sábado, 16 de outubro de 2010

Curso de Jornalismo da UFRN pode ter laboratório completo para jornalismo impresso: da redação até à rotativa
Emanoel Barreto

A professora Arlete Aaújo, candidata à reitoria da UFRN, assumiu compromisso de dotar o curso de Jornalismo da UFRN de laboratório de jornalismo impresso completo: desde a redação até à rotativa, o que significa a garantia de que poderemos formar jornalistas prontos para o mercado.

A proposta por mim apresentada e aceita foi formulada nos seguintes termos: redação com 30 computadores, rotativa e três viaturas.

A ideia é a redação, composição e impressão de um jornal de qualidade. Independente das forças políticas externas à academia e livre das pressões do mercado. Um grupo de alunos está a meu lado na defesa do projeto, que deverá começar a ser divulgado amplamente junto aos estudantes.

A proposta é a criação de um veículo baseado na ética e participante da sociedade civil. Isso tira do estudante a limitada perspectiva de ser "estagiário" das redações e o coloca em pé de igualdade com os profissionais. Bem pautado, orientado pelos professores, poderá participar com desenvoltura de entrevistas exclusivas e coletivas, atuando dentro de uma redação de verdade.

As disciplinas de jornalismo impresso e fotografia poderão ser exercitadas na prática plena, levando o estudante à percepção exata do seu fazer dentro dos limites e segundo as normas do deadline, o tempo-limite para o fechamento das edições, o que permite o fortalecimento da responsabilidade e o compromisso.

Concretizada, a proposta colocará nosso curso na vanguarda do ensino do jornalismo.
Foto: http://www.atribunamt.com.br/wp-content/uploads/2010/02/rotativa-do-jornal-a-tribuna-12-02-10.jpg

Entenda como e por que Serra afundaria o Brasil na crise mundial

Ó meu Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai as almas todas para o céu
Emanoel Barreto

Em meio à disputa acirrada que vem sendo travada no segundo turno das eleições presidenciais, em torno de temas como a legalização do aborto e a união civil entre pessoas do mesmo sexo, a campanha do candidato à Presidência pelo PSDB, José Serra, distribuiu ontem, em evento com professores na capital paulista, santinho com a foto do presidenciável e a frase: "Jesus é a verdade e a justiça."


A afirmativa é do Estadão. O que não está dito é que a "acirrada disputa" a respeito de aborto e ligação e união civil entre homossexuais na verdade não existe; existe sim, enquanto fatos oriundos dos meios de comunicação, difundidos por esses mesmos meios de comunicação e enfatizados idem.

Foram os jornais, revistas e TVs ligadas a Serra que deram destaque a tais ninharias para desviar o debate político com o aproveitamento e a manipulação de pessoas cujas convicções estejam regidas por princípios religiosos ou moralmente mais conservadores.


O comportamento do tucano, ao agregar a seu discurso de fala atitudes dignas de um místico de camarinha ajoelhado frente a oratório e repetindo uma jaculatória, é dado precioso que permite analisar que tipo de ator político jaz oculto pelo biombo do confessionário: um homem que aceita dar-se a esse tipo de jogo para chegar ao poder praticamente a qualquer custo.


Cabe então uma pergunta: com essa mobilização de segmentos religiosos o que se pretende: a implantação, aqui, de uma república teocrática? Certamente não é isso. Difícil seria imaginar Serra, eleito, buscando aconselhar-se com algum colegiado de entidade mariana a fim de tomar decisões à luz divina. Não tenho fé de que isso venha a acontecer, especialmente porque ela não será eleito...


Tenho fé, todavia, de que ele enceta uma nova forma de Marcha com Deus pela Liberdade manipulando convicções íntimas de pessoas fervorosas, que veem nele um líder voltado a obras pias e sacras intenções - de última hora, diga-se de passagem.


O apelo à religião e à pátria são recursos extremos dos que buscam no nebuloso imaginário social forças e raízes de afirmação para utilizar-se desse mesmo social em proveito de uma ideologia e seus pregoeiros. Tenho fé de que tal intentona não virá a prosperar.

