sábado, 21 de agosto de 2010

Candidata à reitoria da UFRN discute questão orçamentária
A professora Maria Arlete Duarte de Araújo, candidata à reitoria da UFRN envia artigo em que analise a questão orçamentária da instituição. Coisas de Jornal coloca-se como espaço de discussão da UFRN dessa e de outras candidaturas que enviem material pertinente. Segue na íntegra:

Orçamento: a revisão necessária

Maria Arlete Duarte de Araújo


Professora Titular - DEPAD/ Centro de Ciências Sociais Aplicadas
(arletearaujo@natal.digi.com.br)
Candidata à Reitoria – “UM NOVO OLHAR SOBRE A UFRN”.

A análise da distribuição interna dos recursos orçamentários da UFRN, oriundos do Tesouro Nacional e destinados a Outras Despesas Correntes e Capital, no período de 2006 a 2010, é extremamente revelador da participação reduzida dos Centros Acadêmicos em relação ao orçamento total da instituição.

Um primeiro exame mostra que essa participação manteve-se na ordem de 25% nos anos de 2006 a 2008, caindo para 23,5% e 21,2%, respectivamente em 2009 e 2010. Observe-se que os anos de queda são exatamente aqueles em que houve um expressivo crescimento do número de atividades nos Centros, em função do REUNI, e que por conseguinte demandaram mais recursos.


No entanto mais revelador é observar o crescimento do orçamento da UFRN, em relação ao crescimento do orçamento dos Centros, neste período. Assim verifica-se que em 2007, 2008, 2009 e 2010 enquanto o orçamento da UFRN cresceu respectivamente 25,5%, 8,1%, 20,2% e 15,7%, o orçamento destinado aos Centros cresceu 22,0%, 11,8%, 10,8% e 4,5% nos mesmos anos. Ou seja, com exceção do ano de 2008, em todos os demais anos o crescimento do orçamento alocado aos Centros ficou sempre abaixo do crescimento do orçamento da UFRN.


Em especial chama atenção os anos de 2009 e 2010, nos quais a diferença é expressiva, acentuando sobremaneira a centralização de recursos em mãos da Reitoria. E não estamos falando dos recursos arrecadados diretamente pela universidade!

 Estes, independente do volume de arrecadação, não são sequer objeto de distribuição entre os Centros. É importante salientar que os orçamentos destinados ao funcionamento da educação profissional, realizado nas escolas, têm outra origem e, portanto, ficam fora desta discussão. São orçamentos dirigidos especialmente às diferentes escolas (à Escola Agrícola de Jundiaí, por exemplo) e por elas administrados com autonomia.


Por outro lado, os dados apontam também para a dificuldade atual dos Centros e Departamentos Acadêmicos na formulação e implementação de suas políticas. Isso em função do elevado comprometimento de seus recursos orçamentários com a manutenção de sua estrutura física e administrativa.


A consagração de um perfil de despesas que apenas marginalmente contempla as atividades acadêmicas fragiliza a instância do Centro enquanto local de discussão e decisão sobre as atividades acadêmicas de ensino, pesquisa e extensão. De um modo geral, as decisões relativas a projetos de qualquer natureza, cursos e eventos - especialmente aquelas que envolvem recursos financeiros - acabam ocorrendo em outras instâncias, contribuindo assim de forma decisiva para acentuar o caráter administrativo da gestão nos Centros.


Perde-se então a oportunidade de que sejam instituídas políticas acadêmicas em nível dos Centros, capazes de afirmar sua identidade enquanto área do conhecimento, e de propiciar uma visão compartilhada sobre as suas prioridades. O apoio ao trabalho pedagógico, a participação em eventos científicos na forma de passagens e diárias, o apoio à realização de eventos – tudo fica em segundo plano, para o conjunto de professores, servidores e alunos. Consagra-se assim a via crucis dos pedidos pessoais à Reitoria!


Criar mecanismos de reversão desse quadro é portanto uma tarefa que deve exigir toda nossa capacidade criativa, se assumirmos que instâncias de direção como os Centros não podem tornar-se apenas instâncias burocráticas, com reduzida capacidade de envolvimento de sua comunidade acadêmica no cumprimento da responsabilidade social da instituição. É uma questão de concepção de gestão.

De compromisso ou não com a descentralização e com a autonomia das unidades. Não é difícil governar quando se centralizam os recursos, pois a centralização se constitui por excelência em um recurso de poder. O difícil é envolver as pessoas, democratizar o debate sobre a distribuição dos recursos, desmistificar o orçamento como peça neutra e técnica e permitir que a alocação dos recursos seja resultante dos legítimos conflitos que emergem da convivência social.


Há assim a necessidade de um novo olhar sobre essa questão para melhoria das atuais condições do trabalho de professores, servidores e alunos no âmbito de cada unidade acadêmica.

