Hoje, trago um poema de Carlos Drummond de Andrade. Hoje, não quero falar das dissensões do mundo, dos miseráveis ódios do cotidiano, nenhum comentário sobre o motim dos controladores de vôo, ou as últimas indignidades dos políticos. Fiquemos com Drommond. É melhor assim. É bem melhor. Veja.
A castidade com que abria as coxas
e reluzia a sua flora brava.
Na mansuetude das ovelhas mochas,
e tão estreita, como se alargava.
Ah, coito, coito, morte de tão vida,
sepultura na grama, sem dizeres.
Em minha ardente substância esvaída,
eu não era ninguém e era mil seres
em mim ressuscitados.
Era Adão,primeiro gesto nu
ante a primeira negritude de corpo feminino.
Roupa e tempo jaziam pelo chão.
E nem restava mais o mundo, à beira
dessa moita orvalhada, nem destino.
"Não é justo alguém ter o direito de ter uma empresa de aviação e outro não ter o direito de comer um pão." /////// JAMAIS IDE A UM LUGAR GRANDE DEMAIS. A UM LUGAR AONDE NÃO TENHAIS CORAGEM DA IMENSIDÃO - EMANOEL BARRETO - NATAL/RN
sábado, 31 de março de 2007
terça-feira, 27 de março de 2007
De como o pobre leva uma vida de segunda mão e o ricaço sorri e festeja sua doce vida
Francenildo dos Santos Costa é o nome de um brasileiro que teve a coragem de denunciar a corrupção e apontou o hoje deputado federal Antônio Palloci ex-ministro da Fazenda, como integrante de um núcleo formado por altos figurões do Governo Lula,que seu reuniam em uma mansão no Lago Sul, em Brasília.
Era a chamada República de Ribeirão Preto, pois seus integrantes eram todos daquela cidade e na mansão se encontravam para festas e negócios escusos, dizia a imprensa há um ano, louvando-se nas denúncias de Francenildo, caseiro do delicioso antro e testemunha privilegiada do que ali se passava.
Resultado da ação de Francenildo: está desmpregado,vive de pequenos serviços e foi abandonado pela mulher que levou consigo o filho do casal, temento represálias. Palloci está deputado federal, tem livro publicado e vive muito bem. O processo contra ele dormita em alguma gaveta do Supremo Tribunal Federal, esperando parecer do Ministério Público. Quando, ninguém sabe.
Essas informações estão nos jornais e já podem ser incorporadas ao repertório de desgraças que compõem o cotidiano anônimo, a vida barata, angustiantezinha, péssima, a existência de segunda mão de milhões de brasileiros.
O honesto pagando o preço de ter integridade; o ricaço desfrutando do convescote do Poder, comendo as tâmaras da doce vida. O honrado atirado à margem, à sarjeta da vida; o mastim das benesses pronto para mostrar os dentes, protegido por um mandato federal. Oremos.
Era a chamada República de Ribeirão Preto, pois seus integrantes eram todos daquela cidade e na mansão se encontravam para festas e negócios escusos, dizia a imprensa há um ano, louvando-se nas denúncias de Francenildo, caseiro do delicioso antro e testemunha privilegiada do que ali se passava.
Resultado da ação de Francenildo: está desmpregado,vive de pequenos serviços e foi abandonado pela mulher que levou consigo o filho do casal, temento represálias. Palloci está deputado federal, tem livro publicado e vive muito bem. O processo contra ele dormita em alguma gaveta do Supremo Tribunal Federal, esperando parecer do Ministério Público. Quando, ninguém sabe.
Essas informações estão nos jornais e já podem ser incorporadas ao repertório de desgraças que compõem o cotidiano anônimo, a vida barata, angustiantezinha, péssima, a existência de segunda mão de milhões de brasileiros.
O honesto pagando o preço de ter integridade; o ricaço desfrutando do convescote do Poder, comendo as tâmaras da doce vida. O honrado atirado à margem, à sarjeta da vida; o mastim das benesses pronto para mostrar os dentes, protegido por um mandato federal. Oremos.
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