sábado, 10 de março de 2012

A história secreta da construção da Arena das Dunas

A Torre de Babel também constará dessa magnífica arrancada para o progresso

O Governo afinal poderia mostrar serviço: iria construir um hospital. Antes, porém, o Secretariado reuniu-se e decidiu que o hospital deveria funcionar numa nuvem. Assim poderia se deslocar por todo o estado e prestar um excelente serviço ao povo. Abriu-se a competente licitação. Grandes e conceituadas empresas nacionais e internacionais, com inesgotáveis currículos em construção de grandes obras em nuvens se apresentaram, e a mais graduada delas foi  escolhida.
http://www.google.com.br/imgres?hl=pt-BR&client=firefox-a&hs=J49&sa

A empresa montou seu canteiro de obras em grandes, enormes balões estratosféricos, mas surgiu um problema: não havia nuvens, ou melhor, uma nuvem suficientemente grande para dar-se início à grande obra. O Secretariado então se reuniu e chegou à conclusão de que seria necessário contratar empresa especializada na fabricação de nuvens especiais, nuvens que fossem capazes de sustentar um hospital como aquele, grandioso e altamente necessário à rede pública de saúde.

Foi novamente aberta licitação e grandes construtoras de nuvens compareceram ao certame, sendo escolhida sem dúvida a mais competente. Mas, houve outro problema: para construir nuvens seria necessário uma altíssima montanha, pois assim seria mais fácil a nuvem ser fabricada e ganhar altura. E, claro, veio a mais qualificada empresa de construção e erguimento de montanhas, e foi contratada.

Afinal, todas as empresas trabalharam, cada um em sua especialidade e o monumental nosocômio foi dado como pronto. Todavia, desde o início das obras até sua conclusão haviam se passado muitos anos, o Tesouro fora levado à falência e, o que é pior, todo o povo morrera por falta de assistência médica, já que não havia hospital para atendimento. E como não havia mais povo, muito menos os doentes, o hospital era agora desnecessário. O que fazer?

Resposta: o Governo tomou grandes empréstimos com um grande objetivo: iria importar doentes e afinal inaugurar seu hospital. Mas doentes, especialmente doentes importados, doentes fabricados em países distantes e de grande evolução industrial, custavam muito caro. Não deu para comprar. O Governo então tomou sua mais sábia decisão: contratou grande entidade especializada em fazer chover. E a empresa veio e fez chover, transformando em chuva a nuvem onde estava o hospital, que veio abaixo de forma estrepitosa para gáudio da equipe governamental.
https://www.google.com.br/search?q=torre+de+babel&hl=pt-BR&client

Houve uma grande, torrencial inundação. E quando a inundação passou, os olhos estarrecidos de quem sobrou puderam contemplar tudo de bom que fora feito pelo governo: dos escombros surgiram as formidáveis obras da Arena das Dunas. E, como o Governo não descansa, agora estamos esperando pelas obras de mobilidade urbana para a Copa de 2014.

Nota da Redação: ao encerrarmos esta edição fomos informados que, para acompanhamento das obras de mobilidade urbana, foram recuperadas as plantas da Torrre de Babel, cujas obras terão início em caráter de urgência urgentíssima. Lá de cima, os governantes - que teem grande visão -, poderão contemplar como serão grandiosas e vastas, a perder de vista, as obras de mobilidade urbana.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Complexo de vira-lata ou que entrem os palhaços

Quer dizer então que o Governo aceitou o pedido de desculpas do cartola Jérôme Valcke. Continuamos os mesmos: o velho complexo de vira-lata. Vamos receber com ademanes e tremeliques, luvas e salamaleques aquele que, apoiado na inteentona Copa do Mundo, nos mandou um chute no traseiro. 

http://rascunhosarrabiscado.blogspot.com/2009/02/os-palhacos-somos-nos.html
Se a Fifa já está impondo ao país uma despesa monumental, tirando do nosso povo um dinheiro que fará falta a hospitais, escolas, universidades, estradas e segurança pública, não seria de estranhar a sucumbência.

Afinal, somos mesmo o país do faz de conta. Sendo assim, nada a estranhar: primeiro porque há obras que estão mesmo atrasadas, as tais obras de mobilidade não se movem e no fim o que se quer mesmo é o circo, não é mesmo? Então, que entrem os palhaços, que somos nós mesmos. Estamos apenas reformando a fantasia, vamos sambar e ainda pagar para sambar.
O que somos

http://complaintsbook.blogspot.com/2008/10/rosa-azul.html
No Dia da Mulher um registro especial, com marcas de passos e gestos de afeto, a Minha Mulher. Que a meu lado é sempre um gesto de luz e a delicada sensação de que tudo o que vivemos e estamos a viver é a reafirmação de tudo o que somos: a divina coragem de estar.