Vinde a mim as criancinhas... Vinde a mim a criancinhas... Vinde a mim as criancinhas

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Neste sábado posto nova carta de Alberany, o abominável. (EB)
O Pixador

Amor à chilena

Walter Medeiros
 
Aquele homem – Manuel González – entrou na cápsula nunca antes usada por um ser humano, para percorrer um caminho nunca antes percorrido, com uma total incerteza sobre o resultado, num verdadeiro salto no escuro, com o único objetivo de ajudar seus semelhantes. Os que ficaram para trás, no solo, entoaram um cântico que os antropólogos, psicólogos e outros doutores talvez um dia expliquem, para dizer ao mundo que naquele momento estava sendo concebido um herói. 

Ele seria gestado durante um dia inteiro, ao chegar à caverna com setecentos metros de profundidade; ao abraçar cada um dos 33 mineiros soterrados na mina San José, em Copiapó, Atacama, Chile; ao orientar cada um sobre a forma de ganhar nova vida, subindo por aquele túnel vertical para inaugurar experiência jamais utilizada; ao ficar tão solitário por cerca de meia hora, até chegar, por último, à superfície inundada de emoções por pessoas, gestos, pensamentos e desejos que chegavam para demonstrar que o mundo inteiro estava solidário com todos eles.

Naquele momento nascia um novo herói, sob o manto protetor do universo, da natureza, que concatenou para que tudo saísse conforme programado, sem qualquer problema operacional. Ficou na memória, para sempre, seu gesto solitário acenando para a câmera antes de ingressar na cápsula que encerraria o resgate dos mineiros e que ficará na história da humanidade.

Lá fora, aquele desfile contagiante de amor familiar, que teve tantos momentos apoteóticos: da saída/chegada do primeiro mineiro resgatado; do surgimento de cada um dos outros soterrados; da chegada/saída do último mineiro e do regresso dos heróicos socorristas, que desceram ao buraco quente e apertado daquela mina, para aflição de todos os que fixavam os olhos na tela da TV. E o entoar do hino nacional chileno, cantado com tanta altivez e orgulho patriótico por todos os que festejavam o grande feito, pelo país inteiro.

Em cada grito de “Chi Chi Chi Lê Lê Lê” estava contido o desabafo vitorioso de quem denominou de Fenix aquela pequena cápsula salvadora, certamente energizada por tanto poder advindo do ressurgir sucessivo, depois dos imensos terremotos da sua história, inclusive aquele que enfrentaram de forma tão comovedora, já neste ano. Aos poucos assistíamos a consolidação de um plano de resgate excepcional, que expunha uma prática organizacional de excelente qualidade. 

Impossível assistir aquelas cenas, cheias de emoções e exemplos, sem passar também por uma forte mudança, resultante dessa nova experiência em si. Momentos de solidariedade, moral, garra, coragem e heroísmo, que renovam a fé num mundo melhor, mais justo, mais humano.
*Jornalista

Manifesto em defesa da Educação Pública

 Nós, professores universitários, consideramos um retrocesso as propostas e os métodos políticos da candidatura Serra. Seu histórico como governante preocupa todos que acreditam que os rumos do sistema educacional e a defesa de princípios democráticos são vitais ao futuro do país. 

Sob seu governo, a Universidade de São Paulo foi invadida por policiais armados com metralhadoras, atirando bombas de gás lacrimogêneo. Em seu primeiro ato como governador, assinou decretos que revogavam a relativa autonomia financeira e administrativa das Universidades estaduais paulistas. Os salários dos professores da USP, Unicamp e Unesp vêm sendo sistematicamente achatados, mesmo com os recordes na arrecadação de impostos. Numa inversão da situação vigente nas últimas décadas, eles se encontram hoje em patamares menores que a remuneração dos docentes das Universidades federais.

Esse “choque de gestão” é ainda mais drástico no âmbito do ensino fundamental e médio, convergindo para uma política de sucateamento da Rede Pública. São Paulo foi o único Estado que não apresentou, desde 2007, crescimento no exame do Ideb, índice que avalia o aprendizado desses dois níveis educacionais. 

