sábado, 2 de junho de 2012

Titina dá entrevista à Folha, fala da carreira e critica Micarla e Rosalba

Atriz diz que se inspirou em travesti para compor a Socorro de "Cheias de Charme"


LUIZA SOUTO
DO RIO
Estreante em novelas, mas há 20 anos se apresentando pelos palcos do país, nem a própria Titina Medeiros, 35, imaginava que faria tanto sucesso na pele da incorrigível Socorro em "Cheias de Charme" (Globo).

Ao "F5", a atriz revelou que acredita numa reviravolta de sua personagem e contou como está sendo a primeira experiência em televisão.
Leia abaixo a entrevista na íntegra:

Estevam Avellar/TV Globo
Socorro tomará tudo de Chayene em "Cheias de Charme", acredita Titina Medeiros
Socorro tomará tudo de Chayene em "Cheias de Charme", acredita Titina Medeiros
*
"F5" - Você se inspirou em alguém para compor a Socorro?
Titina Medeiros - Me inspirei em duas pessoas, mas uma não quero falar o nome porque é da minha família, uma pessoa muito íntima, mas que reconhece que tem umas coisas dela na Socorro. E a outra é de um vídeo que vi na internet --que eu adoro--, que se chama "Duelo de Titãs - Travesti Gisela". Meu sonho é conhecer essa pessoa. É um transexual que tem a autoestima como a da Socorro, que sempre acha que se sai muito bem. Mas nenhuma dessas pessoas tem o mau-caratismo da Socorro, apenas os trejeitos. 

Uma vidente falará para a Chayene [Cláudia Abreu] que uma pessoa tomará tudo dela, mas a cantora acredita que é a Rosário [Leandra Leal]. Não seria a Socorro?
Eu acho que é a Socorro. Não sei muito ainda, mas acho que a Socorro vai dar uma reviravolta. No dia que a Rosário apareceu na casa de Chayene e fez comida para ela, foi a Socorro que a serviu. E a Chayene não lembra disso. E a Socorro já disse algumas vezes que ela vai ser dona de tudo aquilo. Isso me confunde, me faz pensar se ela é bobinha, ingênua, ou se mostra como ingênua pra depois dar o bote. Acho que ela é iludida, só quer o sucesso. Acho que ela vai se revelar.
E o que você está achando do texto dos autores?
 
Acho a novela muito dinâmica, com cenas curtas. Os autores deixaram muito espaço para o público criar. Eles não precisam explicar muito. No teatro tem muito isso. E essa coisa da leveza, da caricatura. Eu adoro. 

Como está sendo essa experiência na TV?
Pra mim ainda está sendo bem difícil. Estou fazendo com alegria, estou muito feliz, mas é difícil por ser o primeiro trabalho, por ser um personagem de muita responsabilidade pra quem faz pela primeira vez. Mas estou me jogando. Não fico criando dificuldades.
 
Como você começou na arte?
 
Sou do sertão do Rio Grande do Norte, de uma cidade muito pequena chamada Acari, e até os 16 anos não conhecia o teatro. Eu queria ser musicista, estudava trompete, e jornalista, que é a minha formação acadêmica. Quando assisti a Maria do Céu Guerra no espetáculo "O Pranto de Maria Parda", na capital, eu saí dali com a certeza de que queria fazer o que ela fazia. Então comecei a estudar teatro e com 19 anos já ganhava dinheiro com isso. Encontrei o [grupo] Clowns de Shakespeare e é onde estou até hoje. 

Mas você ainda pertence ao Clowns de Shakespeare?
Esse ano a gente está com espetáculo "Sua Incelença, Ricardo III". Como vim fazer novela estou sendo substituída, porque me avisaram de cara que não dava para conciliar teatro e TV, mas já estou morrendo de saudade. 

E como está o circuito cultural em Natal?
Está muito sofrida a cultura do meu Estado. Quando há festivais as casas de espetáculo têm, em media, 80% de público, mas estamos num lugar muito triste porque a prefeita destruiu nossa cidade. E ainda entrou uma governadora igual. O Rio Grande do Norte está no momento de falência muito grande. O que nos mantém são os editais públicos, e como o grupo já tem uma história a gente consegue sobreviver. Essa coisa de eu estar na Globo bate para o potiguar como um motivo de orgulho. Eles dizem "pelo menos ela". Sou muito apaixonada pela minha terra, mas falta aquele incentivo. O público potiguar nem sabe que existe tanta gente boa. Temos muita qualidade.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Recebo e divulgo

