sábado, 18 de dezembro de 2010

Leio na Tribuna do Norte:
Regulamentação deve ser o próximo passo dos cartões



São Paulo (AE) - Depois da abertura do mercado de credenciamento e da regra para as tarifas dos cartões, a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) avalia que o próximo passo para o setor pode ser a regulamentação. “Não temos nenhuma resistência para que o mercado seja regulado. Se o setor de telefonia é regulado, por que o de cartões não pode ser?”, diz o presidente da entidade, Paulo Rogério Caffarelli.


Caffarelli diz que 2010 foi um “marco divisório” para o setor de cartões. O ano foi marcado pela abertura do mercado de credenciamento, em julho, e a regulamentação das tarifas do setor pelo Banco Central em novembro. As taxas se reduziram de uma casa de 45 para apenas 5.

Para o executivo, a evolução dos fatos pode levar a criação de uma lei para o setor. “Podemos passar da autorregulação para a regulação, ou uma convivência das duas formas”, diz o presidente da Abecs. “ cerca de 140 projetos parlamentares pedindo mudanças no setor de cartões.” Um dos que pedem mudanças mais profundas é o 4804/01, de autoria do deputado Edinho Bez (PMDB-SC). O texto trata da regulamentação, proíbe a diferenciação de preços para quem paga com plástico e dinheiro e estabelece punições para crimes eletrônicos com cartões. O projeto aguarda inclusão na pauta de votação.


Mudanças


Após dois anos no comando da Abecs, Caffarelli deixa este mês a presidência da entidade. O nome do novo indicado será conhecido em janeiro. O mandato vale para o período 2011 e 2012. Em geral, os bancos membros da associação se revezam no comando. Bradesco, Banco Real e Banco do Brasil foram os últimos a tocar a entidade. Caffarelli entrou no lugar de Aldemir Bendine, presidente do Banco do Brasil, que teve que se afastar da Abecs logo no começo do mandato para cuidar do BB em meio à crise financeira mundial.

Segundo Caffarelli, a Abecs deve contratar mais profissionais, para fazer face ao crescimento do mercado. Antes, a entidade tinha apenas três funcionários, este ano chegou a 10 e o número deve aumentar em breve.



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