Caros Amigos,
Neste final de semana, Cecília Meireles:
Leilão de Jardim
Quem me compra um jardim
com flores?
borboletas de muitas
cores,
lavadeiras e pas-
sarinhos,
ovos verdes e azuis
nos ninhos?
Quem me compra este ca-
racol?
Quem me compra um raio
de sol?
Um lagarto entre o muro
e a hera,
uma estátua da Pri-
mavera?
Quem me compra este for-
migueiro?
E este sapo, que é jar-
dineiro?
E a cigarra e a sua
canção?
E o grilinho dentro
do chão?
(Este é meu leilão!)
"Não é justo alguém ter o direito de ter uma empresa de aviação e outro não ter o direito de comer um pão." /////// JAMAIS IDE A UM LUGAR GRANDE DEMAIS. A UM LUGAR AONDE NÃO TENHAIS CORAGEM DA IMENSIDÃO - EMANOEL BARRETO - NATAL/RN
sábado, 19 de janeiro de 2008
quinta-feira, 17 de janeiro de 2008
Os robôs bobos
Caros Amigos,
Sem maiores detalhes, soube pelas coisas de jornal que a Microsoft desenvolve um programa que permitirá às empresas controlar seus funcionários de tal forma que, além do desempenho profissional, terá até mesmo informações sobre o seu estado emocional.
Trata-se, na verdade, de um programa que invadirá perversa e solertemente até mesmo o mais íntimo dos seres humanos, em proveito do capital. Estaremos vivendo em sua plenitude a genial e sombria metáfora de Chaplin em "Tempos modernos". O mesmo diga-se com relação ao mundo terrível que Orwell previu em "1984". O Grande Irmão invadirá vidas, sonhos, medos e desejos, controlando tudo, punindo e obtendo lucro.
No caso, o Grande Irmão não será o Estado, como estimava Orwell em sua crítica ao stalinismo, mas os grandes conglomerados, as poderosas corporações, numa sociedade mundializada.
Não deve ser coisa para já. Mas, caso venha mesmo a ter aceitação por parte das empresas, significará uma odiosa e deplorável maneira de manipular pessoas, como se fossem robôs; robôs bobos que, diferentemente dos robôs máquina, sofrem e se angustiam, mas, como elas, as máquinas, não reclamam e seguem adiante, sobrevivendo apenas para trabalhar.
Emanoel Barreto
Sem maiores detalhes, soube pelas coisas de jornal que a Microsoft desenvolve um programa que permitirá às empresas controlar seus funcionários de tal forma que, além do desempenho profissional, terá até mesmo informações sobre o seu estado emocional.
Trata-se, na verdade, de um programa que invadirá perversa e solertemente até mesmo o mais íntimo dos seres humanos, em proveito do capital. Estaremos vivendo em sua plenitude a genial e sombria metáfora de Chaplin em "Tempos modernos". O mesmo diga-se com relação ao mundo terrível que Orwell previu em "1984". O Grande Irmão invadirá vidas, sonhos, medos e desejos, controlando tudo, punindo e obtendo lucro.
No caso, o Grande Irmão não será o Estado, como estimava Orwell em sua crítica ao stalinismo, mas os grandes conglomerados, as poderosas corporações, numa sociedade mundializada.
Não deve ser coisa para já. Mas, caso venha mesmo a ter aceitação por parte das empresas, significará uma odiosa e deplorável maneira de manipular pessoas, como se fossem robôs; robôs bobos que, diferentemente dos robôs máquina, sofrem e se angustiam, mas, como elas, as máquinas, não reclamam e seguem adiante, sobrevivendo apenas para trabalhar.
Emanoel Barreto
segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
É melhor, você vai ver...
Caros Amigos,
O BBB da Globo está obtendo baixos índices de audiência, quando comparado à sua última edição. Ao que parece, a fórmula está se esgotando. É previsível que, com o passar do tempo, tais produtos de mídia comecem a despencar de popularidade, exatamente pelo seu conteúdo tolo e fugaz. De antemão, o telespectador sabe que as peripécias, episódios e "dramas" dos participantes serão literalmente os mesmos dos programas passados, mudando-se apenas os personagens.
Pedro Bial assoma à cena como um mestre-sala da bobagem. Anuncia, tentar criar no telespectador algum clima de ansiedade, uma estimativa de incerteza sobre o que acontecerá, mas seus esforços estão se revelando inúteis; inúteis, pois o BBB é uma inutilidade e uma falta de respeito à inteligência.
Fenômeno mundial, esses reality shows infestam televisores e buscam capturar corações e mentes. Lamentavelmente, deve-se admitir que conseguem. Milhões de pessoas estão atentas a tais futilidades, preenchendo seu tempo noturno, até que o sono chegue. Mas, no caso específico, o programa está em dacadência. Vejamos por quanto tempo mais ele se segura, até que venha o seu substituto.
O problema é exatamente esse: com a cultura televisiva vigente globalmente, essas ações midiáticas estão se naturalizando, tornando-se como que um conteúdo essencial. As pessoas começam a acreditar nisso. A achar que isso é importante. É aí que está o perigo: a televisão não tem qualquer interesse em exibir conteúdos de qualidade. Elegeu a fatuidade como ato prioritário, aferrou isso ao senso comum e logou êxito e muitos patrocinadores. É um processo perverso que, temo, não venha a ser revertido.
As coisas de jornal, entretanto, dizem que, na internet, há um movimento para que o programa seja boicotado. Está aí uma boa idéia. Quando o BBB começar, dê um jeito: mude de canal ou até mesmo reveja aquele velho DVD. É melhor, você vai ver...
Emanoel Barreto
O BBB da Globo está obtendo baixos índices de audiência, quando comparado à sua última edição. Ao que parece, a fórmula está se esgotando. É previsível que, com o passar do tempo, tais produtos de mídia comecem a despencar de popularidade, exatamente pelo seu conteúdo tolo e fugaz. De antemão, o telespectador sabe que as peripécias, episódios e "dramas" dos participantes serão literalmente os mesmos dos programas passados, mudando-se apenas os personagens.
Pedro Bial assoma à cena como um mestre-sala da bobagem. Anuncia, tentar criar no telespectador algum clima de ansiedade, uma estimativa de incerteza sobre o que acontecerá, mas seus esforços estão se revelando inúteis; inúteis, pois o BBB é uma inutilidade e uma falta de respeito à inteligência.
Fenômeno mundial, esses reality shows infestam televisores e buscam capturar corações e mentes. Lamentavelmente, deve-se admitir que conseguem. Milhões de pessoas estão atentas a tais futilidades, preenchendo seu tempo noturno, até que o sono chegue. Mas, no caso específico, o programa está em dacadência. Vejamos por quanto tempo mais ele se segura, até que venha o seu substituto.
O problema é exatamente esse: com a cultura televisiva vigente globalmente, essas ações midiáticas estão se naturalizando, tornando-se como que um conteúdo essencial. As pessoas começam a acreditar nisso. A achar que isso é importante. É aí que está o perigo: a televisão não tem qualquer interesse em exibir conteúdos de qualidade. Elegeu a fatuidade como ato prioritário, aferrou isso ao senso comum e logou êxito e muitos patrocinadores. É um processo perverso que, temo, não venha a ser revertido.
As coisas de jornal, entretanto, dizem que, na internet, há um movimento para que o programa seja boicotado. Está aí uma boa idéia. Quando o BBB começar, dê um jeito: mude de canal ou até mesmo reveja aquele velho DVD. É melhor, você vai ver...
Emanoel Barreto
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