Assembleia Geral Extraordinária para deliberar sobre Carreira Docente
O ADURN-Sindicato, filiado ao PROIFES-Federação, tem participado ativamente do processo de negociação com o Governo, que compreendeu o acordo de reajuste salarial de 4% e incorporação da Gemas ao Vencimento Básico (VB), efetivado através da Medida Provisória (MP) de nº 568, e a instalação do GT de Carreira e seu funcionamento regular até a interrupção por parte do Governo no último dia 28.
Durante todo o processo de negociação, o ADURN-Sindicato tem informado todos os passos à comunidade acadêmica através da comunicação direta com os docentes e da divulgação de matérias nos meios de comunicação.
Diante da decisão do Governo em adiar as reuniões do GT de Carreira, o ADURN-Sindicato e o PROIFES-Federação estão pressionando o Governo e articulando apoio no Congresso para a recomposição imediata do processo de negociação e conclusão da proposta de reestruturação da Carreira.
O ADURN-SINDICATO REAFIRMA A CONVOCAÇÃO DE TODOS OS SINDICALIZADOS PARA, NA PRÓXIMA QUARTA-FEIRA, 6 DE JUNHO, PARTICIPAREM DA ASSEMBLEIA GERAL EXTRAORDINARIA, ÀS 15h, NO AUDITÓRIO DO CENTRO DE EDUCAÇÃO.
Fortaleça seu Sindicato. Participe!
Diretoria do ADURN-Sindicato

O governo dos bons pastores

 Ao ler na Tribuna do Norte notícia que abaixo transcrevo, veio-me a sensação de que, em matéria de saúde, estamos no mínimo em situação lastimável; no mínimo. O dengue já é epidemia e o que é pior, epidemia sazonal, o que implica previsibilidade e, portanto, ação de política pública para sua erradicação. Por sua vez o sistema hospitalar é um caos ou quase isso, como bem mostra a Tribuna.

 O que temos é uma sucessão de governos que não leva a saúde a sério, ou seja, não leva a sério a sociedade. O setor deve e pode ter atuação eficaz, com destinação de verbas necessárias e suficientes para atender à demanda. É direito social e responsabilidade, melhor dizendo dever do Estado.

O que não se leva em consideração, saindo-se agora do aspecto planejamento e administração, é o fator humano: não é salientada a questão do sofrimento, da dor até mesmo existencial dos que esperam por um atendimento que nunca é feito, amparo que sempre é negado.

Não creio que os governantes saibam o que é esperar meses e meses por uma ultrassonografia, muito menos o que seja chegar ao Walfredo Gurgel em situação de urgência ou emergência é ficar literalmente jogado, atirado a um canto como objeto inservível. 

 O grande problema é que, quando das campanhas eleitorais tudo é prometido, tudo está assegurado e o mundo virá a ser ideal, ante a presença de um Estado assistente e comprometido. A realidade, assim, é a realidade irreal da propaganda, onde se mostra de forma compacta benfeitorias e bondades, o governo dos bons pastores que acolhem a protegem as suas ovelhas.

Mas, na vida, é diferente, e cabe ao povo sofrer e esperar, aguardando que um dia, não se sabe quando, os bons pastores virão mesmo a atender às suas ovelhas. Amém. 

Segue o texto da Tribuna.

Leitos são metade do recomendado

Publicação: 01 de Junho de 2012 às 00:00

Roberto Lucena - repórter

O número de leitos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) no Rio Grande do Norte é 50% inferior ao recomendado pelo Ministério da Saúde. Somente na capital, existem 151 vagas, nas redes pública e privada, quando o necessário seria pelo menos 300. A situação pode piorar caso o Conselho Regional de Medicina (Cremern) interdite alguns leitos que funcionam, segundo especialistas, de forma irregular. A demanda reprimida é outra preocupação. Em alguns hospitais, há casos de pacientes que aguardam por cirurgias há mais de um mês por falta de vagas nesse setor.
Júnior SantosApenas em Natal, número de leitos pode ser ainda menor do que é apresentado, devido aos instalados sem equipamentos adequadosApenas em Natal, número de leitos pode ser ainda menor do que é apresentado, devido aos instalados sem equipamentos adequados

As autoridades de Saúde Pública não sabem qual a quantidade exata de pacientes que, nesse momento, aguardam uma vaga nas UTIs. No entanto, de acordo com o presidente da Sociedade Norte-Riograndense de Terapia Intensiva (Sonorti), Antônio Fernando, o índice é elevado. "Não sabemos exatamente esse percentual porque os hospitais não fazem esse acompanhamento. Porém, é certo que há uma demanda reprimida muito alta. O número de leitos é baixo", disse. 