Os salários da Rede Pública no Estado mais rico da federação são menores que os de Tocantins, Roraima, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Espírito Santo, Acre, entre outros. Somada aos contratos precários e às condições aviltantes de trabalho, a baixa remuneração tende a expelir desse sistema educacional os professores qualificados e a desestimular quem decide se manter na Rede Pública. Diante das reivindicações por melhores condições de trabalho, Serra costuma afirmar que não passam de manifestação de interesses corporativos e sindicais, de “tró-ló-ló” de grupos políticos que querem desestabilizá-lo. Assim, além de evitar a discussão acerca do conteúdo das reivindicações, desqualifica movimentos organizados da sociedade civil, quando não os recebe com cassetetes.

Serra escolheu como Secretário da Educação Paulo Renato, ministro nos oito anos do governo FHC. Neste período, nenhuma Escola Técnica Federal foi construída e as existentes arruinaram-se. As universidades públicas federais foram sucateadas ao ponto em que faltou dinheiro até mesmo para pagar as contas de luz, como foi o caso na UFRJ. A proibição de novas contratações gerou um déficit de 7.000 professores. Em contrapartida, sua gestão incentivou a proliferação sem critérios de universidades privadas. Já na Secretaria da Educação de São Paulo, Paulo Renato transferiu, via terceirização, para grandes empresas educacionais privadas a organização dos currículos escolares, o fornecimento de material didático e a formação continuada de professores. O Brasil não pode correr o risco de ter seu sistema educacional dirigido por interesses econômicos privados.  

No comando do governo federal, o PSDB inaugurou o cargo de “engavetador geral da república”. Em São Paulo, nos últimos anos, barrou mais de setenta pedidos de CPIs, abafando casos notórios de corrupção que estão sendo julgados em tribunais internacionais. Sua campanha promove uma deseducação política ao imitar práticas da extrema direita norte-americana em que uma orquestração de boatos dissemina dogmas religiosos. A celebração bonapartista de sua pessoa, em detrimento das forças políticas, só encontra paralelo na campanha de 1989, de Fernando Collor.

