Está
pronta a capa de “Os crimes do Padre Heusz”, o personagem que mata pecadores
com hóstias envenenadas. O lançamento será dia 24, a partir das 19h no Solar
Bela Vista. Abimael Silva, da Editora Sebo Vermelho, caprichou no trabalho.
"Não é justo alguém ter o direito de ter uma empresa de aviação e outro não ter o direito de comer um pão." /////// JAMAIS IDE A UM LUGAR GRANDE DEMAIS. A UM LUGAR AONDE NÃO TENHAIS CORAGEM DA IMENSIDÃO - EMANOEL BARRETO - NATAL/RN
quinta-feira, 4 de julho de 2013
A saudade que ficou
Ailson Bonifácio – O propagador de
sonhos
--- Walter Medeiros
Ao anoitecer nessa quarta-feira,
03 de julho de 2013, Natal recebeu com tristeza a notícia da morte do
radialista Ailson Bonifácio, 78 anos, conforme disse uma notícia “um dos mais antigos e conhecidos técnicos em
radiodifusão no Rio Grande do Norte”. Convivi com Ailson Durante o período em
que trabalhei na Rádio Cabugi, mas já o conhecia de muitas outras histórias e
continuei acompanhando sua fascinante trajetória durante todo esse tempo.
Sobre o trabalho de Ailson, posso
dizer muitas coisas, para tentar estabelecer a sua real importância. Quando
Aluízio Alves cruzou o Rio Grande do Norte para ser governador em 1960, lá
estava ele, com seu trabalho de retaguarda garantindo as transmissões da Rádio
Cabugi para os pronunciamentos, as passeatas e os comícios. Assim fez durante
todo esse tempo, colocando no ar a Rádio até sob a escolta dos militares quando
o obrigaram certa vez, de madrugada a colocar a rádio no ar para divulgação de
um comunicado.
Era Ailson quem comandava a parte
técnica quando a Cabugi resolveu modernizar sua programação e colocou no ar a
chamada “Vitrola Mágica”, com a famosa “unidade móvel de frequência modulada”.
Era um transmissão dentro de um carro, que levava junto um locutor, para
proporcionar a interação com os ouvintes. Nos carnavais, lá estavam equipes da
rádio nos clubes e nas ruas com microfone na mão e sinal garantido por ele. O
mesmo sinal que fez a Cabugi tansmitir, com Celso Martinelli, ABC x Fenebarche
da Turquia e outros jogos. E o povo potiguar o conhecia muito bem, pois seu
nome era festejado e sempre citado durante toda a programação.
O trabalho de Ailson não era fácil
nem menos complicado como hoje, quando os equipamentos são consertados através
da substituição de circuitos inteiros e pronto. Ailson navegava pelos meandros
da eletrônica sabendo o que significava a corrente que seguia pelo filamento
das válvulas, da resistência de tracinhos coloridos, da energia acumulada nos
capacitores, na intensidade dos hertz proporcionada pelo movimento dos
condensadores variáveis.
Era algo fascinante vê-lo com um ferro de soldar na
mão diante de um chassi de qualquer equipamento, garantindo a circulação dos
ohms, picofaradys, watts, amperes e volts.
Depois de tudo isto, era uma
explosão de belos, potentes e agradáveis sons, com vozes, músicas e até ruídos,
quando necessários ou incontroláveis. Ailson viveu desde o tempo da galena –
aquele radinho feito no fundo do quintal com uma bobina improvisada e uma
quenga de coco, até a emocionante página da AM 640, que diz na Internet –
“Assista ao vivo”.
Cada potiguar tem alguma boa
lembrança de Ailson Bonifácio. Eu, felizmente, tenho muitas. Além de todas
essas citadas, lembranças das festas do Clubinho TN RC na Churrascaria Dom
Pedrito, nos transmissores e nas viagens inesquecíveis à Lagoa do Bomfim e
Tibau. Daquela sua voz, do seu sorriso e do seu jeito tão pacífico, que
compreendia o ser humano como ninguém. Os problemas não tiravam sua paciência e
para muitos ele era mesmo uma espécie de conselheiro, amigo, irmão. Siga em
paz, amigo.
quarta-feira, 3 de julho de 2013
Um poema
Vez por outra encontro alguém que dá vida a este
poema;
gente que um dia teve mandato e projeçao pelos
palanques e tribunas da vida:
Incógnito
--- Walter Medeiros
O líder de outrora é incógnito:
Ninguém o reverencia,
Não lhe conhecem,
Paira uma nuvem de indiferença.
Sumiram aquelas mãos que acenavam
Arriaram as bandeiras vibrantes,
Os retratos agora são lixo
reciclado,
Apenas seu olhar liga ao passado.
No rosto, a emoção da lembrança,
No peito, uma palpitação da
saudade,
Na rua nenhuma sombra curiosa,
Apenas aquele ser abandonado.
É isso mesmo essa vida,
Na sua consciência da história,
Sabe que de toda aquela sua lida
Resta somente para si a sua
glória.
Recebo e divulgo
Atividades do Solar Bela Vista
Este mês de julho, teremos no Solar Bela Vista, do SESI/RN, duas oficinas - arte circense e teatral - e a primeira etapa do Seminário Letras Potiguares, que vai, ao longo dos próximos meses, estudar alguns dos principais nomes da literatura potiguar, ainda em atividade ou já mortos.
A Oficina de Circo - Malabares (Bolinhas e Diabolo) e Acrobacia, acontecerá nos domingos 07 e 28/07, no horário das 14h às 18h, com carga horária total de oito horas-aula. A primeira parte, de Malabares, terá como instrutor o artista Xavier Ruiz, do Circo Mison/Venezuela; a de Acrobacia será conduzida por Wendel Gabriel, da companhia Tropa Trupe.
Serão oferecidas 30 vagas e cobrada uma taxa de inscrição de R$ 30,00 para comunidade e de R$ 20,00 para industriários e/ou dependentes. Os inscritos devem ter a partir de oito anos de idade. As inscrições devem ser feitas na secretaria do Solar até o dia 06/07, das 14h às 18h. Informações no telefone 3202.1904. Os industriários e/ou dependentes devem se identificar no ato da inscrição. Os menores de idade devem apresentar autorização dos pais e/ou responsáveis.
A Oficina de Teatro, com 30 horas-aula, e acontecerá ao longo dos meses de julho, agosto e setembro, sempre aos sábados - 13, 20 e 27/07; 10, 17 e 24/08; e 07, 14, 21 e 28/09 - sempre das 9h às 12h. Sob resaponsabilidade da companhia teatral Atores à Deriva, o “Oficinão à Deriva” será ministrado pelo ator Doc Câmara.
Na oficina, o aluno conhecerá um pouco das práticas de criação dos espetáculos dos Atores à Deriva. São procedimentos do teatro épico na abordagem de Augusto Boal, jogos de improvisação, e jogos baseados na técnica de Rasaboxes, além de leituras de textos e técnica vocal. Serão oferecidas 30 vagas e cobrada uma taxa de inscrição de R$ 30,00 para comunidade e de R$ 20,00 para industriários e/ou dependentes.
Os inscritos devem ter a partir de 14 anos de idade. As inscrições devem ser feitas na secretaria do Solar até o dia 12/07, das 14h às 18h. Informações no telefone 3202.1904. Os industriários e/ou dependentes devem se identificar no ato da inscrição. Os menores de idade devem apresentar autorização dos pais e/ou responsáveis.
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