Ela tem os passos macios,
ela tem o olhar das manhãs.
Ela é o instante secreto,
ela é o pólen do sol.
No silêncio de um tempo só nosso,
vela instantes que são de entreluz.
E depois da noite que amanhece,
me sorri com espelhos de jade.
E o nunca inexiste
entre nós.
"Não é justo alguém ter o direito de ter uma empresa de aviação e outro não ter o direito de comer um pão." /////// JAMAIS IDE A UM LUGAR GRANDE DEMAIS. A UM LUGAR AONDE NÃO TENHAIS CORAGEM DA IMENSIDÃO - EMANOEL BARRETO - NATAL/RN
sexta-feira, 3 de agosto de 2007
quinta-feira, 2 de agosto de 2007
O milagre de Brisa Milagros
Caros Amigos,
As coisas de jornal informam que, na Argentina, uma menina recém-nascida não apresentou sinais vitais, foi dada como morta e levada ao necrotério. Ali, após algum tempo, chorou, o que a livrou, com toda a certeza, de realmente morrer. Percebido o erro, os médicos levaram-na a atendimento de urgência e agora ela está numa incumbadora.
Os pais, em sua perplexa alegria, deram-lhe o nome de Brisa Milagros. Eis aí um belo poema, uma sagração à vida, que é sopro, leve vagar que nos percorre o corpo e a alma. Vida tão frágil, silencioso impulso que nos anima o ser.
Brisa Milagros, que os tempos que ainda virão para ti sejam bons. E mesmo que a brisa da vida, a brisa do mundo, que pode se transformar em tempestade, venha a te ameaçar com temores e trevas como as que enfrentaste, seja enfrentada por ti com a coragem serena dos que sabem se ser.
Emanoel Barreto
As coisas de jornal informam que, na Argentina, uma menina recém-nascida não apresentou sinais vitais, foi dada como morta e levada ao necrotério. Ali, após algum tempo, chorou, o que a livrou, com toda a certeza, de realmente morrer. Percebido o erro, os médicos levaram-na a atendimento de urgência e agora ela está numa incumbadora.
Os pais, em sua perplexa alegria, deram-lhe o nome de Brisa Milagros. Eis aí um belo poema, uma sagração à vida, que é sopro, leve vagar que nos percorre o corpo e a alma. Vida tão frágil, silencioso impulso que nos anima o ser.
Brisa Milagros, que os tempos que ainda virão para ti sejam bons. E mesmo que a brisa da vida, a brisa do mundo, que pode se transformar em tempestade, venha a te ameaçar com temores e trevas como as que enfrentaste, seja enfrentada por ti com a coragem serena dos que sabem se ser.
Emanoel Barreto
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
A Caixa-Preta Brasil
Caros Amigos,
Diante de tanta confusão a respeito da caixa-preta da Tam, entendo que, de alguma forma, o Brasil, com seus descaminhos, casos fortuitos, coisas inesperadas, tramas escusas, atos nebulosos, inquéritos jamais concluídos, políticos da estatura moral de Renan Calheiros e outros quejandos é, à sua maneira, também uma enorme caixa-preta.
Portanto, precisa ser desvendada. Mas, como se sabe, caixas-pretas somente podem ser abertas e analisadas nos Estados Unidos. Assim, o Brasil deverá ser embalado, cuidadosamente embalado, e enviado aos EUA. Mas, como aqui as coisas não funcionam bem, algum funcionário esquecerá de comunicar que o Brasil está chegando por lá para ser examinado, e então acontece o seguinte: aquele pacotão vai chegar, terá apenas a inscrição "fragile" na embalagem, nada de remetente ou destinatário, e os americanos ficarão loucos: vão pensar que Osama enviou para lá uma bomba de alto poder mortífero e convocarão todos os seus setores de segurança.
O Pacote-Brasil vai virar, aí sim, para eles, o verdadeiro Risco-Brasil. Os maiores peritos em explosivos serão chamados e dirão: "Oh! My God!", tão logo auscultarem o pacote e ouvirem os tiros sendo disparados no Rio de Janeiro: "It's dangerous! Run! Run! Run!"
E todos sairão correndo, ante o temor da explosão, pois o pacote estará sendo agora movido por grandes abalos. São os senadores amigos do Renan tentando desesperadamente dizer que trata-se de um santo homem, devoto e dedicado à família, injustiçado e probo. Serão tantos os corre-corres, que eles acabarão provocando grandes sismos no pacote.
Depois, silêncio total. Os especialistas se aproximarão com todo o cuidado e abrirão o grande pacote. E aí, encontrarão a enorme caixa-preta. E dirão: "What is it?" Pé ante pé, medo retesado à máxima tentão, irão abri-la. Pronto, a caixa-preta está aberta.
E então, quando descobrirem que estão vendo o Brasil em funcionamento, ficarão tão apavorados que dirão: "Dephressa, vamous mandhar devoulver pahra Porthugal..."
E mandam tudo para os patrícios. E, quando eles abrirem, em prantos cantarão fados tão tristes, e tão dolorosos versos seus, que banharão de dor tod'alma lusitana. E, em lágrimas lamentosas, dirão: "Meu Deus, meu Deus, o que foi que nós criamos?"
Abraços,
Emanoel Barreto
Diante de tanta confusão a respeito da caixa-preta da Tam, entendo que, de alguma forma, o Brasil, com seus descaminhos, casos fortuitos, coisas inesperadas, tramas escusas, atos nebulosos, inquéritos jamais concluídos, políticos da estatura moral de Renan Calheiros e outros quejandos é, à sua maneira, também uma enorme caixa-preta.