Fábio Konder Comparato, USP
Carlos Nelson Coutinho, UFRJ
Heloisa Fernandes, USP
Theotonio dos Santos, UFF
Emilia Viotti da Costa, USP
José Arbex Jr., PUC-SP
Marilena Chaui, USP
João José Reis, UFBA
Joel Birman, UFRJ
Leda Paulani, USP
Dermeval Saviani, Unicamp
João Adolfo Hansen, USP
Flora Sussekind, Unirio
Otávio Velho, UFRJ
Renato Ortiz, Unicamp
Maria Victoria de Mesquita Benevides, USP
Enio Candotti, UFRJ
Luis Fernandes, UFRJ
Antonio Carlos Mazzeo, Unesp
Caio Navarro de Toledo, Unicamp
Celso Frederico, USP
Armando Boito, Unicamp
Henrique Carneiro, USP
Angela Leite Lopes, UFRJ
Afrânio Catani, USP
Laura Tavares, UFRJ
Wolfgang LeoMaar, UFSCar
João Quartim de Moraes, Unicamp
Ildeu de Castro Moreira, UFRJ
Scarlett Marton, USP
Emir Sader, UERJ
Marcelo Perine, PUC-SP
Flavio Aguiar, USP
Wander Melo Miranda, UFMG
Celso F. Favaretto, USP
Benjamin Abdalla Jr., USP
Irene Cardoso, USP
José Ricardo Ramalho, UFRJ
Gilberto Bercovici, USP
Ivana Bentes, UFRJ
José Sérgio F. de Carvalho, USP
Peter Pal Pelbart, PUC- SP
Sergio Cardoso, USP
Consuelo Lins, UFRJ
Iumna Simon, USP
Elisa Kossovitch, Unicamp
Edilson Crema, USP
Liliana Segnini, Unicamp
Glauco Arbix, USP
Ligia Chiappini, Universidade Livre de Berlim
Luiz Roncari, USP
Francisco Foot Hardman, Unicamp
Eleutério Prado, USP
Giuseppe Cocco, UFRJ
Vladimir Safatle, USP
Eliana Regina de Freitas Dutra, UFMG
Helder Garmes, USP
José Castilho de Marques Neto, Unesp
Marcos Dantas, UFRJ
Adélia Bezerra de Meneses, Unicamp
Luís Augusto Fischer, UFRS
Zenir Campos Reis, USP
Alessandro Octaviani, USP
Federico Neiburg, UFRJ
Maria Lygia Quartim de Moraes, Unicamp
Cilaine Alves Cunha, USP
Evando Nascimento, UFJF
Sandra Guardini Teixeira Vasconcelos, USP
Juarez Guimarães, UFMG
Lúcio Flávio Rodrigues de Almeida, PUC-SP
Marcos Silva, USP
Walquíria Domingues Leão Rego, Unicamp
Sérgio de Carvalho, USP
Rosa Maria Dias, Uerj
Gil Vicente Reis de Figueiredo, UFSCar
Ladislau Dowbor, PUC-SP
Ricardo Musse, USP
Lucilia de Almeida Neves, UnB
Maria Lúcia Montes, USP
Eugenio Maria de França Ramos, Unesp
Ana Fani Alessandri Carlos, USP
Mauro Zilbovicius, USP
Jacyntho Lins Brandão, UFMG
Paulo Silveira, USP
Marly de A. G. Vianna, UFSCar
José Camilo Pena, PUC-RJ
Lincoln Secco, USP
Mario Sergio Salerno, USP
Rodrigo Duarte, UFMG
Sean Purdy, USP
Adriano Codato, UFPR
Ricardo Nascimento Fabbrini, USP
Denilson Lopes, UFRJ
Marcus Orione, USP
Ernani Chaves, UFPA
Gustavo Venturi, USP
João Roberto Martins Filho, UFSCar
Nelson Cardoso Amaral, UFG
Evelina Dagnino, Unicamp
Vinicius Berlendis de Figueiredo, UFPR
Silvia de Assis Saes, UFBA
Carlos Ranulfo, UFMG
Flavio Campos, USP
Liv Sovik, UFRJ
Marta Maria Chagas de Carvalho, USP
Paulo Faria, UFRGS
Rubem Murilo Leão Rego, Unicamp
Maria Helena P. T. Machado, USP
Francisco Rüdiger, UFRS
Nelson Schapochnik, USP
José Geraldo Silveira Bueno, PUC-SP
Reginaldo Moraes, Unicamp
Luiz Recaman, USP
Roberto Grun, UFSCar
Edson de Sousa, UFRGS
Márcia Cavalcante Schuback, UFRJ
Luciano Elia, UnB
Ricardo Basbaum, UERJ
Julio Ambrozio, UFJF
João Emanuel, UFRN
Paulo Martins, USP
Analice Palombini, UFRS
Alysson Mascaro, USP
José Luiz Vieira, UFF
Marcia Tosta Dias, Unifesp
Salete de Almeida Cara, USP
Anselmo Pessoa Neto, UFG
Elyeser Szturm, UnB
Iris Kantor, USP
Fernando Lourenço, Unicamp
Luiz Carlos Soares, UFF
André Carone, Unifesp
Richard Simanke, UFSCar
Francisco Alambert, USP
Arlenice Almeida, Unifesp
Miriam Avila, UFMG
Sérgio Salomão Shecaira, USP
Carlos Eduardo Martins, UFRJ
Eduardo Brandão, USP
Jesus Ranieri, Unicamp
Mayra Laudanna, USP
Luiz Hebeche, UFSC
Eduardo Morettin, USP
Adma Muhana, USP
Fábio Durão, Unicamp
Amarilio Ferreira Jr., UFSCar
Jaime Ginzburg, USP
Ianni Regia Scarcelli, USP
Marlise Matos, UFMG
Adalberto Muller, UFF
Ivo da Silva Júnior, Unifesp
Cláudio Oliveira, UFF
Ana Paula Pacheco, USP
Sérgio Alcides, UFMG
Romualdo Pessoa Campos Filho, UFG
Bento Itamar Borges, UFU
Tânia Pellegrini, UFSCar
José Paulo Guedes Pinto, UFRRJ
Luiz Damon, UFPR
Emiliano José, UFBA
Horácio Antunes, UFMA
Bila Sorj, UFRJ

Marilena Chaui 1: Serra é ameaça à democracia e aos direitos sociais. Em três vídeos abaixo, a palavra respeitável de Marilena Chaui.

