sábado, 15 de outubro de 2011

Carlos Imperial, Erasmo Carlos, Roberto Carlos e Cauby Peixoto em Minha ...

A manchete perdida

A Tribuna do Norte e o Novo Jornal minimizaram em suas primeiras páginas a notícia a respeito da condenação do ex-governador Fernando Freire a 84 anos de reclusão. Nas páginas internas, porém, o assunto mereceu o destaque que os mais comezinhos princípios do jornalismo recomendam. O único jornal a dar manchete de primeira página foi o Diário de Natal. O Jornal de Hoje não fez qualquer referência em sua primeira página.

O princípio básico do jornalismo, a imparcialidade, não foi levado em conta. Luiz Maria Alves, o líder dos Associados no Rio Grande do Norte em muitas décadas, ensinava: "Jornal não é guardião de honra de ninguém", cabendo a cada um pensar antes de praticar atos tidos como lesivos à sociedade, quaisquer que sejam esses atos. 

O ex-governador deve ter direito a ampla defesa, mas isso não obriga o jornalismo a deferências. Nos dois jornais, a informação foi colocada na parte inferior da primeira página. Dobrado na banca, isso, na prática, denega ao leitor conhecimento do fato ou pelo menos o dificulta.

Sei que em casos assim é comum que familiares ou amigos, até mesmo a pessoa envolvida em acontecimento negativo, entrem em contato com os jornais buscando alguma forma de sobrestar ou pelo menos reduzir a força do noticiário; é próprio da condição humana. Não digo que isso aconteceu, não tenho fontes que me afirmem isso. Mas, se não foi isso, foi pior: os jornais sucumbiram por iniciativa própria. 

Informar não significa acusar. Para isso existe o texto objetivo: relatar o fato deixando ao leitor a conclusão, o juízo moral. É o princípio da imparcialidade. É direito do leitor comprar produto feito com as características, a tipicidade dos jornais, o assunto mais importante ocupando a manchete da primeira página.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Dura lex, sed lex: a condenação de Fernando Freire
http://www.google.com.br/imgres?q=fernando+freire&hl

A condenação do ex-governador Fernando Freire a 84 anos de reclusão e 840 dias-multa, com direito a recorrer em liberdade, sinaliza uma evolução nos moldes de como se encaram atos de corrupção. Ao que li, as acusações parecem irretorquíveis. Freire, um empresário poderoso, ingressa na limitada lista de autoridades punidas por atos contra o erário.

A informação teve grande impacto uma vez que são incomuns tais condenações: a cultura da impunidade é a matriz profunda a orientar o comportamento dos que enveredam por esse caminho. São pessoas da "alta sociedade", benquistas, "frequentadoras dos ambientes mais altos". O perfil, desta maneira, como que os isenta de suspeição e, nos casos mais graves até os isenta de culpa, como ocorre constantemente. Basta rever os noticiáriois de Brasília.

Os crimes ligados à corrupção, na cultura do "jeitinho", são crimes aceitáveis: não envolvem sangue, são distantes da violência que tipifica o criminoso alardeado pelos noticiários policiais - o assaltante, o matador, o agressor físico. Desta forma, não sendo crime de sangue o ato corrupto adere como prótese ao status de quem o pratica e, por isso mesmo, em meio às manobras de bons advogados, termina esquecido em algum escaninho da história, empoeirado, prescrito ou algo assim.

O ex-governador deve ter direito, todo o direito, à defesa e ao contraditório. Se conseguir comprovar que as acusações são descabidas, liberdade. Caso contrário, que venha a condenação final e efetivo cumprimento da pena.

Delator da ditadura será primeiro entrevistado de novo "Roda Viva"



DE SÃO PAULO

Após exibir uma série de entrevistas históricas em comemoração aos seus 25 anos, o "Roda Viva" volta a ter novos entrevistados. O primeiro da nova leva será José Anselmo dos Santos, o cabo Anselmo, ex-militar que denunciou perseguidos políticos para a ditadura militar brasileira nos anos 1970.

