sábado, 29 de janeiro de 2011

Povo na rua contra ditador Mubarak no Egito. Imagens impressionantes . Egypt - Cairo - Egypt's Days of Protest 26 01 2011

Imagens da revolta no Egito. Webster Tarpley: CIA fuels 'mob rule' in Arab world to change power

O 3x4 dos elementos mais procurados

 Deu na Folha:

Criador do 'Canna Cola' quer a bebida em 15 Estados dos EUA

BRUNO TORANZO
DE SÃO PAULO
O criador do refrigerante de maconha "Canna Cola", Clay Butler, pretende que o produto esteja em 15 Estados americanos, como Colorado, Califórnia e Arizona, até o fim do ano. São locais em que o uso medicinal da maconha é permitido.
A bebida de Butler terá uma incidência de THC (tetrahidrocanabinol) entre 35 e 65 miligramas. O tetrahidrocanabinol é o principal ingrediente psicoativo do cannabis, o gênero botânico utilizado para produzir haxixe e maconha.
Butler, 44, vive na cidade de Santa Cruz, lugar ideal para quem gosta de praia, que fica no Estado da Califórnia. Todos os dias pela manhã, o americano aproveita a beleza da paisagem para praticar seu esporte predileto, o surfe. Quando procurado pela Folha ontem, respondeu, por e-mail, que não poderia conversar naquele momento por estar a caminho do mar.
Nesta sexta-feira, a Folha conseguiu conversar com Butler. Para isso, entrou em contato mais tarde do que no dia anterior. Depois de vencer as ondas, o californiano concedeu, por telefone, uma entrevista. "Venderemos o refrigerante em todo o país, mesmo naqueles Estados que não permitem o uso da maconha para fins medicinais", explicou.
Nesses Estados, a pequena empresa que comanda já criou uma maneira de atrair o público, sem cometer qualquer ilegalidade. Em vez de maconha, vão utilizar "outras ervas relaxantes", expressão utilizada por ele, com destaque para a camomila. "A embalagem será a mesma. O produto terá o mesmo padrão. Mas sem contar com as propriedades da maconha", revelou.
Alimentos e bebidas que contenham o THC em sua fórmula não são exatamente uma novidade nos Estados Unidos. O inédito está na elaboração de um produto que circule nacionalmente, independentemente das diferentes legislações que vigoram nos Estados, principal objetivo, aliás, do surfista.

Divulgação/Drinkcannacola.com
O empresário Clay Butler pretende que seu refrigerante chegue a todos os lugares dos Estados Unidos
O empresário Clay Butler pretende que seu refrigerante chegue a todos os lugares dos Estados Unidos
Nos Estados Unidos, os consumidores, mediante apresentação de receita médica, conseguem comprar uma lista extensa de alimentos que usam propriedades da maconha em lojas especializadas. Até mesmo cookies e barras de cereais são comercializados.
"É fácil conseguir uma receita médica", revelou Butler. Segundo ele, alguns médicos da Califórnia são especializados em conceder esses atestados, chamados de "doutores da maconha medicinal", e oferecem seus serviços, por meio de anúncios publicitários, em revistas menores. Existem diversos sites que explicam, de forma detalhada, como conseguir seus serviços em cada um dos Estados onde a prática é autorizada.
Há também a opção de o interessado adquirir um cartão de maconha medicinal, o que permite, inclusive, cultivar determinado número de pés de maconha no quintal da sua própria casa.
Se o paciente apresentar insônia, falta de apetite, nervosismo e cansaço muscular, a autorização do médico, de acordo com Butler, é quase certa. Como se sabe, a maconha tem poder terapêutico, o que representa uma forma de tratar esses problemas.
"Na Califórnia, você pode comprar produtos feitos de maconha aos 16 anos se seus pais e o médico aprovarem", destacou Butler.
LEI DO BROWNIE
O que está dificultando a vida do empresário é um projeto de lei, apelidado de "Brownie Law" (Lei do Brownie), de autoria da senadora democrata Dianne Feinstein, política conhecida por ser radicalmente contrária ao uso da maconha. O projeto de lei foi aprovado pelo Senado no ano passado e seguiu para análise dos políticos da Câmara dos Representantes.
A proposta proíbe que qualquer pessoa misture maconha com doce, faça com que a embalagem desse produto pareça com a de um doce convencional ou modifique as características da maconha com o objetivo de distribuí-la para pessoas com menos de 18 anos. São três, portanto, as restrições, todas elas independentes umas das outras.
O primeiro ponto da proposta está incomodando Butler, o de não permitir a mistura da maconha com doce, proibição que inviabilizaria seu negócio.
"O projeto não especifica quais alimentos se enquadram em doce", criticou. "Na verdade, os senadores querem o fim da venda dos produtos que contenham maconha. A lei federal já proíbe qualquer atividade com maconha. O objetivo deles é coibir nossa atividade", finalizou.