Portanto, precisa ser desvendada. Mas, como se sabe, caixas-pretas somente podem ser abertas e analisadas nos Estados Unidos. Assim, o Brasil deverá ser embalado, cuidadosamente embalado, e enviado aos EUA. Mas, como aqui as coisas não funcionam bem, algum funcionário esquecerá de comunicar que o Brasil está chegando por lá para ser examinado, e então acontece o seguinte: aquele pacotão vai chegar, terá apenas a inscrição "fragile" na embalagem, nada de remetente ou destinatário, e os americanos ficarão loucos: vão pensar que Osama enviou para lá uma bomba de alto poder mortífero e convocarão todos os seus setores de segurança.
O Pacote-Brasil vai virar, aí sim, para eles, o verdadeiro Risco-Brasil. Os maiores peritos em explosivos serão chamados e dirão: "Oh! My God!", tão logo auscultarem o pacote e ouvirem os tiros sendo disparados no Rio de Janeiro: "It's dangerous! Run! Run! Run!"
E todos sairão correndo, ante o temor da explosão, pois o pacote estará sendo agora movido por grandes abalos. São os senadores amigos do Renan tentando desesperadamente dizer que trata-se de um santo homem, devoto e dedicado à família, injustiçado e probo. Serão tantos os corre-corres, que eles acabarão provocando grandes sismos no pacote.
Depois, silêncio total. Os especialistas se aproximarão com todo o cuidado e abrirão o grande pacote. E aí, encontrarão a enorme caixa-preta. E dirão: "What is it?" Pé ante pé, medo retesado à máxima tentão, irão abri-la. Pronto, a caixa-preta está aberta.
E então, quando descobrirem que estão vendo o Brasil em funcionamento, ficarão tão apavorados que dirão: "Dephressa, vamous mandhar devoulver pahra Porthugal..."
E mandam tudo para os patrícios. E, quando eles abrirem, em prantos cantarão fados tão tristes, e tão dolorosos versos seus, que banharão de dor tod'alma lusitana. E, em lágrimas lamentosas, dirão: "Meu Deus, meu Deus, o que foi que nós criamos?"
Abraços,
Emanoel Barreto
terça-feira, 31 de julho de 2007
Caminhando entre monstros
Caros Amigos,
Monstros nos olham
diariamente pela tela da TV.
Monstros nos falam todos os dias
nas coisas de jornal
e dizem como são bons e Justos.
Monstros assumem
quase diariamente
lugares os mais altos,
nos Poderes empoleirados.
Seus pedestais são feitos de ferro e dor,
concreto e restos
das vidas que tragaram.
Monstros nos olham
diariamente pela tela da TV.
Monstros se explicam
com sombras evidentes
e nos calam o direito de falar.
Monstros ditam leis injustas e prestam,
todos os dias,
culto ao deus dinheiro
e a seus anjos, o mercado e os bancos.
Monstros se dizem austeros,
dignos, circunspectos e respeitáveis.
Mas são apenas monstros;
que caminham rápidos na noite que
construíram e operam seus
sórdidos milagres de enriquecer sempre.
Emanoel Barreto
Monstros nos olham
diariamente pela tela da TV.
Monstros nos falam todos os dias
nas coisas de jornal
e dizem como são bons e Justos.
Monstros assumem
quase diariamente
lugares os mais altos,
nos Poderes empoleirados.
Seus pedestais são feitos de ferro e dor,
concreto e restos
das vidas que tragaram.
Monstros nos olham
diariamente pela tela da TV.
Monstros se explicam
com sombras evidentes
e nos calam o direito de falar.
Monstros ditam leis injustas e prestam,
todos os dias,
culto ao deus dinheiro
e a seus anjos, o mercado e os bancos.
Monstros se dizem austeros,
dignos, circunspectos e respeitáveis.
Mas são apenas monstros;
que caminham rápidos na noite que
construíram e operam seus
sórdidos milagres de enriquecer sempre.
Emanoel Barreto
segunda-feira, 30 de julho de 2007
Os montes das Vênus
No mapa da beleza,
a topografia feminina
exibe duas montanhas
que se mostram
como desafio ao alpinismo do olhar.
Encantadores montes de beleza,
eles estão sempre à frente, ternos e lindos.
Desafiam curiosidades,
estimulam elogios,
buscam refúgio muitas vezes
em minúsculos abrigos,
onde mais se mostram que se ocultam.
Dotados de volumes e formas variados,
eles não se podem esconder.
E seguem sempre,
montes das Vênus,
a encantar o imaginário,
como se fossem,
em meio ao mundo de tormentos, um sinal.
O sinal de que, um dia,
o amor se aninhará na mão que tiver,
da bela, permissão para ser mais atrevida
a topografia feminina
exibe duas montanhas
que se mostram
como desafio ao alpinismo do olhar.
Encantadores montes de beleza,
eles estão sempre à frente, ternos e lindos.
Desafiam curiosidades,
estimulam elogios,
buscam refúgio muitas vezes
em minúsculos abrigos,
onde mais se mostram que se ocultam.
Dotados de volumes e formas variados,
eles não se podem esconder.
E seguem sempre,
montes das Vênus,
a encantar o imaginário,
como se fossem,
em meio ao mundo de tormentos, um sinal.
O sinal de que, um dia,
o amor se aninhará na mão que tiver,
da bela, permissão para ser mais atrevida
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