A entrevista marca a nova fase do jornalístico, que agora será comandado por Mario Sergio Conti, diretor de redação da revista "piauí" e ex-diretor de redação de "Veja" e do "Jornal do Brasil", além de ex-repórter especial da Folha. Ele chega à bancada após a saída de Marília Gabriela, que se tornou apresentadora exclusiva do SBT.


Com Conti, o "Roda Viva" volta a ser exibido ao vivo e a contar com um time de seis entrevistadores convidados diferentes a cada programa.
O programa vai ao ar às 22h da próxima segunda (17) na TV Cultura. (Folha de S. Paulo)









quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O candidato e as verdades provisórias

Ontem encontrei-me com um sujeito que quer se candidatar a não sei o quê, em algum futuro. Disse que vai centrar o discurso em "verdades provisórias", que serão alteradas de acordo com a campanha. As verdades irão sendo mudadas ao sabor dos acontecimentos. Isso será dará com o uso de outdoors, vídeos e impressos substituídos ao longo do tempo. 
http://www.google.com.br/imgres?q=verdade&hl=pt-BR&safe=off&client

Quando lhe disse que tais verdades já são usadas costumeiramente pelos políticos rebateu, assegurando que essas verdades dos políticos são verdades provisórias que se eternizaram de tanto ser repetidas. As suas serão verdades provisórias legítimas, criadas há muito pouco tempo; serão irrepetíveis e inigualáveis.

Como ainda estão em fase de preparação não posso divulgá-las pelo simples fato de que ainda não existem. Chegará o tempo da campanha e ele continuará elaborando as verdades provisórias. Será eleito com o discurso de que dirá somente a verdade e isso não será mentira; apenas ele ainda não começou a falar as tais verdades. Afinal, será eleito sem ter dito uma só mentira e nada deverá ao povo  - que foi mais uma vez enganado e fim.

Ensaio Turnê "Chico" 12/10/2011

Recebo e divulgo:



Médicos Federais realizam

ato público próxima terça (18)



Os médicos que possuem vínculo Federal no Rio Grande do Norte tem se movimentado e alavancando um movimento nacional contra o Projeto de Lei 2203, que prevê a redução de 50 % do salário desses profissionais.
Em reunião na última terça (10), os médicos traçaram uma série de ações para mobilizar outros profissionais, a população e chamar atenção para os governantes.
Entre as primeiras ações estão atos públicos, paralisações e reuniões com parlamentares para discussão do projeto. Confira abaixo a programação completa:
·          18.10 | Ato público em frente ao Hospital Universitário Onofre Lopes | 8h
·          21.10 |Café da manhã com parlamentares |(a ser confirmado)
·          25.10 |Paralisação Nacional do SUS
O ato público dos médicos federais, que acontece na próxima terça-feira (18), além de protestar contra o PL será uma comemoração alusiva ao Dia do Médico.  A manifestação tem início às 8h em frente ao HUOL e depois segue para a Maternidade Januário Cicco onde encerra com um café da manhã para os participantes.
Na ocasião os sindicatos que estão  à frente da luta, Sinmed RN e  Sindicato Estadual dos Trabalhadores em Ensino Superior , distribuirão camisetas do movimento. Quanto ao encontro com os parlamentares da bancada federal, os sindicatos aguardam confirmação dos deputados e senadores.

 

Saiba mais sobre o PL 2203/2011

O Ministério do Planejamento apresentou no dia 30 de agosto de 2011, o projeto de lei nº 2203/11 que dispões sobre  a Reestrutuação de Cargos, Planos de Cargos e Carreiras e suas estruturas remuneratórias, no âmbito da administração pública federal.  O PL contém propostas para uma série de categorias e afeta diretamente o setor da saúde pública.
O Projeto, além de reduzir os salários dos médicos federais pela metade, também reduz os valores pagos pelos adicionais de Periculosidade e Insalubridade. Hoje esses adicionais correspondem a 5% ou 10% do salário base, em média. Com a aprovação do PL o valor dos adicionais será fixo e o valor máximo pago será de R$ 260,00.

