sexta-feira, 20 de junho de 2014

E aí? Topa um camarãozinho?


A Seleção, o camarão
e o caranguejo

Neymar Chora ao ouvir o hino nacional (http://copadomundo.ig.com.br/2014-06-17/l)
É grande a expectativa quanto à atuação do Brasil contra Camarões. Creio seja consensual a convicção de que a Seleção não vai bem. O time está tem timing. Sem timing porque tímido e tímido porque sem tino. E quem não tem um bom time treme, trupica, cai. Maktub!* É o destino.


Algo está muito errado. A situação se complica porque Camarões não tem nada a ganhar mesmo que vença, mas pode botar tudo a perder a quem não resta outro recurso a não ser ganhar. Pelo que apresentou até agora, é como se a Seleção estivesse com medo de tomar o mesmo caminho que a Espanha que assumiu ligeiro, pateticamente, sua condição falimentar e foi logo desclassificada. Não sei exatamente o que há, mas percebo claramente que não há o que devia haver: futebol, força, arranco, drible, gol.


É claro que não se pode esquecer o passado reluzente, os grandes tempos de esplendor, os lances geniais, o grito, a emoção, o "vamos minha gente!" Mas não se pode esquecer: como evento, o futebol tem no agora o seu tempo e na efemeridade desse agora sua pequena eternidade. 


É com essa pequena eternidade que me preocupo; que não dê tempo de mudar tudo e que a Seleção se perca. E afinal, mergulhando num mar coalhado de camarões o Brasil ande pra trás, se enganche na tarrafa já que não tem Tafarrel, se encolha tristemente e transforme em caranguejo.
.........................
* Maktub é do árabe e significa algo como "estava escrito".

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Espanha: jornal confia na recuperação



Editorial do jornal Marca, a respeito da desclassificação da Espanha

Volveremos


Al calor de las derrotas más duras del fútbol español es fácil y hasta lógico caer en un juicio absolutista basado en dos resultados dolorosísimos. No se puede negar la evidencia. El momento es grave. Pero también sería faltar a la verdad no reconocer que España tiene mimbres para iniciar la reconstrucción en cuanto finalicen estas semanas de pesadilla. Afortunadamente, durante los días de vino y rosas la Federación -con el trabajo de cantera de los clubes- no dejó de trabajar y la actual generación tiene el relevo asegurado. Hay futbolistas y estructura para volver a ser competitivos.
                                                                                                                      

La selección no murió anoche. Se ha acabado una época irrepetible. Se van a marchar jugadores que quedarán para siempre en el corazón y en la memoria de los aficionados, pero no es un punto final para España.

El fútbol español ofrece cada temporada síntomas de gran fortaleza. Hace apenas un mes, Real Madrid y Atlético jugaban la final de la Liga de Campeones y el Sevilla levantaba la Europa League. Muchos de esos jugadores están llamados a sumar su talento y esfuerzo en los próximos partidos de la selección.

La manera de establecer el relevo ya se verá. Habrá que esperar decisiones. Pero que el futuro existe no debería dudarlo nadie.
Son momentos para lamentarse pero también para agradecer esta época gloriosa. Y, desde luego, para asegurar con absoluta certeza que volveremos. España volverá.