Marilena Chaui 2: Serra ameaça liberdade de expressão e de imprensa

Marilena Chaui 3: Serra é uma ameaça para o meio ambiente

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Faces Faces Faces Faces Faces Faces Faces Faces Faces Faces

Romy Schneider

http://www.123people.com/s/romy+schneider
Manifesto de reitores das Universidades Federais à Nação brasileira
EDUCAÇÃO – O BRASIL NO RUMO CERTO


Da pré-escola ao pós-doutoramento – ciclo completo educacional e acadêmico de formação das pessoas na busca pelo crescimento pessoal e profissional – consideramos que o Brasil encontrou o rumo nos últimos anos, graças a políticas, aumento orçamentário, ações e programas implementados pelo Governo Lula com a participação decisiva e direta de seus ministros, os quais reconhecemos, destacando o nome do Ministro Fernando Haddad.

Aliás, de forma mais ampla, assistimos a um crescimento muito significativo do País em vários domínios: ocorreu a redução marcante da miséria e da pobreza; promoveu-se a inclusão social de milhões de brasileiros, com a geração de empregos e renda; cresceu a autoestima da população, a confiança e a credibilidade internacional, num claro reconhecimento de que este é um País sério, solidário, de paz e de povo trabalhador. Caminhamos a passos largos para alcançar patamares mais elevados no cenário global, como uma Nação livre e soberana que não se submete aos ditames e aos interesses de países ou organizações estrangeiras.

Este período do Governo Lula ficará registrado na história como aquele em que mais se investiu em educação pública: foram criadas e consolidadas 14 novas universidades federais; institui-se a Universidade Aberta do Brasil; foram construídos mais de 100 campi universitários pelo interior do País; e ocorreu a criação e a ampliação, sem precedentes históricos, de Escolas Técnicas e Institutos Federais. Através do Prouni, possibilitou-se o acesso ao ensino superior a mais de 700.000 jovens. Com a implantação do Reuni, estamos recuperando nossas Universidades Federais, de norte a sul e de leste a oeste. No geral, estamos dobrando de tamanho nossas Instituições e criando milhares de novos cursos, com investimentos crescentes em infraestrutura e contratação, por concurso público, de profissionais qualificados. Essas políticas devem continuar para consolidar os programas atuais e, inclusive, serem ampliadas no plano Federal, exigindo-se que os Estados e Municípios também cumpram com as suas responsabilidades sociais e constitucionais, colocando a educação como uma prioridade central de seus governos.

Por tudo isso e na dimensão de nossas responsabilidades enquanto educadores, dirigentes universitários e cidadãos que desejam ver o País continuar avançando sem retrocessos, dirigimo-nos à sociedade brasileira para afirmar, com convicção, que estamos no rumo certo e que devemos continuar lutando e exigindo dos próximos governantes a continuidade das políticas e investimentos na educação em todos os níveis, assim como na ciência, na tecnologia e na inovação, de que o Brasil tanto precisa para se inserir, de uma forma ainda mais decisiva, neste mundo contemporâneo em constantes transformações.

Finalizamos este manifesto prestando o nosso reconhecimento e a nossa gratidão ao Presidente Lula por tudo que fez pelo País, em especial, no que se refere às políticas para educação, ciência e tecnologia. Ele também foi incansável em afirmar, sempre, que recurso aplicado em educação não é gasto, mas sim investimento no futuro do País. Foi exemplo, ainda, ao receber em reunião anual, durante os seus 8 anos de mandato, os Reitores das Universidades Federais para debater políticas e ações para o setor, encaminhando soluções concretas, inclusive, relativas à Autonomia Universitária.
Atenciosamente,