O aniversário de uma flor


Hoje é o aniversário de minha filha Hirma. Corajosa em sua delicadeza de manhã mais bela, tem feito a minha alegria e iluminado meus momentos. A você, Minha Filha, um abraço feito de todas as belezas do mundo.

Um beijo do
Papai

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Incrível montagem de dueto entre Elvis Presley e Martina McBride - Blue Christmas. Quando ele morreu, Martina era uma menina

Faces Faces Faces Faces Faces Faces Faces Faces Faces

Mata-Hari 
http://imagensdomeumundo.blogspot.com/2007/10/quem-foi-mata-hari.html
Indícios de modernidade e elegância em um lindo shopping center: vamo comprá, vamo?
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Exemplo de mau gosto de quem não vai ao shopping

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Aqui, exemplo de bom gosto e finesse de quem compra no shopping
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Vamo comprá, porra! Vamo comprá!

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Chico Xavier

A importância de cheirar crack: desenvolve a criatividade

A notícia abaixo, da Folha, dá-me uma sensação de náusea. A náusea de uma sociedade de consumo em sua mais degradante acepção: a criação de necessidades artificiais, o modo como se brinca com a criatura humana, a criação de novidades vendidas como essenciais para que se tenha uma boa vida moderna. Aí, pergunto: por que inalar sobremesas? Me responda: por quê? 

Por que ter um celular cheio de mequetrefes para você "falar com milhões de pessoas"? Você conhece, é amigo de milhões de pessoas? E se alguém é amigo de milhões de pessoas é amigo de alguém? 

Você deve falar inglês para crescimento pessoal, refinar sua sensibilidadede, ler bons autores no original ou apenas para ter "empregabilidade"? Você quer, quer mesmo, ser um bom profissional ou se contenta em ser apenas uma peça novinha, bem falante - e descartável - de um sistema social corrupto, brutal e muito doente?

Do modo como as coisas vão, se um dia o crack for descriminalizado -se for do interesse do capital, esteja certo, o crack será liberado - você receberá a recomendação de que crack é importante e muito bom para a criatividade; os neurônios ficam a mil, tá ligado? E aí virá o comercial na TV, magnificamente criado: "Cheire crack, depois cheire e sobremesa e seja feliz. Bem feliz."

Laboratório cria aparelho que permite inalar sobremesas

DA BBC BRASIL
Um laboratório francês de pesquisas na área gastronômica desenvolveu um aparelho que permite inalar sobremesas.
A máquina transforma os doces, inicialmente líquidos, em vapores que podem ser aspirados com um canudo de vidro, evitando a ingestão de calorias.
O aparelho, chamado Le Whaf, é um recipiente redondo de vidro com uma torneira, como um filtro de água.
Bruno Cogez/Divulgação
Máquina francesa transforma doces, inicialmente líquidos, em vapores que podem ser aspirados com um canudo de vidro
Máquina francesa transforma doces, inicialmente líquidos, em vapores que podem ser aspirados com um canudo de vidro

O líquido é colocado no Whaf e uma "nuvem" se forma no recipiente. A tecnologia integra o uso de ondas de ultrassom por cristais que se polarizam eletricamente ou se deformam em um campo elétrico. 