A falta de leitos nas UTIs do Estado é assunto discutido há muito tempo. Em abril passado, devido à falta de vagas na rede pública, a juíza Patrícia Gondim Moreira Pereira, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Natal, determinou ao Estado do Rio Grande do Norte e ao Município de Natal a instalação ou ampliação de leitos, conforme determinado pela Portaria Ministerial nº 1.101/2002, em um percentual de no mínimo 7% dos leitos totais. A determinação foi confirmada pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJRN) e Estado e Município têm cerca de cinco meses para cumprir a ordem sob pena de pagar multa diária.

Porém, mesmo com a decisão judicial, a população não observa melhorias. Pelo contrário. No dia 18 de maio, a UTI do Hospital Giselda Trigueiro foi transferida para o Hospital Ruy Pereira. O motivo da mudança inesperada foi um curto-circuito na rede elétrica do Giselda que danificou alguns aparelhos. Desde então, os pacientes estão acomodados em uma sala improvisada. O espaço é amplo mas não oferece a mesma comodidade e segurança necessária. "A pior parte diz respeito aos diagnósticos. Estamos aqui, mas todos os exames são feitos no Giselda. Além disso, as roupas e alimentação também vêm de lá. Fica complicado trabalhar assim", relatou Ariane Pereira, infectologista. Na tarde de ontem, quatro pacientes estavam no setor. Não há informações de até quando a UTI do Giselda Trigueiro funcionará de forma improvisada.

Enquanto isso, médicos e pacientes dividem uma outra preocupação. O hospital Ruy Pereira pode sofrer intervenção ética. Em janeiro, os médicos que trabalham no local entregaram um documento à Sonorti relatando as dificuldades e necessidades. Segundo Antônio Fernando, na UTI, que abriga cinco leitos, não há material básico como aparelho de raio-x. "Os médicos nos relataram que há problemas com exames laboratoriais. É difícil manter uma UTI funcionando nessas condições", disse. O Cremern, segundo o presidente, tem conhecimento da situação e deve se pronunciar nos próximos dias.

A TRIBUNA DO NORTE entrou em contato com a secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) na tarde de ontem. A assessoria de imprensa informou que "há alguns dias, algumas pessoas procuram a secretaria para falar sobre o assunto, mas ninguém está à vontade para falar sobre isso". A Sesap está sem secretário desde o início de maio. Alguns questionamentos foram encaminhados à Sesap, via e-mail, mas não obtivemos resposta.

Sindicatos querem interditar o Walfredo

O Conselho Regional de Medicina (Cremern) deverá receber, nos próximos dias, o pedido de interdição do Hospital Walfredo Gurgel. A solicitação partirá do Sindicato dos Médicos do Rio Grande do Norte (Sinmed-RN), Sindicato dos Trabalhadores em saúde (Sindsaúde-RN) e Sindicato dos Odontólogos do Estado (Soern). Na última quarta-feira, os sindicatos se reuniram e decidiram que, devido aos constantes problemas de abastecimento e lotação, a interdição total do hospital seria a melhor solução.

O presidente do Sinmed-RN, Geraldo Ferreira, sugere que a interdição seja feita por etapas. "Temos consciência de que não é possível um fechamento total do hospital de uma única vez, pois não há como se transferir 400 pacientes de imediato, por isso sugerimos o fechamento por etapas", explicou. Os sindicatos querem ainda que haja uma fiscalização mais efetiva nos hospitais da rede pública estadual a fim de que seja elaborado um documento com pontos a serem cobrados ao Governo do Estado.

Pelo menos um setor do Walfredo Gurgel já está interditado. Desde o dia 8 de maio, o setor de reanimação sofreu intervenção do Cremern. Segundo o Sindsaúde-RN, nenhuma providência foi tomada. De acordo com Jeancarlo  Cavalcante, presidente do Cremern, a solicitação dos sindicatos deverá ser analisada pelo órgão. "Somente o Cremern tem o poder de interditar ou não qualquer unidade de saúde. Não recebemos nenhum ofício ou documento dos sindicatos, mas o vice-presidente do Cremern esteve na reunião de quarta-feira. Vamos analisar a questão para tomar a decisão correta", disse.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Recebo e divulgo