Alan Barbiero – Universidade Federal do Tocantins (UFT)
 José Weber Freire Macedo – Univ. Fed. do Vale do São Francisco (Univasf)
 Aloisio Teixeira – Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
 Josivan Barbosa Menezes – Universidade Federal Rural do Semi-árido (Ufersa)
Amaro Henrique Pessoa Lins – Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
 Malvina Tânia Tuttman – Univ. Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio)
 Ana Dayse Rezende Dórea – Universidade Federal de Alagoas (Ufal)
 Maria Beatriz Luce – Universidade Federal do Pampa (Unipampa)
 Antonio César Gonçalves Borges – Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
 Maria Lúcia Cavalli Neder – Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
Carlos Alexandre Netto – Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
 Miguel Badenes P. Filho – Centro Fed. de Ed. Tec. (Cefet-RJ)
 Carlos Eduardo Cantarelli – Univ. Tec. Federal do Paraná (UTFPR)
 Miriam da Costa Oliveira – Univ.. Fed. de Ciênc. da Saúde de POA (UFCSPA)
 Célia Maria da Silva Oliveira – Univ. Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
 Natalino Salgado Filho – Universidade Federal do Maranhão (Ufma)
 Damião Duque de Farias – Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
 Paulo Gabriel S. Nacif – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
 Felipe .Martins Müller – Universidade Federal da Santa Maria (UFSM).
 Pedro Angelo A. Abreu – Univ. Fed. do Vale do Jequetinhonha e Mucuri (UFVJM)
 Hélgio Trindade – Univ. Federal da Integração Latino-Americana (Unila)
Ricardo Motta Miranda – Univ. Fed. Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
 Hélio Waldman – Universidade Federal do ABC (UFABC)
Roberto de Souza Salles – Universidade Federal Fluminense (UFF)
 Henrique Duque Chaves Filho – Univ. Federal de Juiz de Fora (UFJF)
 Romulo Soares Polari – Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
 Jesualdo Pereira Farias – Universidade Federal do Ceará (UFC)
Sueo Numazawa – Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra)
 João Carlos Brahm Cousin – Universidade Federal do Rio Grande – (Furg)
 Targino de Araújo Filho – Univ. Federal de São Carlos (UFSCar)
 José Carlos Tavares Carvalho – Universidade Federal do Amapá (Unifap)
 Thompson F. Mariz – Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
 José Geraldo de Sousa Júnior – Universidade de Brasília (UnB)
 Valmar C. de Andrade – Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
 José Seixas Lourenço – Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa)
 Virmondes Rodrigues Júnior – Univ. Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
 Walter Manna Albertoni – Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
No velho oeste ele nasceu...
Emanoel Barreto

A Folha registra: Principal alvo de críticas do PT no programa eleitoral, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso desafiou nesta quinta-feira o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma conversa "cara a cara", quando o petista "puser o pijama".


Dizendo-se vítima de mentiras, FHC disse que Lula foi mesquinho ao não reconhecer o legado do PSDB e assumir a paternidade da estabilidade da moeda.

"Estou calado há muitos anos ouvindo. Agora, quando o presidente Lula vier, como todo candidato democrata eleito, de novo, perder a pompa toda, perder o monopólio da verdade, está desafiado a conversar comigo em qualquer lugar do Brasil. No PT que seja", discursou FHC.

Estranho o comportamento do ex-presidente. A sensação que passa é daqueles filmes de caubói, quando um valentão quer se afirmar como o mais rápido gatilho do velho oeste e desafia oponente que detém tal, digamos qualificação.

A que ponto chegamos: rezas na campanha, gente se dizendo grande e fervoroso católico e agora um ex-presidente partindo para desafio. Oremos, oremos muito...

Imagem: http://www.recordrio.com.br/images/noticias/duelo_320_01.jpg
O dever obriga a comentar o infotainment
Emanoel Barreto

O infotainment, que mistura informação com entrenimento,  é a informação tola, da qual você poderia prescindir, mas que os veículos de comunicação insistemem trazer às coisas de jornal que publicam. É também chamado de faits divers. A grande fonte de informações desse tipo é o Guiness, que elenca uma série de platitudes, a tal cultura inútil. Exemplo é a notícia abaixo, que li na Folha e compartilho.


O menor homem do mundo é um nepalês de 18 anos que mede apenas 67,08 centímetros, a estatura de um bebê de poucas semanas, anunciou nesta quinta-feira a organização Guiness World Records.

O asiático Jagendra Thapa Magar entra assim para
o livro dos recordes, destronando o colombiano Edward Niño.
Altaf Qadri/AP

Com apenas 67,08 cm de altura, o nepalês de 18 anos Jagendra Thapa Magar torna-se o menor homem do mundo.
Magar torna-se recordista ao completar 18 anos, idade a partir da qual pode ser reconhecido oficialmente pela organização.