O Pixador está de volta

Se houver engenho e arte, Iberê pode ir ao segundo turno
Emanoel Barreto

Pesquisa Ibope/InterTV Cabugi aponta 56% de intenções de voto para Rosalba e crescimento da dandidatura Iberê Ferreira de 20 para 24% em uma semana. Carlos Eduardo está com 14%.

A pergunta que cabe é: com o crescimento de Dilma, que conta com o apoio de Iberê e Carlos, isso poderá contaminar a campanha, prejudicando a campanha de Rosalba? Precavida, como se já esperasse a débâcle de Serra, ela em nenhum momento anunciou apoio ao solidariedade ao tucano.

Serra hoje é como um boneco de piche: ninguém quer se aproximar para não sair respingado. É uma campanha sui generis: todos querem ser lulistas, ninguém é adversário, todos respeitam e aprovam.

Nos ambientes políticos, em sua pragmática-para-vencer, há um entendimento chamado de "perspectiva de poder", ou seja: quando algum candidato está virtualmente eleito, faltando apenas a votação para isso se confirmar, tudo parece conspirar a seu favor: indecisos passam a apoiá-lo, aliados de última hora surgem, aplausos se sucedem na primeira curva do rio.

Com isso quero dizer que, caso o marketing de Iberê saiba aproveitar a maré montande de Dilma/Lula e consiga capitalizar a favor do governador que busca a reeleição, o quadro poderá se voltar favoravelmente a ele. Especialmente porque Rosalba não terá qualquer respaldo de Serra, que hoje não ajuda nem a si próprio, e encontra-se como adversária de Dilma que vive seu momento perspectiva de poder.

Quer dizer: havendo engenho e arte, poderá surgir um efeito sinérgico a favor de Iberê. É trabalhoso, mas não impossível. Quanto a Carlos, a situação não parece muito boa. Havendo segundo turno, poderá unir forças a Iberê para o confronto final.

Extra! Extra! Extra! - Serra desaba nas pesquisas e o Pixador bota pra quebrar

Hoje é o Dia da Habitação

Desespero de Mãe
--- Walter Medeiros* - waltermedeiros@supercabo.com.br


A avenida Rio Branco fervilhava de gente naquela manhã abafada, enquanto a hora
fluía no rumo do almoço. Aflita em meio ao monte de problemas que enfrentava, Joana
seguia em busca do seu futuro, com a filha novinha, Fátima, no braço. Era uma mulher
jovem, com seus vinte e cinco anos, mas já muito marcada pela trajetória de vida
sofrida, desde que saiu do interior, em busca de melhores dias, e se viu desabrigada
pelas ruas da cidade grande, na flor da idade, com seus dezesseis anos.

Viveu nas calçadas, dormindo ao relento, debaixo de papelões, e passou por todas as agressões, violências, privações e humilhações daquela vida. O companheiro que arranjara a
deixou abandonada num quartinho de fundos, sem emprego, sem renda e endividada.
Mesmo assim queria organizar aquela vida, em favor da filha, que passara a ser a sua
maior razão de viver. Seu rosto, de beleza escondida pela falta de cuidados,
mostrava, mesmo assim, uns traços que, outra sorte tivesse, estaria mundo afora em
alguma passarela.

E Fátima, a filhinha, talvez até figurasse em meio àqueles bebês
das revistas especializadas. No entanto, a cada hora chorava de fome. O suor descia
naquela semblante entristecido, enquanto seu olhar percorria a fachada dos grandes
edifícios, em busca da repartição onde sonhava encontrar um lugar para morar,
oferecido pela prefeitura. Amava a terra onde nasceu, mas uma seca a deixara na
orfandade. Não estudou, embora tivesse adquirido uma visão natural do mundo, capaz
de fazê-la consciente de direitos e deveres individuais e sociais.

 Além de aspirar um dia um cantinho para morar, no qual pudesse cuidar da família, onde tivesse o que comer e cultivasse algumas plantas. Havia cuidado de um pedacinho de roça e guardava consigo as imagens coloridas das roseiras. Ficava feliz sempre que sentia o cheiro
da terra molhada e das plantas manipuladas pelos jardineiros, nas casas e nos
canteiros da cidade.

 Esboçando a sua revolta com a própria miséria, chega ao birô no
qual os funcionários demonstram solidariedade e interesse em resolver seu problema.
Coisa comum em serviços públicos, mas o que chega ao público normalmente são as
reações dos que atendem mal, o que não era o caso. É informada de que estão
esgotadas as ofertas. Desesperada, com a filhinha no braço, chora e faz um último
apelo por uma casa própria.