Sindicatos da saúde solicitam interdição total do Walfredo Gurgel

A convite do Sindicato dos Médicos do RN (SINMED), Sindicato dos trabalhadores em saúde (SINDSAÚDE) e do Sindicato dos Odontólogos (SOERN) ontem, dia 30, foi realizada uma reunião com os representantes dos conselhos da área da saúde. Após uma rodada de discussões, na qual foram apresentados problemas técnicos de diferentes unidades hospitalares, com destaque para o Hospital Walfredo Gurgel, os sindicatos definiram por solicitar aos conselhos regionais a interdição total do hospital.
“Temos consciência de que não é possível um fechamento total do hospital de uma única vez, pois não há como se transferir 400 pacientes de imediato, por isso sugerimos o fechamento por etapas”, explica o presidente do Sinmed, Geraldo Ferreira. 
Segundo Francisco de Almeida Braga, vice-presidente do Conselho Regional de Medicina (Cremern), a solicitação será levada para as plenárias de cada conselho, já que os conselhos funcionam de forma colegiada. Braga, que também é responsável pelo Departamento de Fiscalização do Cremern, explicou que se solicitação dos sindicatos for aceita  o próximo passo dos conselhos e realizar uma fiscalização minuciosa  em cada setor do hospital.
Outra solicitação dos sindicatos é que a fiscalização se torne mais efetiva e que seja realizada em conjunto, como forma detectar problemas e tornar uníssona as cobranças por melhorias nos quadros hospitalares. Durante a reunião, discutiu-se ainda, a possibilidade de que após as fiscalizações serem realizadas pelos conselhos um relatório fosse enviado ao governo com um prazo limite para adequação dos setores debilitados, tornando o fechamento do hospital a última opção.
O setor de reanimação do Walfredo já se encontra interditado pelo Cremern desde o dia 8 de maio e até aqui nenhuma providência foi tomada para a sua reabertura. Para Sônia Godeiro, diretora do Sindsaúde, essa ação, se efetivada, é uma forma dos sindicatos, conselhos e trabalhadores darem um basta na situação indigna enfrentada diariamente pelos profissionais e doentes.
Estiveram presentes na reunião, além de representantes do Sinmed, Sindsaúde e Soern , dirigentes do Conselho Regional de Medicina, Enfermagem, Odontologia e Biologia.

Homenagem a Arlindo de Melo Freire

“Agora és filho de Natal”

--- Walter Medeiros* 
 
Um homem capaz de acompanhar, sem beber, um amigo que bebe de bar em bar, e depois, pacientemente, deixá-lo em casa; que se compara a um grão de areia, para tentar mostrar que não seria tão importante; mas capaz de lutar lutas difíceis e perigosas, na busca de ideais libertários; e de construir uma obra social do tamanho de um sindicato de trabalhadores ou de uma cooperativa aglutinadora de homens e mulheres batalhadores. Assim é Arlindo Freire, jornalista, sociólogo e historiador.
Foto: Elias Medeiros

Aos 77 anos, o nono filho de Antônio Freire e Francisca Freire, nascido em Pendências quando ainda era distrito de Macau, mais precisamente na localidade de Bamburral, recebeu nesta terça-feira – 29.05.2012 – o honroso e merecido título de Cidadão Natalense. Por iniciativa do vereador e Presidente da Câmara Municipal de Natal - CMN, o também jornalista Edivan Martins, subscrito ainda pelo vereador George Câmara.

A sessão foi um belo momento, histórico e memorável para a CMN, por muitos motivos, a partir da presença de amigos e familiares que prestigiaram o homenageado. Some-se a isto o discurso primoroso e competente do vereador Edivan Martins, que contou de forma emocionante a vida de Arlindo, destacando que ele “herdou dos pais os valores da decência”. Lembrando lema da Juventude Operária Católica – JOC segundo o qual “Se tiverdes fé irás à conquista do mundo”, Edivan anunciou solenemente: “Agora és filho de Natal”, observando que no dia em que não puder ir ao seu berço natural tocar nas folhas da carnaubeira, terá bem perto flores nativas de Natal, a Xanana.

O exemplo de filho que Arlindo transmitia para seus familiares era aquele jornalista que durante cerca de 50 anos todo final de tarde passava na casa dos seus pais, para deixar um exemplar do jornal em que trabalhava - “O Estado de S. Paulo”. Foi fundador da Associação dos Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Norte, transformada em Sindicato em julho de 1979.

Na sua visível humildade, Arlindo de Melo Freire afirma que nunca pensou que o presidente da Câmara Municipal fosse se preocupar com alguém como ele, que não se considerava tão merecedor. Mas contou em seguida momentos e fatos importantes da sua trajetória, falando inclusive sobre o tempo em que teve negado até o direito de falar. Lembrou inclusive do seu irmão, Aldo de Melo Freire, que foi perseguido pela repressão e findou se exilando na França, aonde veio a morrer.