Um beijo especial a Minhas Filhas e Minha Neta, as primeiras sempre meninas, a segunda criança ainda.



 
CORAGEM PARA VIVER
--- Walter Medeiros* – waltermedeiros@supercabo.com.br  
A cada ano - há alguns anos - no dia 8 de Março faço uma homenagem a uma mulher, para registrar de forma significativa o seu Dia Internacional. Já homenageei muitas mulheres, no seu dia ou fora dele, em função das lutas que travam diuturnamente por melhores dias para a humanidade. Neste ano de 2012 envolve-me um desejo de fazer um registro que vem se delineando através dos anos e que considero ser hora de fazê-lo, escolhendo uma amiga que nem conheço pessoalmente, mas que tem um significado imenso para a têmpera de luta dos brasileiros.

É uma mulher destemida, lutadora, que tem como maior referência o ânimo de superação. Conforme ela mesma conta, num dia qualquer da vida, sem aviso prévio, abruptamente uma mielite transversa meou-lhe o corpo, tornando-a paraplégica. Há 27 anos, usa uma cadeira de rodas para deambular e enfrenta um turbilhão de dificuldades. Uma limitação gritante, uma vez que se viu banida da locomoção e da sensibilidade tátil. Ficou reduzida a apenas braços e cabeça. Mesmo diante de todo esse quadro ela não se julga uma pessoa doente, pois o que tem é a seqüela do triste ocorrido.

Durante todos esses anos, a nossa amiga, que estava saindo da sua juventude, com 36 anos, precisou de alguns apetrechos e muito exercício de paciência, improviso e capacidade para se adaptar. Recorda que um dia uma emergente advogada, moça simpática, inteligente e bonita, ao sair do Tribunal deixou-lhe uma anotação: “Entra no Google e pesquisa auto-hemoterapia - trabalho do Dr. Luiz Moura”. Agradeceu e guardou a anotação. Fez a pesquisa e ficou encantada com o que leu e viu depois no DVD que a mesma advogada lhe passou. Convencida do efeito benfazejo da auto-hemoterapia, não obstante o ceticismo próprio do cargo de Delegado de Polícia que exerceu durante alguns anos, resolveu experimentar, convicta de que mal não faria.

Ficou estupefata ao fazer uma ultrassonografia e constatar que um cisto de ovário detectado em exame anterior e que deveria ser objeto de uma cirurgia, havia desaparecido. Vítima havia anos de uma trombose, que recidivara duas vezes, ficou com a perna esquerda mais grossa do que a outra, incluindo a nádega, o que lhe causava um grande problema postural. Qual não fora a surpresa ao notar que não mais precisava de um calço e que a perna que sofrera a trombose estava quase igual à outra. A sua lesão é medular, com ausência de locomoção e sensibilidade a partir do nível T-4 (4ª vértebra torácica), o que significa dizer que estava inerte do peito para baixo. Todas essas passagens estão documentadas com atestados e exames.


Empunhando a bandeira do otimismo, ela tem sucesso como mãe, como esposa e como profissional. Quatro filhos formados e bem endereçados na vida, além de um marido sempre encantado consigo. Depois de paraplégica ascendeu, por concurso, aos cargos de Delegado de Polícia e Analista Judiciário, reforçando a certeza de que luta é a sua palavra de comando. Agora as suas taxas estão excelentes. Tudo dentro da normalidade. A trombose que tinha na perna esquerda foi, totalmente, recanalizada, conforme exame recente. Sua estima está em alta. Nunca se sentiu tão bem. Afirma que “No meu sentimento de amor, gostaria que o tema AHT fosse estudado para melhorar a saúde de todos, principalmente daqueles mais carentes de recursos financeiros”.

Na declaração mais recente que fez, continua “encantada com a Auto-Hemoterapia. Encantada e agradecida! Faço-a regularmente”. Dentro da sua faixa etária, afirma que está ótima. Acha que não vai mais andar, mesmo por que nunca esperou por isso. Mas dá uma das maiores lições de vida, ao afirmar que “não se anda apenas com as pernas”. Genaura Tormin, Técnica Judiciária, escritora e poeta em Goiás, pronuncia palavras emocionantes: “Embora não marque o chão com minhas passadas, o meu coração é livre, altaneiro e ganha asas, alicerçado sempre na coragem e na alegria de viver”.
Por tudo isso, que é apenas uma pequena amostra da grandiosidade desta pessoa humana excepcional, rendo-lhe aqui a minha mais elevada homenagem neste Dia Internacional da Mulher.
*Jornalista
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Saiba mais sobre Genaura Tormin no seu blog LEVE, LIVRE E SOLTA

segunda-feira, 5 de março de 2012

Desmatou? Precisa pagar multa não, ok?


