sábado, 30 de maio de 2009

Mexendo no Youtube encontrei esta pérola. O grande Caruso, em "O sole mio".
Abraços,
Emanoel Barreto
http://www.youtube.com/watch?v=Y2eWglxp6g0

... No posto abaixo, meu comentário sobre a Copa de 2014.
Futebol para os bobos
Emanoel Barreto

Pois muito bem: neste domingo sai a lista das cidades que serão subsedes da Copa de 2014. Dizem que Natal já está escolhida. Vamos esperar. Já pensou que o dinheiro que será gasto, se Natal for mesmo escolhida, transformaria o Walfredo Gurgel num hospital de excelência?
Fica a indagação.
Alta indagação.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

E aí, vamos gritar gooooooooooooooooool?
Emanoel Barreto

As coisas de jornal estão dizendo que será domingo a escolha das cidades que sediarão a Copa do Mundo de 2004. E que Natal estaria muito bem contada para ser uma delas. Lamentarei profundamente se isso ocorrer. Será dinheiro público investido num estádio de custos milionários, uma "arena" como se diz por aí, que em nada beneficiará esse pobre Rio Grande do Norte.

Enquanto isso segurança, saúde e educação ficam às favas. É compreensível o entusiasmo. Afinal se estará dando ao povo pão e circo. E as massas, anuviadas pela emoção que o futebol ativa, comparecerão em peso, como se estivessem sendo premiadas.

É preciso lembrar que, se essa tal arena for construída, haverá apenas dois jogos em Natal, pelo que estou sabendo. E mesmo que sejam mais, nada justifica gastar esse dinheiro. Nenhuma situação socialmente proveitosa decorrerá desse iniciativa. Nosso índice de desenvolvimento humano não será alterado para melhor.

Espero, sinceramente, que Natal não seja escolhida.

quinta-feira, 28 de maio de 2009


O terror, o terror, o terror...
Emanoel Barreto

O terrorismo, para além de suas manifestações de violência, que ultrapassam o objetivo militar primário, tem a sua maior força de repercussão pelo fato de que atinge vítimas não diretamente envolvidas com aqueles que representam o sistema que se quer atingir. Ou seja: o agrente terrorista tem o maléfico condão de atingir pessoas ao léu, qualquer um que passe no instante de detonação de uma bomba ou qualquer outro artefato mortífero.

Reside aí a força do terror: criar na população um sentimento de medo coletivo que diz: qualquer um, a qualquer hora, pode ser alvo. Tais ações visam demonstrar que, insidiosamente, os agentes terroristas podem se mover silenciosamente e instalar seus artefatos. Com isso, fica claro às pessoas que o Poder não está assim tão aparelhado para impedir que com desenvoltura os atentados sejam praticados.

Todas as ações desse tipo trazem em si uma forte carga comunicacional: o terrorismo é uma ampla e sinistra forma de comunicação. Todo atentado, tecnicamente, é uma espécie de texto, que reafirma a capacidade do grupo de causar danos os mais amplos, profundos e desestabilizadores. Vide o ataque de Osama aos Estados Unidos.

Foram escolhidos cuidadosamente três alvos: as torres gêmeas, como símbolo do capitalismo; o Pentágono, que representa o poderio bélico americano e a Casa Branca, como figuração da tera-mãe. A brutalidade teve todo todo um sentido de comunicação de massa, ferindo o povo americano em seus valores mais caros.

Todo ato, assim, visa repercussão de imprensa, o que termina por validá-lo, perante seus autores, como tática eficaz de guerra. Se não se anuncia tais acontecimentos, os agressores também saem ganhando, pois esse silêncio os beneficiará. Divulgando-se, obtêm o efeito de mídia pretendido. Será sempre um dilema para os jornalistas. Mas, divulgar é preciso, a fim de que as populações possam de alguma maneira prevenir-se.

Mas há uma forma também degradante de terrorismo: o terrorismo de Estado. O exemplo mais recente é o da Coreia do Norte, cujo discurso de poder está centrado na ameaça do uso de armas atômicas. Sem questionar que os Estados Unidos também se arrogam o uso das mesma armas, é preciso que os líderes do mundo usem de bom senso, para pelo menos, contornar a situação.

No mais, é perplexidade e desencanto quanto ao mundo onde vivemos.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Mesquinhos e cruéis
Emanoel Barreto

A tensão no nordeste da Ásia aumentou ontem com o lançamento de mais três mísseis de curto alcance pela Coreia do Norte (outros três foram lançados na segunda-feira) e o anúncio da Coreia do Sul de que vai aderir formalmente à iniciativa que permite a interceptação de navios suspeitos de carregar materiais ou armas de destruição em massa, gesto que os vizinhos comunistas veem como uma declaração de guerra. Tecnicamente, os dois países permanecem em conflito desde 1950, quando teve início a guerra que dividiu a Península da Coreia. Um cessar-fogo foi estabelecido em 1953, mas as partes nunca firmaram um acordo de paz.

.... A informação é do Estadão e confirma mais que a possibilidade de um conflito armado: a insensatez insana dos dirigentes do mundo. Ao que parece, encaminhar os destinos de um povo, na visão dos envolvidos, é mostrar armas, assim como os pitbulls mostram os dentes: nestes, justifica-se, são animais e agem por instintos; mas, e nos humanos? Só pode ser o seguinte: são feras tidas como racionais, o que as torna especialmente perigosas.

Já percebeu que os dirigentes mundiais sempre reúnem para discutir sobre coisas mesquinhas como dívidas, pressões sobre outros povos, cobranças, intimidações, dinheiro? Isso, quando não se juntam em magotes ideológicos para justificar brutalidades como a marca do bem.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Choro e ranger de dentes
Emanoel Barreto

As coisas de jornal andam falando na reforma política. Financiamento oficial de campanhas e voto só no partido. Ou seja: dinheiro nosso para uma farra eleitoral, mesmo sabendo-se que haverá alguém movimentando caixa dois; e você votando, mas sem saber em quem.

Pergunto: qual a necessidade disso? Não seria melhor empregar esse dinheiro em saúde, educação, segurança, estradas? E porque essa esquisitice de voto no partido? Como serão eleitos vereadores e deputados estaduais e federais? Qual o critério para a escolha dos candidatos eleitos? Se você vota no partido, como alguém será tido como mais votado que outro?

Coisas bizarras num país estranho. Estranho a seu povo, aos que se acabam nas filas e não têm atendimento médico, aos que morrem em meio a tiroteios. Certamente haverá teóricos, politólogos, defendendo tais teses. Mas a realidade, crua e cruel, vai mostrar que não têm razão. E, para o povo, haverá choro e ranger de dentes.


segunda-feira, 25 de maio de 2009

Os ratos em congresso reunidos
Emanoel Barreto

Os ratos em congresso reunidos,
tramam planos, assumem compromissos.
Compromissos com coisas tenebrosas,
transações escuras, lucrativas.

Os ratos em congresso reunidos,
tramam planos, assumem compromissos.
São espertos, rapidinhos, saltitantes.
Querem lucros, querem mais e sempre mais.

Tenebrosos, transações e sempre mais.
São os ratos, sempre eles, espertinhos.
Bebem leite e depois
já vão dormir.