Seu discurso sintetizou a vida no tempo em que os jornalistas do Rio Grande do Norte trabalhavam para fundar sua entidade de classe: “anos de insegurança, agonia, medo e pavor”. Em seguida mostrou sua verve visionária, para propor algo que está no ar, mas que talvez imperceptível, apesar dos dois mil cata-ventos monumentais que resultarão do processamento da energia eólica: a construção de algum monumento aos ventos junto às dunas, para mostrar ao mundo mais essa particularidade de Natal, uma espécie de Terra dos Ventos.
*Jornalista


Recebo e divulgo

Colegas,

Recebi um correio do sr. Almir Serra, diretor do ANDES-SN, ex-presidente da antiga ADURN-Seção Sindical, de não tão saudosa memória.

Neste Correio o sr. Almir, incumbido de ser um porta-voz dos "anti-autoritários" da UFRN, faz um convite para uma reunião. Nada demais.Demais mesmo é o amontoado de mentiras e desatinos escrito por este senhor que perdeu todo o respeito por nossa categoria e a trata como um monte de desmiolados.

Eis a íntegra do convite, que me permiti rebater....

QUARTA FEIRA, DIA 30 DE MAIO, A PARTIR DAS 10h:30min, REUNIÃO NO CENTRO DE
CONVIVÊNCIA

Professor,

Quarenta e oito Instituições Federais de Ensino estão em greve. Quatro
motivos levaram à sua deflagração:
aqui o Sr. Almir mistura decretação de Greve com Greve. Agora já se sabe que pouquíssimas universidades paralisaram suas atividades. O caso mais emblemático é o da UFRJ, onde meia-dúzia de andesianos correm pelos corredores, acompanhados de alunos "radicalizados". As aulas prosseguem normalmente e já há professores questionando a decretação de greve. Lastimável.

Mas vamos ao conjunto de mentiras...

1 - a precariedade da infra-estrutura na maioria dos Campi dessas
instituições, onde faltam desde salas de aula e laboratórios até giz e
água.
Essa mentira, dita em cadeia nacional, expressa a loucura que se apossou do ANDES-SN. dizer que estamos na penúria não é mentir. É mentir muito.
2 - a sobrecarga de trabalho dos docentes, provocada pela não contratação
de professores para completar um quadro que, se já era deficitário, com a
expansão sem qualidade e sem contrapartida de contratação de pessoal, só
aumentou sua carência.
O sr. Almir, aposentado há muito tempo, sequer conhece a realidade local. Nos últimos 4 anos quase 900 novos professores entraram na UFRN. E haverá um concurso para mais 50.000. Quanta mentira!!

3 - a farsa da negociação. Nas inúmeras mesas do Grupo de Trabalho para
tratar da reestruturação da carreira docente, o comportamento do governo é
o mesmo. Não conseguindo se contrapor aos argumentos apresentados pelo
ANDES-SN em pontos essenciais, concorda com o sindicato durante o debate
mas, ao final da reunião, reafirma sua proposta inicial.

Chamar a negociação de farsa é nos chamar de burros. O que o sr. Almir não diz....como de costume...é que a proposta do ANDES-SN é tão absurda e ruim, que foi simplesmente descartada. Vale só lembrar : carreira única e linha única no contra-cheque (sem RT).
4 – Acordo não cumprido. Em agosto de 2011, foi assinado um acordo, no
qual constavam os seguintes itens:
Os senhores observem bem o que este sr. diz. Vejam como ele mente descaradamente.
a) Incorporação da GEMAS e da GEDBT ao vencimento básico e correção de 4%;
Não ocorreu?
b) GT carreira com prazo final em 31 de março de 2012 para concluir uma
proposta de reestruturação da carreira.
O sr. Almir "apagou" que o acordo foi ao parlamento e lá recebeu 182 emendas, e que o sr. Duvanier, o negociador do governofaleceu. Vejam a que ponto este senhor desceu. Também escondeu que o relator mudou e que foi o PROIFES-FEDERAÇÃO, que conseguiu a transformação da PL em MP.

No dia 12 de maio, o Setor das Federais do ANDES-SN, com a presença de 60
representantes de 42 seções sindicais, deliberou pelo indicativo de greve
para o dia 17. Vejam como a dissimulação funciona. O número de votantes, nessa reunião, não chegou a 30. Quanta mentira!

 Pressionado (pressionado...rs...é de rir mesmo), o governo emitiu uma Medida Provisória
contemplando a primeira parte do acordo, mas, usando a velha prática de
dar com uma mão e tirar com a outra, introduziu um item que transforma os
percentuais de insalubridade e de periculosidade em valores nominais, com
grande prejuízo para todo o funcionalismo federal.