Circulação cai, mas jornais ainda alcançam mais leitores que internet

Segundo pesquisa da Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias, a circulação aumentou na Ásia e declinou em mercados maduros do Ocidente


Economia & Negócios
SÃO PAULO - A circulação de jornais caiu na imprensa mundial no ano passado, mas foi mais do que compensado por um aumento na audiência digital, diz uma pesquisa da Associação Mundial de Jornais e Editores de Notícias (WAN-IFRA, na sigla em inglês). O estudo anual traz as tendências da imprensa mundial. 

"A circulação é como o sol. Continua a subir no Oriente e declínio no Ocidente", compara o diretor executivo da WAN-IFRA, Christoph Riess. O executivo apresentou a pesquisa anual no Congresso Mundial de Jornais e no Fórum Mundial de Editores, em Viena, Áustria.
A pesquisa mostra:
- Os padrões de consumo de mídia variam amplamente no mundo. A circulação de impressos é cada vez maior na Ásia, mas há declínio em mercados maduros no Ocidente.
- O número de títulos a nível mundial está se consolidando.
- A principal queda está em diários gratuitos. 

- Para os anunciantes, os jornais estão mais eficientes e eficazes do que outras mídias em termos de tempo de anúncio.
- Jornais atingem mais pessoas do que a internet. Em um dia típico, jornais alcançam as pessoas de 20% mais em todo o mundo do que a internet.

- Receitas da publicidade digital não estão compensando a receita de anúncios perdidas na mídia impressa.
- As mídias sociais estão mudando o conceito e processo de coleta e disseminação de conteúdo. Mas o modelo de receita para as empresas de notícias, no segmento de mídias sociais, continua não sendo encontrado.

- O negócio de publicação de notícias exige constante atualização, de monitoramento, síntese e reedição da informação.
- O novo negócio digital não é o tradicional negócio do jornal. (Estado de S. Paulo).


Do Diário do Nordeste

Receita apreende lixo hospitalar dos EUA

Recife. Um contêiner vindo dos Estados Unidos e contendo lixo hospitalar foi apreendido ontem pela Alfândega da Receita Federal, no Porto de Suape, em Ipojuca, no Grande Recife. Lençóis sujos, seringas, luvas usadas, entre outros objetos, estavam no contêiner.

Na documentação de importação, constava que a carga era formada por tecidos com defeito, que seriam enviados à cidade de Santa Cruz do Capibaribe, uma das integrantes do polo têxtil do Agreste pernambucano. A carga foi inspecionada pelos auditores-fiscais da Receita Federal que, com o achado, acionaram a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para fazer a análise do material.

Na próxima quinta, a Anvisa deve divulgar um laudo oficial sobre o caso, o que vai permitir à Receita Federal tomar as medidas necessárias em relação aos envolvidos com essa importação fraudulenta. Os nomes das pessoas e empresas envolvidas não foram divulgados, por causa do sigilo fiscal.

Não é a primeira vez que são descobertas nos portos brasileiros cargas com lixo de outros países. Em 2009, quase 300 toneladas de lixo tóxico vindas da Inglaterra foram parar ilegalmente no Porto de Santos.
Alcoolismo, Justa Causa e o Capital

--- Walter Medeiros

Os direitos sociais sempre nascem e se consolidam depois de penosos processos de experiência e amadurecimento, que findam custando muito mais aos trabalhadores, sejam quais forem as diretrizes governamentais. É o que se pode dizer de recente decisão que deixou de retirar da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT item ultrapassado e injusto que prevê a demissão por justa causa para o trabalhador alcoólatra.