Ao seu lado, uma mulher é contemplada e outra fica à
espera. Joana segue com a filha pela calçada, enquanto na rua o trânsito flui
loucamente naquela ambiente, caos crescente, de cidade grande. Mal sai para a rua,
chega a notícia de que duas novas casas foram garantidas: uma para a mulher que
ficara esperando e outra para aquela que se inscrevera naquela hora. O funcionário
sai para chamar a pretendente e dar-lhe a boa notícia. Não consegue, porque Joana já
havia se jogado debaixo de um carro com a filhinha. Era 21 de agosto; Dia da
Habitação.
*Jornalista
Outros textos do autor: http://www.rnsites.com.br/humaniza_wm.htm

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

O Pixador ataca outra vez

http://www.blogger.com/post-edit.g?blogID=20204364&postID=6613111295281938218
Serra ou "eu sou eu, eu sou você ou eu sou uma ilusão de óptica?"
Emanoel Barreto

Há algo de insano ou desesperado no marketing de Serra. Jamais havia visto adversário elogiar adversário para tentar reverter quadro eleitoral em que lhe é tendencialmente desfavorável. Serra é um candidato sem discurso, cristianizado pelos seus correligionários, tem um vice que é um trapalhão, não tem carisma, é feio, tenta construir um passado de sofredorzinho que se fez às próprias custas e aposta no aplainamento das tensões sociais.

Para completar não pode atacar o patrocinador de sua adversária, o que seria atirar-se de cabeça contra um muro de concreto e aço. Assim, numa espécie de vampirismo midiático tenta se apoderar do prestígio de Lula, como se isso fosse possível.

O que o candidato intenta, sob seus mentores de mídia, é despertar no ser coletivo a que chamamos povo a sensação de que ele, Serra, por suas taumatúgicas pré-condições de admistrador é o sucessor que deveria ter sido indicado por Lula.

Há algo de patético nisso. O que se tenta é uma espécie de verossimilhança política ou algo como uma metáfora estranhíssina, como num jogo de espelhos: Serra na verdade é Dilma.

Ela, a candidata, é uma ilusão de óptica e o povo, ofuscado, quando aponta Dilma nas pesquisas na verdade estaria querendo dizer Serra. E o desespero do candidato, abandonado pelos correligionários candidatos a governador, quer porque quer levá-lo a se postar no lugar da oponente.

Impossível. Aplica-se no caso, à política, a velha lei da impenetrabilidade dos corpos, que diz: dois corpos não podem, ao mesmo tempo, ocupar o mesmo lugar no espaço. E assim sendo e por isso compreender, investe na tentativa de ser Dilma.

Ao que tudo indica, quer cometer algum tipo de falsidade ideológica sui generis.

No post abaixo registro como sua campanha elogia Lula e tenta apensar a candidatura Serra ao prestígio do adversário e com isso ganhar os votos que iriam naturalmente para Dilma. Leia a verá.

Serra está fugindo dele mesmo

Deu na Folha:
Serra agora gruda em Lula na TV, e PT recorre ao TSE
Iniciativa do marketing tucano veio casada com ataques a Dilma para tentar conter a queda de Serra nas pesquisas.
No horário nobre do programa eleitoral gratuito na TV, ontem à noite, a campanha de José Serra (PSDB) repetiu o que já fizera a sua adversária Dilma Rousseff: grudou o tucano no presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
"Serra e Lula, dois homens de história. Dois líderes experientes", disse o locutor logo na abertura da propaganda, enquanto eram mostradas três cenas dos dois juntos -numa, o tucano afaga o ombro do petista; noutra, eles cochicham.
Agora, veja o que diz
O Pixador


quinta-feira, 19 de agosto de 2010

O Pixador volta a atacar

Começou a debandada dos tucanos

Leio na Folha e transcrevo:
Aliados estaduais deixam Serra fora de propaganda



Em ao menos 5 locais, candidatos não citam nem mostram o tucano na TV

Candidato só aparece de forma discreta nas propagandas exibidas nos Estados; Lula é destaque em programas

DE SÃO PAULO

Na estreia da propaganda gratuita dos candidatos a governador, o candidato do PSDB à Presidência, José Serra, foi deixado de lado ou fez apenas aparições discretas nos programas de rádio e TV de seus aliados nos Estados.


Já na propaganda dos candidatos da base do governo federal, o presidente Lula foi a principal estrela -e a presidenciável petista Dilma Rousseff, sua coadjuvante.


Serra não teve sua imagem mostrada nem seu nome citado nas propagandas dos candidatos a governador Yeda Crusius (PSDB-RS), Joaquim Roriz (PSC-DF), Marcos Cals (PSDB-CE), Paulo Souto (DEM-BA) e Rosalba Ciarlini (DEM-RN).