Já estamos no final de maio e as negociações sobre a carreira permanecem
na mesma situação.
O sr. Almir, cumprindo seu papel, não ESCLARECE que o ANDES-SN abandonou o GT em meio ao processo de negociação, apostando no "quanto pior melhor".
O governo não coloca uma proposta sobre a mesa e,
apesar de insistentemente cobrado, não fala sobre a disponibilidade
financeira para atender a demanda da reestruturação dessa carreira. 

Não vamos permitir a repetição de agosto de 2011, quando, pressionados pelo
tempo, assinamos um acordo que em sua centralidade - a construção da
reestruturação da carreira - não foi cumprido pelo governo no prazo
acordado.

A diretoria da ADURN, sem consultar a categoria, decidiu arbitrariamente
que os professores da UFRN não iriam aderir à greve. Não podemos permitir
que um pequeno grupo impeça o nosso direito de livre manifestação.

Aqui o sr. Almir vai além da insanidade. Mente sobre uma suposta ação AUTORITÁRIA da nossa Diretoria. É uma mentira atrás da outra.

VAMOS DIVULGAR ESSE ABSURDO! O SR. ALMIR E O ANDES-SN MONTARAM UM ABAIXO-ASSINADO EM QUE ASSINARAM ALUNOS, PROFESSORES NÃO-SINDICALIZADOS E PROFESSORES DE OUTRAS INSTITUIÇÕES COM O ÚNICO PROPÓSITO DE DESACREDITAR NOSSA ENTIDADE!

O SR. ALMIR E OS IDEALIZADORES DESSA REUNIÃO NÃO ESTÃO NENHUM POUCO PREOCUPADO COM O PROCESSO DE NEGOCIAÇÃO.SEU PROPÓSITO QUE É O DO ANDES-SN É DESESTABILIZAR O PROCESSO E TENTAR LANÇAR A CATEGORIA NUMA "GREVE DO FIM DO MUNDO".

CALENDÁRIO ACADÊMICO? PREOCUPAÇÃO COM NOSSO TRABALHO? OS SENHORES SABEM MUITO BEM QUE ESSE GRUPO SÓ QUER REVIVER O ANDES-SN, O SINDICATO QUE CONTINUA COM SUA REPRESENTAÇÃO QUESTIONADA A NÍVEL NACIONAL E QUE AQUI FOI ESCORRAÇADA PELO VOTO E PELA JUSTÍÇA


VAMOS, DEMOCRATICAMENTE, DERRUBAR O AUTORITARISMO DA DIRETORA DA ADURN.
ASSEMBLÉIA JÁ!

JUNTE-SE A NÓS EM DEFESA DE NOSSOS DIREITOS E DA UNIVERSIDADE PÚBLICA,
GRATUITA E DE QUALIDADE.
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Assinam este texto o presidente do ADURN-SINDICATO, João Bosco e a futura presidente do Sindicado, professora Maria Angela.
--
Dr. Francisco Wellington Duarte
Professor do Departamento de Economia da UFRN
Especialista em Economia Regional
Mestre em Ciências Sociais (Desenvolvimento Regional) pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS)
Doutor em Ciência Politica pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCS)
Diretor de Comunicação do PROIFES-Federação
Diretor de Política Sindical do ADURN-SINDICATO
Diretor de Política Educacional da CTB-RN
Membro do Diretório Estadual do PCdoB
Membro do Conselho Deliberativo do PROIFES-Federação


terça-feira, 29 de maio de 2012

Recebo e divulgo

IFRN Cidade Alta realiza Semana do Meio Ambiente


No mês em que o Dia Mundial do Meio Ambiente e da Ecologia é celebrado, o IFRN Cidade
Alta prepara, de 01 a 06 de junho, uma semana dedicada às reflexões sobre as ações humanas
no Meio Ambiente, debate sobre a Rio +20, mobilidade urbana, consumo sustentável e as
possibilidades de utilizar a criatividade para transformar o próprio lixo em arte.

A abertura oficial do evento acontecerá na sexta-feira, 01, com o lançamento do Campus
Verde (projeto de Gestão Ambiental e Coleta Seletiva do IFRN), apresentação da Agenda 21
para o campus e conversa sobre a Coleta Seletiva no IFRN Cidade Alta.

No domingo (03) o Passeio Ciclístico Lazer Sobre Duas Rodas volta às ruas da cidade e dá
largada a Semana do Meio Ambiente, com concentração às 7h30 no Campus Central do IFRN,
na avenida Salgado Filho, partindo às 8h para o Parque de Capim Macio. Chegando ao Parque,
será oferecida aos participantes uma mesa de frutas e aulas de jump e step. A Rede Potiguar
de Permacultura e o Projeto Plante Enquanto é Tempo também marcarão presença e
realizarão um plantio de mudas na área verde.

