpido como uma telhado sem telha, seria derrotado em suas exóticas teorias e conciliábulos científiucos. Agora, o comprovei.

Os alquimistas, que me apoiam, querem, com essa descoberta reabilitar a teoria do criacionismo. Entendem que algum deus surgido de teogonia que une em sua abóboda os progressos cibernéticos e a miséria, propicia o surgimento desses animais que vivem no lixo e, futuramente, de uma subumanidade. É um novo deus, uma nova religião, um novo tempo. Sucumbirá a humanidade e essa nova espécie dominará o mundo ao ser dominada pelo lixo.

Homem caminha ao lado do lixo assassino sem temor
Mas, voltemos ao assunto: o lixo, além de ser um animal extraordinário, formado por miríade de segmentos que se juntam formando organismo de extrema complexidade, que cresce e se estufa como aquele bicho que estrelou o filme "A bolha assassina", ele, o lixo, é sinal de progresso e refinamento.

Não vê a situação de Nápoles?  Nápoles, meu amigo, na Itália!, não vê? Nápoles está sucumbida no lixo assim como uma boa múmia adora a sua tumba secreta e tranquila.

Nápoles das canções romanticíssimas, das mulheres encobertas pelos véus de mistério enluaradado, está dominada pelo lixo. E se o lixo se nutre das coisas daquela magnífica metrópole, rútila como a mais bela estrela já vista pelo povo da pizza, é porque o lixo é um bicho bom, é educado; lixo é progresso, lixo é cultura.

Mas, encerrando, os alquimistas me informaram: não devemos nos preocupar: nosso lixo tem pedigree: um defensor dos animais, vindo da Itália, trouxe uma trouxinha de lixo para Natal. Queria fazer uma experiência. Soltou o lixo no quintal da sua casa. Dia seguinte, quando abriu a janela, fugiu espavorido: o lixo havia crescido como se tivesse fermento e já quase havia engolido a sua casa. Mas mesmo assim de uma coisa podemos nos orgulhar: é lixo com sapore di mamma. Capiche?


Um comentário:

Anônimo disse...

Se o lixo traz a geração espotânea, não deveria comprovar o evolucionismo? É ele quem defende a geração espontânea....