Edward Niño, de 24 anos, havia sido reconhecido como menor homem do mundo há apenas cinco semanas.


A Guiness World Records anunciara inicialmente que o nepalês media 65,5 centímetros, mas a medição mais recente constatou que a estatura precisa é de 67,08 centímetros.

"Jagendra Thapa Magar é agora oficialmente o menor homem do mundo", declarou o diretor da organização, Marco Frigatti, durante uma cerimônia na cidade de Pojara, no Himalaia (centro do Nepal), onde mora o jovem.





Serra, um cigarro e uma dose de uísque
Emanoel Barreto

Na transcrição abaixo, da Folha, Serra diz que não é contra a produção de fumo e que "o fato de eu ter batalhado contra o hábito do cigarro não implica que eu seja contra a produção de tabaco". Tenho alguma dificuldade em entender tal comportamento. Mas talvez seja por causa de minhas limitações que, devo supor, sejam muitas e muito grandes. Como pode alguém lutar contra algo e não ser contra o alvo de sua dissidência? Se consegue entender, explique-me.

Outra coisa: isso também é válido para o aborto? Ele luta contra o aborto mas isso não significa dizer que é contra o aborto? É isso, é isso o que o candidato quer dizer? São essas fragilidades e inconsistências programáticas, essa falta de um discurso propositivo que me levam a crer que essa candidatura está fadada à derrota.

Serra se apega ao que apareça, a qualquer tábua de salvação que lhe ofereça qualquer esperança e pronto: passa a tomar aquele assunto como ponto de pauta essencial e faz disso um cavalo de batalha. A falta de discurso oposicionista o leva a tanto. A última pesquisa revela que continua em desvantagem em relação a Dilma, que tem 35% e Serra 47%. Talvez ele precise de um cigarro. E uma dose de uísque....

Leia o discurso do absurdo.
No RS, Serra afirma que não é contra a produção de fumo



JEAN-PHILIP STRUCK
ENVIADO ESPECIAL A PELOTAS (RS)


O candidato do PSDB à Presidência, José Serra, afirmou hoje em Pelotas (258 km de Porto Alegre) que não é contra a produção de fumo no Brasil.


"O fato de eu ter batalhado contra o hábito do cigarro não implica que eu seja contra a produção de tabaco," disse o candidato.

O Estado do Rio Grande do Sul, onde o candidato cumpriu agenda de campanha hoje, é o maior produtor de tabaco do Brasil.
Serra também afirmou que a indústria merece apoio porque a maior parte da produção é exportada e gera empregos.

"O fato de que o cigarro faça mal não implica que vai acabar o consumo e que não se exporte. É uma atividade que gera empregos, que merece ser apoiada e vai ter meu apoio."

O candidato disse que nunca atacou os produtores de tabaco do país. "Nunca fiz qualquer referência negativa aos agricultores dessa atividade, que produzem um tabaco de excelente qualidade, que o mercado mundial deseja."

O tucano também disse que é o governo Lula, por meio da assinatura de acordos internacionais, que tomou medidas para erradicação da cultura do tabaco.

Serra não quis comentar a pesquisa Ibope divulgada hoje. O levantamento mostra que a intenção de voto para o tucano é 47% dos votos válidos. Dilma Rousseff (PT) tem 53%.

As declarações foram feitas em Pelotas, terceiro maior colégio eleitoral do Rio Grande do Sul, com 247.376 eleitores. A visita à cidade foi a última etapa da viagem do tucano ao Rio Grande do Sul hoje. Mais cedo, ele esteve em Porto Alegre e no município de Rio Grande.

Serra chegou a Pelotas com mais de duas horas de atraso. Parte da agenda acabou sendo cancelada. Quando o candidato chegou no centro da cidade, a maior parte das lojas do calçadão já estavam fechadas e as ruas vazias. Pouco mais de 200 pessoas receberam o candidato numa cafeteria.

Em Pelotas, Serra ficou à frente de Dilma no primeiro turno, com cerca de 42% dos votos, contra 41% da petista.