Em Pernambuco, Jarbas Vasconcelos (PMDB) só mostrou imagens do tucano no programa da noite.


O início da propaganda na TV coincide com o momento em que Serra aparece pela primeira vez atrás de Dilma em pesquisa Datafolha.


No último levantamento do instituto, a petista teve 41% das intenções de voto, contra 33% do tucano. Ele contava com o apoio nos Estados para reverter a vantagem da adversária.


Em Minas, segundo maior colégio eleitoral do país, Dilma chegou a falar três vezes nos programas dos aliados, inclusive pedindo voto para Hélio Costa (PMDB).


Serra ficou em clara desvantagem. Nos programas dos tucanos Aécio Neves, para o Senado, e Antonio Anastasia, para o governo, Serra não fala nem é citado. Mas a imagem dele aparece.


No de Anastasia, Serra é visto de relance em quatro ocasiões. Em apenas uma Serra está em primeiro plano. Em outra está de costas.


Em São Paulo, o tucano Geraldo Alckmin não mostrou a imagem de Serra na TV e só citou duas vezes o nome do presidenciável.


Na TV, Mercadante ignorou Dilma -não apareceu nem foi citada-, mas exibiu depoimento de Lula.


Em sua fala, Mercadante colou sua candidatura ao governo Lula, colocando-se como participante das realizações federais.


No Paraná, o programa da tarde de Beto Richa (PSDB) só mostrou Serra em imagens de campanha. Mas, no programa da noite, exibiu depoimento do presidenciável.


No Ceará, nem o nome nem a imagem de Serra apareceram no programa de Cals e do candidato tucano ao Senado, Tasso Jereissati.


No Rio, o TRE determinou que o senador Marcelo Crivella (PRB) não utilize o depoimento de Lula em seu programa de TV.


O pedido foi feito pela coligação Juntos Pelo Rio, da qual o próprio PT faz parte, minutos depois do horário eleitoral da tarde. Mas, à noite, Crivella usou novamente o depoimento de Lula.


O presidente gravou depoimento para Crivella, que não faz parte da coligação do PT, e para Lindberg Farias (PT). Alijou assim Jorge Picciani (PMDB), candidato apoiado pelo governador Sérgio Cabral Filho (PMDB).






SERRA É CITADO


No Rio Grande do Norte, o apoio de Serra foi usado contra a candidata ao governo Rosalba Ciarlini (DEM).


O atual governador e candidato à reeleição Iberê Ferreira (PSB) usou parte de seu programa de rádio para ressaltar que a candidata do DEM é apoiada por Serra.


"A candidata do DEM é apoiada por Serra", dizem os locutores.



Mensagem deixada no orkut de Nilo Santos, que aniversariaria hoje, mas faleceu
recentemente.


Nilo Santos
--- Walter Medeiros


Que mistério, esta vida, esta grande via,
Tempo que muda de cara, qual magia,

Tempo de mudanças, de tecnologia,

Tempo que a gente nem imaginou um dia.


Um dia achamos fascinante a tipografia,
Que o off set aposentou sem piedade,

Pois cada tempo traz as suas novidades,
Como a fascinante informática, que viria.

E a nossa maquininha de escrever,

Que não era arma, mas sagacidade

Para nossas lutas pela liberdade,

Que um dia afinal vimos nascer.


Mas agora, nesse dia, mais surpresa,
Para quem a internet agora curte,

Você está aqui no seu Orkut,

Que na convivência é uma beleza.

 Mas não responde mais nossas mensagens,

Está mudado, construindo outra história,

Restando a nós apenas a memória

Daquelas tuas belas reportagens.





Mais uma do Pixador

Veja aqui uma coluna social diferente. Fútil, mas em compensação essencialmente tola comme il faut

Jornal inútil


Abaixo, uma seleção das mais importantes idiotices jornalísticas que em muito contribuirão para aumentar a sua cultura inútil. Idiotices e calhordices: dos jornais, dos jornalistas e dos, vá lá, atores sociais - do poder e fora dele. Gente de grana, sabe? Gente sem grana também, ok? - EB.

Todos querem Alessandra
A informação está emm Heloisa Tolipan - JB. Importantíssimo. Leia:
Como diz Suzana, a personagem editora de moda de Malu Mader em Ti-ti-ti: “A saúde está com tudo no mundo fashion”. Alessandra Ambrósio que o diga. Depois de só ser lembrada para trabalhos comerciais, ela chegou ao Olimpo da alta moda. Além de ser capa da Love, ela está na Vogue Rússia, na Vogue America e nas campanhas da Lowe e Moschino. Pela primeira vez, aliás, ela figura no principal ranking do site models.com, em 34º lugar. Seu habitat, até então, era a lista das sexies, na qual ainda ocupa a 5ª posição. “Ms. Ambrósio é a definição do último grito na moda: a mistura entre o sexy e o high fashion”, decreta o site.
...
Filha de Mick Jagger posa semi nua em campanha de jeans

Também para seu gáudio: Georgia May Jagger, filha de Mick Jagger, posou vestindo apenas uma calça jeans justa para a nova campanha da grife Hudson.
Georgia, 18, é filha do vocalista do Rolling Stones com a modelo Jerry Hall. Ela é a terceira dos quatro filhos do casal.
As fotos foram feitas em Nova York pelo badalado fotógrafo de moda Mario Sorrenti.
... Esta relevante informação está na Folha.

