sexta-feira, 9 de junho de 2017



Tudo o que é sórdido 
desmancha no ar

Ao que parece o Tribunal Superior Eleitoral deverá garantir o mandato do chamado presidente Temer. 

Apesar das provas apresentadas pelo ministro Herman Benjamim para a cassação do inquilino do Planalto membros da Corte tergiversam com argumentos nebulosos e fazem chover, como se fossem advogados de Temer, defesas indefensáveis. 

Trata-se, não há dúvida, de triste espetáculo. Um presidente que deambula entre o desespero e a caridade de aliados cuja sordidez somente pode ser superada pela própria miséria intrínseca do dito presidente. 

O governo pode até ter uma sobrevida. Mas dependerá sempre do óbolo do PSDB e outros elementos partidários. Até que Temer dê o último tropicão e caia de borco. 

Assim, ante o exposto, Continuo, com relação ao atual mandatário acreditando: tudo o que é sórdido desmancha no ar.

terça-feira, 6 de junho de 2017



Temer: o miserável espetáculo de um desesperado

O miserável espetáculo que as elites políticas protagonizam dão bem a dimensão do quando tais pessoas representam a essência da mentalidade e da cultura da corrupção no Brasil.

O mais novo capítulo deu-se com a prisão do ex-deputado Henrique Eduardo Alves pela Polícia Federal. 

Acusado de atuação fraudulenta com a construção da Arena das Dunas, mais claramente suborno no valor de R$ 77 milhões, o peemedebista foi levado pelos agentes da PF e deverá ser interrogado. 

O acontecimento é apenas mais um tempero no já apimentado banquete de descalabros em torno de Michel Temer. 

Agarrado aos farrapos do seu governo, por si só um grande remendo desde a deposição de Dilma Rousseff, Temer deambula como um zumbi político. 

Acossado por acusações de todos os lados somente se mantém no poder graças aos poderosos interesses que representa: as oligarquias carcomidas das grandes corporações, os corruptos que com ele, aliados na Câmara e no Senado, buscam também manter-se a salvo da prisão, tudo isso azeitado a acordos e conchavos de última hora, acertos com alicerce de barro. 

Não há honra de última hora. Isso é algo que se tem ou não se tem. E faltando tal artigo moral no palácio do Planalto o que resta é um amontoado de tipos, magote de cúmplices em busca de alinhavar alguma forma de soltura ante o iminente desmoronar da intentona que busca – ainda busca – retirar direitos e dignidade ao trabalhador brasileiro. 

Querem a todo custo livrar Temer de qualquer punição, a fim de que sejam realizadas as reformas trabalhista e previdenciária. 

Temer, em si, nada vale enquanto ator político, salvo a própria condição de integrante da farsa. Quando afinal tiver que depor a máscara apenas lhe restará a porta dos fundos. Que, como sabemos, em todo teatro é um beco escuro.
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Arena das Dunas: vergonha e sordidez

A lamentável decisão de Lula em realizar a Copa do Mundo no Brasil trouxe ao Rio Grande do Norte a construção da imponente, desnecessária e brutalmente cara Arena das Dunas.

Segundo informações da Tribuna do Norte, edição de 17 de março de 2011, o estádio custará ao governo do estado, ao final de 20 anos, a inaceitável quantia de um R$ 1 bilhão, 288 milhões, 400 mil.
Isso equivale a três Arenas das Dunas.

O custo final da obra, segundo a repórter Ruth Dantas, que redigiu a matéria citada, seria de 400 milhões, mas a então governadora Rosalba Ciarlini aceitou a brutal responsabilidade de pagar a escorchante fortuna à construtora OAS, transformando os 400 milhões numa infame dívida histórica.

 A construção da Arena representa uma vergonhosa inversão de valores ante o que seja governar um estado pobre como o Rio Grande do Norte: ao invés de aplicar dinheiro público em obras necessárias, coisas básicas como ensino, segurança, estradas e saúde jogou-se dinheiro no que agora está sendo desmascarado como uma ação de meliantes de roupas finas e cargos altíssimos. 

As elites brasileiras estão desmoralizadas e isso é bom. É preciso sim trazer a público o que se fazia nas esconsas dos gabinetes de luxo e meter na cadeia os que fizeram mal ao povo.

A Arena das Dunas não fez melhor o nosso futebol, em nada engrandeceu o esporte. Unicamente ajudou a tornar em inferno a vida de quem precisa ser internado de urgência no Walfredo Gurgel, onde falta tudo e a vida está sempre por um fio.