Durante os dias 04, 05 e 06 de junho a programação no Campus será sortida com oficinas
gratuitas de Papel Artesanal, Yoga, Teatro, Alimentação Saudável, Reutilização de materiais e
Fabricação de Sabão. Terá também uma feira de orgânicos, mostra de vídeos, palestras sobre
qualidade da água, discussões sobre a Rio+20, economia verde e energias renováveis,
apresentações culturais e exposições produzidas com material reciclado e com a temática
ambiental.

As oficinas gratuitas têm número de vagas limitadas e as inscrições serão realizadas online pelo
site www.ifrn.edu.br/natalcidadealta. Para participar do passeio ciclístico, os interessados
podem se inscrever online ou presencialmente na Coordenação de Eventos do campus
mediante a doação de um quilo de alimento não perecível. No dia do passeio haverá sorteio de
brindes para os participantes inscritos.

Estão colaborando com a Semana do Meio Ambiente do IFRN Cidade Alta, a Secretaria
Estadual de Saúde (SESAP), Caern, Ong Baobá, Deputado Fernando Mineiro, CTGÁS-ER, Rede
Potiguar de Permacultura, Ecosin, Plante Enquanto é Tempo e Associação de Ciclistas do RN.
--
Serviço
Semana do Meio Ambiente IFRN Cidade Alta
De 01 a 06 de junho de 2012 no IFRN Cidade Alta
Avenida Rio Branco, 743 – Cidade Alta
Informações: Coordenação de Comunicação Social e Eventos
(84) 4005-0954 | ifrncidadealta@gmail.com | www.ifrn.edu.br/natalcidadealta

Recebo e divulgo

O silêncio autoritário: a diretoria da ADURN e a greve nas universidades

Alipio de Sousa Filho
professor do Departamento de Ciências Sociais/UFRN

Não são poucos os meus colegas da UFRN que conhecem meus posicionamentos críticos, apresentados em artigos e debates, com relação a greves nas universidades. Continuo igualmente crítico desse instrumento de luta e não o vejo como necessariamente o melhor, o mais eficaz, embora, em anos de lutas, não tenhamos sido capazes de produzir algo superior em seu lugar.

Todavia, com ou sem concordância com a proposta de greve, não passa despercebida de ninguém a natureza autoritária e antidemocrática da atitude da atual diretoria da ADURN, ao deixar de convocar assembleia de professores da UFRN para discutir e deliberar sobre proposta de greve que já é realidade em mais de 40 universidades e institutos federais de ensino. Mas há algo pior nessa atitude da direção da ADURN: não apenas deixa de convocar o único fórum legítimo da categoria para deliberar sobre assunto de tamanha importância, arvora-se a falar pela categoria sem consultá-la, sem ouvi-la. De modo autoritário, constrói o silêncio da categoria e assume sua representação político-pública sem o menor constrangimento, num profundo desrespeito às vozes caladas (não de um pequeno grupo, mas da categoria inteira). 

Como ventríloquos do absurdo, extraem, do silêncio imposto aos outros, falas que não podem ser senão a criação fantasiosa e autoritária dos que, negando a palavra, inventam seus próprios discursos para justificar a ausência antidemocrática de assembleias e debates na UFRN, que deveriam discutir a proposta de greve e as reivindicações colocadas neste momento, não apenas do interesse dos professores mas do interesse público geral.

Desfiliei-me da ADURN em 2005, mas minha desfiliação nunca representou desinteresse pelos assuntos envolvendo a categoria dos professores universitários, nossas reivindicações, nossas lutas por uma universidade melhor. Aliás, desfiliação da entidade não constitui critério para medir nossa relação com os assuntos de interesse da categoria. Nem mesmo é motivo para, na história de qualquer um, impedir o reingresso na entidade e virar seu diretor (como temos casos).

Nos últimos anos, certas correntes do movimento docente até tentaram passar a ideia que “negociações positivas” com o governo federal seriam alternativas concretas ao instrumento da greve. De fato, olhando bem as coisas, não se tratou exatamente da formulação autêntica de um novo conceito no movimento, mas muito mais a adoção de posição política atrelada ao posicionamento dessas correntes com respeito aos governos do país nos mesmos últimos anos. Governos pelos quais essas correntes nutriam verdadeira paixão política, perdendo toda capacidade de crítica (ou talvez mais exatamente: evitando, manipuladoramente, toda crítica). Com a construção dessa posição política, deixou-se de fortalecer o movimento e suas entidades para se seguir equivocada orientação, que apenas serviu à desmobilização que se pode ver agora, ao menos aqui na UFRN. Por sorte, e por força dos que não se deixaram conduzir pela paixão governista (poder-se-ia também chamar peleguismo), a categoria volta a se mobilizar na maior parte das universidades.

