Emanoel Barreto
Há dias um grupo de nuvens sisudas postou-se sobre Natal. A alguns podem parecer turronas, apreciadoras do devaneio que é bem próprio das nuvens sisudas: derramar um aguaceiro, atrapalhar o dia a dia e, tragédia, acabar com um programado, radiante e cervejeiro fim de semana.
Elas têm surgido com seu mau-humor plúvio, anunciam chuva, mas, depois de algum tempo, às vezes pouquíssimo tempo, retiram-se e dão lugar a nuvens-meninas, nuvens que brincam no céu de carneirinho, transformam-se em caras enormes, rostos de duendes, montanhas, paisagens distantes e fictícias, fictícias mas muito belas.
Devo dizer que gosto das nuvens-meninas, mas não deixo de apreciar as nuvens-velhas, aquelas que sabem que é preciso chover. São nuvens-avós e precisam orientar as nuvens jovens quanto à sua carreira e missão: provocar a queda de milhões de gotas, todas ao mesmo tempo, todas vivas e saltitantes, minúsculos grãos de água em busca de molhar o mundo e todos os seus tolos mistérios.
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