Trata-se de um momento que sintetiza vivências de décadas de discussões esporádicas, esparsas e desorganizadas, tanto na sociedade como no Poder Judiciário, no Governo e no Parlamento, terminando numa decisão simplista do mundo capitalista: a lei não passa, porque prejudicaria as empresas.
Nada do que pode ser considerado realmente relevante no caso foi levado em conta: a função social da empresa; os avanços nas ciências da saúde, que já tem bem mais certezas sobre a doença alcoolismo; e a cegueira gritante e lamentável do empresariado, que não consegue nem mesmo enxergar que a despedida por justa causa de alcoólatras sempre será prejudicial às empresas, ao contrário do que concluíram os deputados que trataram da questão de forma bem apressada.

Vejamos a Ementa do Projeto-de-Lei:
“Altera o art. 482 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e o art. 132 da Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, para disciplinar a demissão do alcoolista e estabelecer-lhe garantia provisória de emprego.”
E a Explicação da Ementa:
“A rescisão do contrato de trabalho do empregado ou demissão do servidor, somente será permitida caso haja recusa a se submeter a tratamento.”
O resultado:
Rejeitada.

É importante observar alguns aspectos dessa questão.
O alcoolismo como doença foi objeto de muitas discussões, demissões, alegações e decisões durante os últimos vinte anos, pelo menos, num mar de opiniões que surgiam de acordo com as descobertas e anúncios de novas pesquisas, interpretações e conclusões científicas. Paralelamente, os trabalhadores eram vítimas ou beneficiários da questão conforme a crise econômica ou o humor dos administradores, que decidiam demitir e o Judiciário mandava readmitir; implantavam programas de assistência, aí o Judiciário mudava de rumo e admitia a demissão.

A proposta de alteração na lei foi elaborada de forma inteligente, pois não passava a mão na cabeça de qualquer bebedor contumaz. Estava bem claro que para evitar a demissão por justa causa o empregado precisava admitir seu problema com o álcool e partir para um tratamento. Era o preço da preservação do emprego, e aí as empresas beneficiar-se-iam principalmente com a recuperação de empregados preparados e nos quais haviam investido em experiência, formação e treinamento.

Lamentavelmente a relatora na comissão que apreciou a matéria de forma terminativa, deputada Andreia Zito (PSDB-RJ), ao recomendar a rejeição por considerar que a medida prejudicaria as empresas, negou uma função social importante que a empresa tem, tomando partido tão somente do capital explorador da mão de obra. Não tem sentido, nos dias atuais, a alegação mesquinha de que as responsabilidades seriam só dos próprios empregados, das famílias e, em última instância, do Estado, não devendo, segundo ela, recair sobre os empreendimentos privados. 

Esta questão, com certeza, não deixará se ser motivo de discussão e de novos projetos, pois existem parlamentares mais sintonizados com a realidade em que vivemos. Tanto é assim, que a mesma proposta foi aprovada pelo Senado Federal e esperava-se que o mesmo ocorresse na Câmara dos Deputados. Da mesma forma, resta, nesse triste hiato de desproteção dos trabalhadores vitimados pelo alcoolismo, a sabedoria e o poder de fazer justiça que se encontra no Judiciário, capaz de interpretar o Direito além do simples interesse daqueles que só conseguem enxergar em cada empreendimento o fluxo do caixa.

*Jornalista e Bacharel em Direito

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

 Produção animal com respeito ambiental

Foi realizada ontem a palestra SOCIL - Produção Animal com  Respeito Ambiental, durante a VII Expovale em Sousa-PB. A palestra esteve a cargo do zootecnista Edgar Manso, que informa: "Abordamos as tecnologias contidas nos produtos Socil que ajudam a minimizar o impacto ambiental das criações e das atividades agropecuárias."

Edgar Manso na palestra de zootecnia na Paraíba
Além disso, "falamos de qualidade de matéria prima, extrusão, minerais quelatados, ionóforos, probióticos, prebióticos, embalagens com papel reciclado, produtos com MPs 100% vegetais, etc... Apesar de ser um tema relativamente novo, a aceitação e participação dos presentes foi muito satisfatória."