...Também na Folha outro grande acontecimento. Leia logo: "Gay de 'Ti-ti-ti' pode engatar relação com mulher.Em breve, o coração de Julinho (André Arteche) -- que perdeu o namorado Osmar (Gustavo Leão) em um acidente de carro -- vai se abrir para uma nova paixão em "Ti-ti-ti", da Globo. Segundo o ator, o novo pretendente pode ser inclusive uma mulher. "O Julinho tem o que eu chamo de comoção estética. Pode até ser que uma mulher desperte nele uma paixão", adianta. - Estou comovido.

... EPA! EPA, EPA, que aqui o negócio é sério. É no Estadão. Veja só estes bonecos:
Conselho amplia benefícios de juízes federais



Magistrados, que já gozam de dois meses de férias por ano, podem agora 'vender' 20 dias e embolsar uma quantia a mais por ano


O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu que os magistrados federais devem ter as mesmas vantagens que já são garantidas a integrantes do Ministério Público Federal (MPF).


Por detrás dessa medida com fisionomia técnica, há uma ampliação de privilégios. Em consequência da decisão, assim como os membros do Ministério Público, os juízes, que já gozam de dois meses de férias por ano, poderão "vender" 20 dias e embolsar uma quantia considerável a mais por ano.

Além da possibilidade de vender um terço das férias, a simetria entre as duas carreiras garante aos magistrados direito a outros benefícios, como auxílio alimentação, licença-prêmio e licença sem remuneração para tratar de assuntos particulares.


No próprio CNJ há quem acredite que, se a decisão do conselho for questionada no Supremo Tribunal Federal (STF), há grandes chances de a corte suspendê-la. Há uma súmula do STF segundo a qual o Judiciário não tem função legislativa e, portanto, não cabe a esse Poder aumentar vencimentos de servidores sob fundamento de isonomia.

A decisão do CNJ, tomada por 10 votos a 5, ocorreu seis dias depois de o STF ter encaminhado ao Congresso Nacional um projeto de lei para reajustar os salários do Judiciário da União em 14,79%.

.... Agora a coluna social do povo:
Esta alegre família deixou a violência do Rio de Janeiro e veio  morar no Nordeste. A foto é um registro do filme Garapa, de José Padilha, o diretor de Tropa de Elite. Como se vê, o povo também sabe ser feliz. Uau! Até que enfim uma coluna social de mesmo, como se dizia antigamente, mostra a felicidade do povo.

 




quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Pixador bota pra quebrar

De volta, o Pixador

O Pixador está de volta

Dame Judi Dench - "Send In The Clowns" - Live on BBC Proms [Sondheim's 8...


Que entrem os palhaços ou de como a minha boca sequestrou todas as minhas palavras
Emanoel Barreto

Que entrem os palhaços e nos digam
as suas histórias e que falem em meu lugar.
 Pois hoje estou sem palavras.

 Perguntei à minha alma o que está havendo
 e ela respondeu não sei.

Meu cérebro também
 nada podia informar.

Minha boca disse-me então
que havia sequestrado todas as palavras
que se escondem em meus dedos de datilógrafo-copista.

 Por isso eu não posso escrever.
Então ditei ao computador
estas palavras que você está lendo.

Mas agora sou obrigado a parar
 porque até a boca se recusa a falar.

Sendo assim, que entrem os palhaços...
Dilma: como se mostra uma candidata - uma análise do primeiro vídeo de campanha
Emanoel Barreto

O grande mérito do vídeo de lançamento da candidatura Dilma Rousseff não é encontrado apenas em sua condição de peça técnica de convencimento do eleitorado; no vídeo, Dilma não pede votos, não alardeia sua condição de petista, não anuncia programa de governo. O mérito ideológico da peça está em seu caráter discursivo, que ao invés de encaminhar-se, ou melhor, apresentar-se como coisa típica de campanha, assumiu o tom de documentário, de história de vida.