http://naturezaecologica.com/tag/amazonia/impostas pelo Ibama por desmatamento ilegal.
O novo Código Florestal criou uma selva de incentivos aos desmatadores. Praticamente todos serão liberados de pagar as multas devidas não ao governo, mas à sociedade, aquela que deverá suportar as consequências desse tipo de ação criminosa. O país institui, cinicamente, a impunidade aos que ofenderam brutalmente a natureza.  Veja trecho de matéria da Folha a respeito:

A aprovação do novo Código Florestal, prevista para esta semana, deve levar à suspensão de três em cada quatro multas acima de R$ 1 milhão

A Folha obteve a lista sigilosa e atualizada das 150 maiores multas do tipo expedidas pelo órgão ambiental e separou as 139 que superam R$ 1 milhão. Dessas, 103 (ou pouco menos que 75%) serão suspensas se mantido na Câmara o texto do código aprovado no Senado. Depois, ele segue para a sanção da presidente Dilma Rousseff. 

Pelo texto, serão perdoadas todas as multas aplicadas até 22 de julho de 2008, desde que seus responsáveis se cadastrem num programa de regularização ambiental. As punições aplicadas depois disso continuarão a valer. 

Para conseguir o perdão, o produtor terá três alternativas: recompor a reserva legal (metade da área pode ser com espécies exóticas), permitir a regeneração natural ou comprar área de vegetação nativa de mesmo tamanho e bioma do terreno desmatado.

domingo, 4 de março de 2012

Samvel Yervinyan 3 (HD)

Bela foto de Cartier Bresson

Leio no L&PM Blog e compartilho ( http://www.lpm-blog.com.br/?p=14150 )

Marilyn Monroe por Cartier-Bresson

No set de filmagem de Os desajustados (The misfits), em 1960, as lentes do fotógrafo Henri Cartier-Bresson flagraram uma moça de ar melancólico e olhar distante. Cabisbaixa, nem parecia a estonteante musa do cinema, que despertava a cobiça dos homens mais poderosos do mundo com sua beleza irresistível. Altiva, nunca decepcionou diante das câmeras. Mas os instantes precisos capturados pelo mestre da fotografia deixam transparecer uma Marilyn Monroe que poucos conheciam. Seu brilho radiante era, às vezes, só uma fachada para o público quando, na verdade, seu estado de espírito era sombrio.
Em Cartier-Bresson: o olhar do século, o biógrafo Pierre Assouline comenta este episódio da gravação de Os desajustados:
Mesmo ao cobrir um evento muito bem organizado, também acompanhado por vários colegas, Cartier-Bresson sempre consegue tirar pelo menos uma foto com a sua marca pessoal. É o que acontece em 1960, quando John Huston filma “Os desajustados”, e seus fotógrafos da Magnum revezam-se nas filmagens, dois a dois. Apesar do excesso e da superabundância de imagens, tanto em qualidade quanto em quantidade, ele consegue tirar uma foto de Marilyn sob os olhares dos demais, única por sua composição, sua ironia e sua ternura. Talvez a atriz não estivesse totalmente alheia à magia do momento. Durante o jantar da equipe, o fotógrafo coloca sua Leica sobre uma cadeira vazia à sua direita. A atriz chega atrasada. Um olhar à máquina, outro a Cartier-Bresson, o tempo de associar um ao outro e ele já tira proveito da ocasião:
- Você gostaria de conceder-lhe sua bênção?
Ela faz que senta sobre a Leica, roça-a de leve com as nádegas, esboça um sorriso malicioso e pronto…
As fotos de Cartier-Bresson e sua Leica “abençoada” fazem parte da exposição “Quero ser Marilyn Monroe” que entra em cartaz na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, a partir de 04 março. Serão 125 obras de 50 artistas distribuídas nos 500 m² da mostra. Uma oportunidade imperdível para ver de perto, além das fotografias de Cartier-Bresson, o trabalho de artistas como Andy Warhol, Douglas Kirkland, Cecil Beaton, Milton H. Greene, Richard Lindner, Kim Dong-Yoo, entre outros. 

O último gol de Garrincha pelo Botafogo mostrado pelo histórico "Canal 1...

Uma bela imagem

http://www.personal.psu.edu/wbs14/blogs/equine_breeds/Black%20and%20White%20Percheron%20Picture.jpg