A greve que agora se levanta nas universidades reivindica a regulamentação do plano de carreiras e salários, a reestruturação da carreira e a valorização do professor universitário. Essas reivindicações não podem deixar indiferentes aqueles que devem ser seus principais interessados, e não por “interesse econômico mesquinho” – como percepções do senso comum apreendem as lutas –, mas porque constituem medidas de estruturação de uma das mais importantes carreiras na sociedade, a de professor universitário. Está em nossas mãos a formação de um imenso contingente de profissões úteis à sociedade; boa parte destas formada na orientação crítica que visa transformar essa mesma sociedade. É zelo por essa atividade lutar para que ela seja melhor remunerada e que tenha estrutura de carreira que represente sua valorização. Um entendimento, claro, que só ocorre àqueles que, de fato, se ocupam do ensino e da pesquisa de maneira autêntica e responsável. Outros há que, desinteressados dessas ocupações, sequer pensam na valorização de nossas funções e carreira, embora não cessem sua atuação político-partidária no interior da universidade.

Uma entidade sindical que orienta a categoria de professores universitários a se desinteressar por sua carreira e seus salários, desorienta-a quanto ao interesse pela própria universidade, esta que se situa para além do Estado e de governos do momento. Por definição, a universidade é um ente que deve gozar da liberdade de não se ver atrelada a nenhum governo, a nenhuma facção político-partidária. 

Para poder sobreviver como espaço autônomo de saber, a universidade não pode permitir outra relação com a política e com governos que não seja a de exigir que políticos e governos admitam e protejam sua liberdade. Uma direção sindical que, por posicionamentos políticos partidários, inviabiliza o debate, a reflexão e a luta da categoria de professores impede não apenas essa categoria de lutar, ela também inviabiliza a liberdade que protege a universidade como ente da pesquisa e do conhecimento autônomos, do debate livre e democrático.

A luta pela reestruturação da carreira docente universitária, seu plano de cargos e salários e pela valorização do professor é solidária da construção e manutenção da independência e liberdade políticas imprescindíveis à universidade.

domingo, 27 de maio de 2012

Chegou a hora da verdadeira mentira

Aproxima-se mais um período eleitoral. Achegam-se dias de promessas, quilômetros de boas intenções, léguas de compromissos, milhas e milhas de obras e gestos magistrais: tudo isso supostamente a favor desse ser coletivo e difuso a quem chamamos povo. Que coisa boa...
http://cotidianews.wordpress.com/2011/02/08/povo/

Se o povo, ao longo da história, tivesse recebido tudo o que lhe vem sendo prometido, houvesse acumulado em suas casas, pelas ruas, campos e florestas as coisas boas que são apresentadas em discursos e programas eleitorais,  hoje não teríamos mais o mundo, senão o Paraíso. 

Seríamos felizes e carga plena, nem mesmo trabalhar seria preciso, uma vez que a sociedade estaria de tal forma organizada - e o perfeito sistema proposto pelos políticos seria provedor tão eficaz - que tudo estaria a nosso dispor ao simples estirar de um braço.

As campanhas políticas tornaram-se espetáculos de convencimento, mais que isso, de sedução, especialmente agora, com a sofisticação dos processos de comunicação. Os políticos são produtos ou a isso assemelhados, a fim de obter o pagamento que tanto desejam: o voto. Eles se vendem como artífices do futuro, engenheiros do equilíbrio social e terminam por ser comprados.

Mas, quando consumidos, ou seja, quando ocupam o cargo que disputaram, costumam causar malefícios ao consumidor, como ocorre com produtos estragados.

Mas, que venha a campanha e a chusma de promessas. Mas o pior de tudo é que somos um povo acorrentado ao voto obrigatório. Quer dizer, o político não é eleito; ele se faz eleger, o que é sutilmente diverso. Sei que o absenteísmo não é caminho válido para o processo político. O indiferentismo não é boa escolha. Mesmo assim, creio que deveria haver neste país uma grande mobilização pregando o voto nulo. De tal forma que os eleitos o fossem com votação mínima, ridícula, demonstrando com isso a sociedade que está atenta aos que mentem para se manter lá no alto e, lá chegando, se locupletam à tripa forra.