Minúsculas partículas são formadas e ficam suspensas no Whaf, formando vapores que podem ser inalados. 

A máquina havia sido criada no final de 2009, para três tipos de coquetéis, mas o projeto evoluiu e passou a incluir as sobremesas.
O Whaf foi criado pelo professor de Harvard David Edwards, fundador do Le Laboratoire, em Paris, que realiza projetos que misturam ciência, gastronomia e arte.

3X4 dos elementos mais procurados

Como na música "eu não tenh'onde morar", João Gilberto vai ser despejado de apartamento. Deu na Folha:

Proprietária vai à Justiça para tirar João Gilberto de imóvel

MARCELO BORTOLOTI
DO RIO
O músico João Gilberto, que completa 80 anos em junho, está sendo despejado do apartamento onde mora no Leblon, zona sul do Rio. 

O pedido judicial foi feito pela dona do imóvel, a condessa Georgina de Faucigny Lucinge Brandolini d'Adda.
Segundo seu advogado, ela quer o apartamento de volta em razão do comportamento excêntrico do cantor, que não permite a entrada de ninguém no imóvel. 

A gota d'água foi o fato de ter colocado restrições ao acesso de pedreiros que iriam consertar uma janela.
"A proprietária é uma pessoa de posses, e não depende deste aluguel para sobreviver. Ela achou um desaforo o inquilino se apropriar desta forma do apartamento, onde passou parte da sua vida", afirma o advogado Paulo Roberto Pereira Mendes. 

Georgina de Faucigny mora na Itália e é casada com Ruy Brandolini d'Adda, que tem título de conde e é um dos acionistas da Fiat.

Rafael Andrade-24.ago.2008/Folhapress
O cantor João Gilberto, que aluga imóvel, pode ser despejado pela proprietária por comportamento "excêntrico"
O cantor João Gilberto, que aluga imóvel, pode ser despejado pela proprietária por comportamento "excêntrico"

O músico baiano aluga o local há 15 anos, e a vigência do último contrato venceu em julho do ano passado.
A ordem de despejo é fundada em denúncia vazia, instrumento que permite ao proprietário pedir o imóvel de volta sem alegar motivo. 

A partir do momento em que receber a notificação, o músico tem 15 dias para dizer se vai acatá-la ou refutá-la.
João Gilberto é conhecido por viver recluso e deixar pouco o apartamento. Ele costuma pedir suas refeições por telefone e recebe poucas visitas. Quando sai de casa, sempre de taxi, pede que o carro entre na garagem. 

O cantor, que não tem assessoria de imprensa e rompeu com seu empresário, não atendeu as ligações da Folha. Sua filha, Bebel, não quis comentar o assunto. 

Segundo o advogado da proprietária, as negociações para que João Gilberto entregasse o imóvel começaram há seis meses. Em princípio ele havia aceitado deixá-lo, mas, em dezembro, avisou que não sairia mais. "Esperamos que tudo acabe rápido e ele se aloje em outro local. Mas pelo jeito isto vai virar uma novela", diz Mendes.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011


Al Caparra, o gangster chic
Mandela, o leão e a lenda

A internação de Nelson Mandela em hospital de Johanesburgo causou apreensão em toda a África do Sul. Pessoas se aglomeram em frente ao hospital onde está internado, jornalistas especulam, suspeita-se que médicos e familiares não digam a verdade a respeito da gravidade do seu estado de saúde. As pessoas temem perder seu mitificado herói.

Apartheid: brutalidade sem limite
Não é sem motivo. Líder de todo um povo, mártir que sobreviveu ao martírio da prisão brutal do apartheid, ressurgiu do cárcere para levar seu povo a um novo passo no território imponderável, vasto e desafiador da história. Sua figura icônica, como sempre acontece a quem é investido nesse papel, passou ao imaginário social como elevada ao taumaturgismo, quase uma espécie de sumo-sacerdote político, indestrutível e venerável.