Com isso, a propaganda ocultou-se enquanto propaganda e passou à condição de relato convincente, testemunhal; depoimento pungente a respeito de quem, pela sua história, pelos seus compromissos, é um ator social igual ao povo. Resumindo: a mensagem recodificou-se em seu pronunciamento, disse subliminarmente que não era propaganda e afinal cumpriu com o propósito do marketing pois funcionou, sem assim ser entendida, como propaganda mesmo sendo propaganda.

O poder dessa empatia é enorme, pois estabelece junto ao receptor da mensagem um dizer de aproximação, nivelamento e congraçamento com um detalhe de qualidade: está dito, também de forma subliminar, que aquele ator político é do povo mas que, diferentemente dos atores sociais do povo, que sofrem os efeitos perversos da história e não têm como reverter esses efeitos, ela, Dilma, tem essa possibilidade, comprovada por sua história de vida.

No post anterior você encontra a peça propagandística. Se observar bem, perceberá que na legalidade interna do discurso tudo leva a crer que se trata de documentário. O que foi pretendido, o que valeu, foi a sensação imediata produzida por quem recebe a mensagem documental, que na verdade é pura propaganda. Veraz em sua essência, mas propaganda.

O vídeo reuniu em sua coerência de discurso vários argumentos de convencimento: abre com uma estrada sendo percorrida, tendo como fundo sonoro música comovente e a voz de Dilma em sobreposição, contando-se enquanto pessoa, enquanto gente. Os planos imagéticos, seus cortes, o declaratório de Lula e de pessoas que com ela conviveram quanto era perseguida política, tudo, tudo dá o tom documental-pungente à obra.

Observe como as pessoas que falam a respeito de Dilma estão ambientadas em locais onde não há iluminação total. A lua foi esbatida, o que confere à cena um toque de intimismo, naturalidade, quase um diálogo com o espectador. E segue assim toda a peça; emocionando, intercalando passado e presente como se fora um filme - que se encerra também numa estrada, o que confere a Dilma a condição de ser que se transcorre na vida dela participando, ou seja: se arriscando como cada um de nós, vislumbrando o futuro na estrada que se alonga.

O mérito técnico da obra está, então, em seu status poético-documental. Todavia, pontuado pelo declaratório de Dilma, tem o toque do pragmatismo pelo fato mesmo de que ela alude à sua capacidade administrativa e fala de sua resistência à ditadura, à prisão, ao sofrimento. Ou seja: é pessoa - que sofreu -, e é a administradora, quando se manifesta disposta à próxima missão.

Creio que a campanha transcorrerá segundo essa linha, que recorre às formulações emotivas já mencionadas. Formulações contudo embasadas em fatos, que são o passado da candidata. A obra, mesmo ativando a persuasão pela emoção, tem o valor de retratar um personagem plenamente inserido na história recente.

É um belo trabalho de propaganda. O discurso se negando como discurso para cumprir com o papel próprio dos chamamentos. Ela se afirma como pessoa para se dizer candidata. A humanização da pessoa ressaltou a administradora, do ponto de vista midiático e isso também está dido subliminarmente. Como disse, é um belo trabalho de propaganda.

terça-feira, 17 de agosto de 2010


Dilma arrasa no primeiro vídeo de campanha
Emanoel Barreto

Tecnicamente irretorquível o vídeo de lançamento da candidatura Dilma Rousseff. O marketing da candidata arregimentou um poderoso discurso poético-político, numa simbiose perfeita. Percebe-se o ator político Dilma como alguém extremamente humano - foi essa e intenção da mensagem.

A música incidental, o discurso visual, os cortes e planos videográficos, tudo funcionou em sinergia e contribuiu para colar nela uma imagem de proximidade com o eleitorado, com o povo. A intenção é que seja percebida sob a seguinte angulação: "Ela é uma de nós."

A passagem pela guerrilha foi sutilmente abordada. O pronunciamento - aqui no sentido de discurso e imagem - dá uma ideia de como será a sua campanha.

Vote Tiririca 2222 - Vote no Abestadô !



Ver o circo pegar fogo
Emanoel Barreto

O palco do espetáculo político atrai os costumeiros atores, os profissionais do discurso em plenário, os que se dedicam à política como gesto e ato de intervir na pólis. Mas, como no Brasil - a história o comprova -, a expressão ator social é levado às últimas consequências, temos pessoas que encarnam à perfeição o ridículo da vida pública.

Agora é o palhaço - na pior acepção do termo - Tiririca quem sem apresenta ao proscênio. Não é lamentável apenas pela degradante figura que brilha em programas televisivos de baixo nível; é pelo que ela representa em termos do imaginário nacional relativo à política.

Quero dizer: o senso comum, até mesmo de forma compreensível, dado que o estamento político tem desempenho lastimável e de todos conhecido, encara a política como algo onde imperam a falta de seriedade e até de compostura.

