sábado, 26 de junho de 2021

Bolsonaro e a Lei de Murphy:

se pode dar errado vai dar errado

Por Emanoel Barreto

 A limitada compreensão de mundo e a visão mesquinha e tosca do que seja política têm se manifestado de forma brutal e bastante franca nas atitudes públicas da pessoa que hoje detém o cargo de presidente da República. Estupidez e coices verbais são distribuídos com vigor incomum atingindo a  todos os que o incomodam.

Pela sua própria ignorância e despreparo Bolsonaro parece não perceber que suas atitudes têm consequências de repercussão comunicacional de longo e profundo alcance. Mais exatamente: ele próprio está mostrando que não tem estatura para o cargo, não se apresenta como pessoa política com projetos e cria amplas condições para ser derrotado em, 2022.

É muito fácil explicar: incompetentes, e mais que isso incompetentes estúpidos, são substituídos; simples assim.

Seus comportamentos insultuosos têm destaque e ênfase nos jornais, TVs e internet. Com isso prolongam-se no tempo histórico e ajudam e configurar a imagem de um elemento descontrolado e vulgar em vez de um líder com capacidade de responder com maturidade e lucidez perguntas duras que lhe sejam dirigidas por jornalistas.

As entrevistas com Bolsonaro são sempre feitas a partir do que os estudos do jornalismo chamam de entrevista de confronto, ou seja: são indagações que tratam de temas ou assuntos que incomodam pessoa que esteja em situação incômoda ou desfavorável, como é o caso de alguém acuado com os números de mortos pela pandemia e agora cercado pela CPI que apura a calamidade da covid. Não haveria como ser diferente. É o papel de imprensa.

A qualquer pergunta explode em palavreado grosseiro. Por falta de argumentos parte para a agressão verbal. E assim mais e mais a imagem do brutamontes, do bronco, do abrutalhado e inculto se consolida. Até porque é verdadeira. A imagem corresponde ao homem.

Em comunicação a imagem cola na pessoa noticiável como se fosse sua pele pública; e retirar ou substituir tal imagem é muito difícil. Veja o caso de Karol Concá.

Bolsonaro é Bolsonaro em si e no espelho. E ponto.

A sua situação se agrava devido à exposição prolongada de suas estultices, que repete continuamente. E sua imagem mais e mais se tolda, agora pela flagrante corrupção encontrada na tentativa de compra superfaturada da vacina Covaxin quando ele, segundo diz o noticiário, nada fez para impedir  a tentativa ainda no nascedouro, apesar de informado do ato desonesto.

A pessoa de quem falo faz espalhafato desde o início de seu governo. Agora as coisas estão dando errado. Ele berra e não dá jeito. Tudo só faz piorar. E, por falar nisso, lembra da Lei de Murphy? Diz o seguinte: se alguma coisa pode dar errado vai dar errado. Parece que saberemos a resposta em 2022.  

terça-feira, 22 de junho de 2021

O grito de quem só sabe berrar

Por Emanoel Barreto

A explosão de fúria da pessoa que hoje é chamada de presidente da República marca de forma literalmente brutal seu desempenho à frente do cargo. Aos berros, atacou a jornalista Laurene Santos, da Rede Globo – lamentavelmente é só isso o que sabe fazer o tal presidente.

Destempero, ignorância, incompetência e por aí vai...

Trata-se de um ser que, em termos políticos, nada mais faz além de gritar e meter-se em situações de conflito, debochar da ciência, manifestar insensibilidade com a morte de 500 mil pessoas e promover atos que, certamente supõe, garantirão de alguma forma a possibilidade de manter-se no cargo por mais quatro anos.

Ao que parece tal pessoa acredita sincera e mediocremente que reeleger-se é a única finalidade de um presidente de república.

Vivemos sem dúvida um momento histórico que se não fosse tão cruelmente devastador seria pelo menos grotesco, tal a baixeza de atitudes de tal indivíduo, cuja vulgaridade parece não ter limites.

A morte de milhares de brasileiros, a desgraça que nos acomete, não o sensibilizam. O temperamento colérico domina a cena e o resultado está na angústia das famílias, na incerteza do passo seguinte, no temor pelo pior.

Esperemos que tal período histórico passe a galope, para que não continuemos a ser escoiceados.