quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Cuidado! Vem aí 2018



Políticos já tentam enganar o povo do Rio Grande do Norte

Maquiavel ensinava que o mal se faz de uma só vez; o bem deve ser praticado a conta-gotas. O problema é que no Rio Grande do Norte o mal não é feito de uma vez: é feito diariamente.
Temos carradas e carradas de coisas ruins praticadas todos os dias; dois exemplos claros: a insegurança nas ruas e o terror no atendimento hospitalar.

A polícia, civil ou militar, não tem condições de atuar de forma devida; o hospital Walfredo Gurgel, exemplo maior de atendimento de urgência, é uma casa de horrores merecendo sem dúvida denúncia junto a alguma entidade internacional de defesa de direitos humanos.



Os médicos lutam não só contra os problemas de cada paciente como enfrentam falta de equipamentos, remédios, leitos, gaze.. 


Gastamos cerca de doze milhões mensalmente paga pagar a Arena das Dunas e deixamos feridos e doentes à míngua.

Vem aí a campanha eleitoral: quero saber o que os políticos dirão ao povo. Tenho visto uns programinhas na TV, com apelos eleitoreiros. Chamadinhas curtas, é verdade. 


Ali, uns tipos que se apresentam como “progressistas” têm a audácia de tentar enganar algum tolo, garantindo que estão fazendo muito pelo Rio Grande do Norte.

Vi que as tais chamadinhas são propaganda fuleira, feita por algum marqueteiro de segunda, mas não deixam de ser propaganda, na verdade audácia, mais que isso agressão à inteligência e ao sofrimento das pessoas.

Quero ver como será a campanha do próximo ano, já disse aqui antes. Então, candidatos a presidente, governador irão se apresentar salvacionistas e convocatórios, garantindo que são a solução. Evoé, povo! Evoé, bacanal política!

Virá também a enxurrada dos que disputam o senado, a câmara federal e assembleias legislativas. Ambientes de dinheiro e poder. Mandar é um luxo, sabia? E os caras gostam. Já se disse até mesmo que o Poder é afrodisíaco.

Pelo que tenho visto o desencanto é geral. Cuidado com quem você vai votar. Porque depois, quando a chibata bater a culpa vai ser sua.




terça-feira, 31 de outubro de 2017

Vamos cevar os ladrões



Os políticos e a garrafa de rum

Quando criança li um livro de piratas. Lembro de uma cena em que o autor, cujo nome não recordo, mencionava versos de uma suposta canção dos bandidos comemorando um butim. 

Dizia: “Quinze homens sobre o baú do morto, oh-ró-ró!/ E uma garrafa de rum, 0h-ró-ró!/O diabo e a comida cuidavam do resto, 0h-ró-ró!/E uma garrafa de rum, 0h-ró-ró!”

Veio-me hoje à memória essa imagem, para mim metáfora perfeita da situação vivida hoje pelo país: políticos inconfiáveis, tipos suspeitos, indivíduos envoltos em inquéritos, aproveitadores e desatinados, há de tudo sobre o baú do morto. E, claro, muitas garrafas de rum. 
No entanto, não podemos parar e haverá o momento em que deveremos escolher. 

Como cidadão e jornalista optei por assumir a, por enquanto, a perplexidade como forma de observação, ter visão crítica até tomar decisão a respeito de alguém que seja merecedor de voto; sabedor, como disse no texto de ontem, que em política não há santos. 
É preciso ter consciência de que hoje o país está nas mãos, melhor dizendo nas garras de sujeitos lamentáveis, perigosos, avessos aos mais mínimos princípios de ética ou respeito.

Há perigo na esquina da História. E há quinze homens sobre o baú do morto. 



segunda-feira, 30 de outubro de 2017

O jogo sujo do Poder



De santos, insensatos, política e o pão que o diabo amassou
O desenrolar dos fatos político-criminais que vêm resultando no desmascaramento de muitos que deveriam representar anseios sociais, reivindicações históricas de progresso e justiça, honradez e valores civilizatórios têm me levado a uma indagação: o que os candidatos terão a dizer ao povo quando se apresentarem pedindo votos?


Que promessas, compromissos, chamados e apelos serão apresentados pela assim chamada classe política – que é hoje apenas um ente sócio-histórico desmoralizado, cambaleante, alvo de suspeições e, para muitos, indigno de confiança?

Imagino as lucubrações que os marqueteiros terão que fazer, os jogos de cintura, danças conceituais e textos sedutores visando a construção ou reconstrução da imagem pública de alguém que em sua trajetória desconstruiu-se, esboroou-se, perdeu-se, arranhou-se e, moralmente, faliu.
Muitos e velhos profissionais da política, veteranos desse grande carteado estarão às voltas com antigo problema: como apresentar-se portadores do discurso da ética sabendo que suas biografias estão escalavradas de atos de delito – e que todos sabem disso. Todos sabem muito bem.

O próximo ano será marcado por acirramento de posições e discursos salvacionistas vindos de todos os lados. Haverá gritos dizendo que o Norte está no Sul, e palavras de ordem garantindo que empobrecer não é tão ruim assim, entende?

Meu único consolo é o seguinte: não há santos na política, e sei disso. Mas também entendo que, com certeza, pior que não ser santo é pedir a você para que coma o pão que o diabo amassou.

E há uma diferença entre quem não é santo e quem claramente representa forças de ideário trevoso, promessas de que um abismo é emocionante salto de body jump.

Somos um país que navega como nave louca e temos muitos insensatos. Será preciso escolher onde aportar.