As assembleias, os plenários que deveriam ser ambientes de cidadania, se transformam em esconderijos de velhacos e aproveitadores. Assim, Tiririca, exercendo o direito de inserir-se aos espaços deliberativos, aparece e reclama o voto, pede passagem para chegar à Câmara.

E o povo que muitas vezes, senão cotidianamente faz papel de palhaço, é chamado a votar num deles. Hoje tem marmelada? Tem, sim sinhô. Tem, tem sim. Sempre teremos marmelada no Circo Brasil.
 http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://onaired.com/wp-content/uploads/2010/07/Zsa-Zsa-Gabor-1&page=1&ndsp=17&ved=1t:429,r:0,s:0
A bela adormecida
Emanoel Barreto

Sza Sza Gabor. O nome hoje soa estranho, quase uma improvável onomatopeia. Mas, para quem gosta de cinema, chega como uma bela, literalmente bela, recordação. Trata-se de atriz húngara, famosa nos anos 50. Hoje com 93 anos está gravemente doente, recebeu extrema-unção há poucos dias e recusou-se a fazer uma operação de fígado que ampliaria sua vida por mais algum tempo. Os familiares dizem que quer morrer em casa. Continuar viva significaria tortura insuportável.

O comportamento de Sza Sza vai de encontro ao convencional lutar-por-viver-a-qualquer preço. Afinal, 93 anos não são pouca coisa. Quer dizer: viver, viveu muito. Foi famosa, casou sete vezes. Tudo o que Hollywwood poderia dar a uma atriz ela recebeu: fama, dinheiro, celebrações e as atenções de todo um público masculino que via na instigante húngara um símbolo sofisticado da beleza feminina.

Agora quer dar o grande salto, o mergulho definitivo rumo ao território-do-que-não- sabemos. Como acredito no Mistério, espero que, lá, continue a cintilar. Quem sabe, possamos chamá-la não de morta, mas de uma bela que adormeceu.

domingo, 15 de agosto de 2010

 Tem vizinhos barulhentos? Seus problemas acabaram: faça como eu, compre uma planta carnívora
Emanoel Barreto

Um amigo encontrou-me certa vez em estado sorumbático e meditabundo. Quis saber o que eu tinha e expliquei que em meu bairro havia muita gente palradora, pessoas loquazes, barulhentas, festeiras e endiabradas por som alto.

"Só isso?", disse, e notei um certo ar de ironia com o meu sofrimento. "Só isso? Você chama de 'só isso' ao sofrimento de um cristão que não dorme há exatos seis meses?", repeli indignado. Ele respondeu que sim e bateu naquele bordão de certos comerciais de TV: "Pois saiba que seus problemas acabaram."

"Como?"
"Simples: adquira imediatamente uma planta carnívora. Melhor que isso: nem gaste dinheiro. Vou lhe dar uma de presente" Eu mesmo solucionei essa questão com uma boa planta carnívora". E entregou-me uma adorável plantinha. Dei-lhe, apropriadamente, o nome de Jezebel. Ainda pensei em Lucrécia Bórgia mas desisti. Jezebel ficou sendo o nome.

Então, algo estranho aconteceu. À noite, em vez do barulho de festas, passei a ouvir terríveis gritos, regougos desesperados, gemidos e coisas assim. Temeroso, passei a trancar com bastante cuidado portas e janelas.

Então, começaram a circular no bairro informações de que pessoas estavam desaparecidas. Coincidentemente, os mais aferrados festeiros. Liguei uma coisa à outra e concluí: "Jezebel. Só pode ser ela, a danadinha."

Não deu outra. Certa noite, ouvindo uma voz plangente, abri ligeiramente a janela e... Jezebel perseguia com firme decisão um velhote que morava em frente a mim e era doido por uma garrafa de uísque e tangos em alto volume. Ele corria em círculos e Jezebel ali: atrás do finório.

Afinal, acuado, ele ia ser tragado quando interferi. Acalmei Jezebel e liberei o velhote. "Pelo amor de Deus, o que diabo é isso?", ele perguntou. Respondi: "Crime e castigo. Bebeu e gritou, Jezebel jantou."

Prometeu-me, jurou-me nunca mais me incomodar e no outro dia fugiu para um bairro bem distante. A foi assim, meu caro amigo, que resolvi todos os meus problemas com vizinhança barulhenta. Se você vive situação igual à minha, se tem problemas com barulhos noturnos, compre uma planta carnívora e seja feliz.

PS: tenho mudas. Mas, como estou tratando de plantas carnívoras, aviso logo: custam os olhos da cara...
Lançamento de livro
Recebi da professora Arlete Araújo convite para lançamento de livro. Segue:

Caros Colegas


É com enorme satisfação que convidamos você para o lançamento do livro

“ Clima Organizacional na Administração Pública’, resultante de

pesquisa realizada pelo Grupo de Gestão e Políticas Públicas do

Programa de Pós-Graduação em Administração do qual faço parte. O

lançamento será às 18 horas do dia 24 de agosto na Livraria Siciliano –

Midway Mall.


Ficaremos muito contente com a sua presença!

Um abraço cordial


Maria Arlete Duarte de Araújo


O Pixador rides again

A dor de cabeça de um candidato

 O problema do Brasil é que nhém-nhém-nhém, nhém-nhém-nhém, nhém-nhém-nhém,entenderam?
Emanoel Barreto

Tenho dito aqui que falta a Serra um discurso, um sentido de causa à sua campanha, com licença da palavra, flébil, quebradiça, sem força de oposição em seu sentido real. Sabedor do capital simbólico de Lula, apoiador-mor de Dilma, ele não tem como atacar o governante sob pena de perder mais votos.

E fica naquilo que seu líder FHC chamava de nhém-nhém-nhém... Uma algaravia de indecisões. Nada do que se esperaria de uma candidatura propositiva, voltada para denunciar um estado de coisas, seguida de um leque de ações estruturais para sua reversão.

Transcrevo da Folha o artigo abaixo, de Janio de Freitas, coincidente com o que tem dito este Coisas de Jornal.

JANIO DE FREITAS


A COINCIDÊNCIA DOS programas de propaganda eleitoral, a se iniciarem nesta semana, com a ultrapassagem de Dilma Rousseff sobre José Serra agora constatada também pelo Datafolha, oferece duas deduções.


Quanto a Dilma, mais significativa do que a conquista da liderança, cedo ainda, a propaganda de TV e rádio é a oportunidade de forçar a continuidade do seu impulso atual e, com uns poucos pontos a mais, alcançar logo a indicação de vitória no primeiro turno.


Essa condição funciona, em geral, como atrativo de votos mais numerosos e mais protetores. É o que se dá, a esta altura, com Eduardo Campos e Sérgio Cabral, com suas crescentes possibilidades de vencer em Pernambuco e no Rio no primeiro turno.


Para Serra, fica evidente que está em sua última oportunidade, ou muito perto dela, de indicar ao eleitorado o motivo de sua candidatura. Que sentido tem, afinal? O que Serra pretendeu a ponto de deixar o governo de São Paulo para lançar-se na disputa pela Presidência?


Sob o peso da aprovação popular de Lula, o próprio Serra diz que não é candidato de oposição, e de fato não se mostra como tal. Adversário da candidata do governo, também não é governista. Logo, o que lhe sobra é uma fímbria pela qual introduzisse algo novo, uma perspectiva capaz de seduzir e convencer aspirações frustradas do eleitorado.


Mas nem vislumbre de alguma ideia assim, até agora. Trata-se de uma candidatura que não se sabe o que representa nem o que pretende além de uma intenção pessoal.


As pequenas lantejoulas que revestem a candidatura de Serra, do tipo "vou duplicar o Bolsa Família" (sem ao menos explicar se em valor ou em beneficiados), ou "vou criar o Ministério da Segurança", "vou restabelecer os mutirões da saúde", e outros "vou" que não chegam a lugar algum, prestam-se a ampliar a impressão de vazio dada na improdutiva preferência de sua campanha pelos minúsculos corpo a corpo.


Ocupar-se tanto em criticar Dilma por estar "na garupa" de Lula? Serra e seus marqueteiros poderiam perceber que assim só confirmam o que é a principal bandeira de sua adversária. Façamos justiça: a candidatura de Dilma e seu êxito são produtos de Lula, como Gilberto Kassab foi de Serra, mas o PSDB e seu candidato não têm regateado facilidades e outras colaborações à candidata governista.


O horário eleitoral traz em ocasião oportuna um recurso que tanto pode ser decisivo para Dilma como para Serra. Os três minutos a mais no tempo da aliança petista não alteram a equivalência das oportunidades: em TV e em rádio, sete minutos - tempo de Serra - já são um arremedo de eternidade.


Oneroso, nesse item, é o minutinho de Marina Silva, cujo sucesso nas palestras não se reproduz em mais do que 10% dos eleitores pesquisados, mas talvez o fizesse, em boa parte, com maior tempo de TV. O horário gratuito segue a regra fundamental brasileira: mais renda concentrada em quem já a tem alta.


Para preencher o tempo até o início da nova fase de propaganda, uma boa especulação é a das causas da queda forte de Serra, quatro pontos em três semanas, e do grande ganho de Dilma, com os cinco pontos que a elevaram a 41 contra 33. O debate na Bandeirantes e as pequenas e ruins entrevistas na Globo não convencem como causa de tamanha reviravolta, até porque já insinuada, antes dos programas, em outras pesquisas.