Agora, aos 92 anos, o tempo, senhor eminente da vida que a ele se curva, cobra ao grande homem o pedágio da estrada já cumprida e o ameaça com a barca de Caronte. Assim, se espalha junto ao povo o fogo rasteiro do pavor e cresce nas gentes o temor: a iminência terrível de perder seu Grande Pai, protetor e inspirador.

Jornal noticia libertação de Mandela
Essa sensação de perda histórica se amplia pelas condições peculiaríssimas da África do Sul: além da pobreza brutal experimentada pelos negros, o regime do apartheid acentuava tal situação segregando seres humanos, definindo quem seria mais e quem seria menos humano.

A vitória sobre o apartheid teve não apenas significação enquanto tal: derrota da injustiça por um tempo maior de dignidade e esperança de futuro.
Mais que isso, fundou-se a esperança. E fundou-se a esperança a partir de e na figura de um homem, que cumpriu seu papel de dar aos sul-africanos os ditames e as rotas para o futuro. 

Manifestação contra o aparheid
Agora, quando o tempo cobra o pedágio e Caronte espreita, vêm o choro e o ranger de dentes. O líder pode partir, o povo lamenta e canta cantigas de tristeza, evocando deuses da mata e tem a sensação de que agora está desamparado.

Enganam-se todos: se vier a morte, Mandela ressuscitará muito mais forte. Passará a viver com lenda. E como lendas não morrem, continuará inspirando a força e a luta do povo, como o leão que tem a coragem de rugir perante todas as noites.

Reproduzo carta do zootecnista Edgar Manso de Menezes ao  jornalista Marcos Aurélio de Sá, do Jornal de Hoje, em que analisa questões conjunturais da economia do Rio Grande do Norte. Abaixo:

Caro Marcos Aurélio,

Mais uma vez venho parabenizá-lo pelo O Jornal de Hoje, principalmente no tocante ao nosso agronegócio potiguar, tão judiado nos últimos anos.

Hoje estava arrumando alguns papéis e vi artigos que já te mandei, e que para meu grande orgulho foram publicados em seu jornal, e por isso são guardados com carinho. Para minha tristeza e reflexão mais profunda, notei que um deles era do ano de 2002 e eu comentava sobre “Dificuldades na produção de leite do RN”. Após lê-lo, vi que poderia ser republicado em 2011 sem nenhuma alteração, a não ser o preço pago pelo leite, que era de R$ 0,36 na fazenda que eu gerenciava em no mesmo ano da publicação.

Há meses que acompanhamos em todos os veículos da mídia, a falta de respeito para com os que fazem a cadeia da produção de leite no RN, com quatro, cinco quinzenas para receber do governo do Estado, e nada! O atual governo, através do novo secretário de Agricultura Betinho Rosado até que tem se mostrado sensibilizado e entendedor do problema, mas a proposta inicial de parcelamento da dívida em 24 parcelas quinzenais não vai resolver o problema deixado pelos desgovernos anteriores. 

Muito se falou e perdeu-se muito tempo na pendenga entre os órgãos que seriam responsáveis pelo não-pagamento aos produtores. Ora era a SETHAS, ora era a EMATER, mas sempre os atrasos foram permanentes.
Discutir sobre a importância social e para a pecuária leiteira do RN desse Programa do Leite é mais do que batido, é de domínio público as benesses do referido Programa.
Mas, meu caro Marcos, o que mais me chamou atenção nas páginas do seu vespertino do dia 24/01/2011 foram outras notas e notícias que paralelamente se assemelham a essa triste e repetitiva agrura dos produtores de leite. São pequenos agricultores, carcinicultores e piscicultores sendo impedidos de desenvolver suas culturas, e, consequentemente o nosso RN. E quem impede?
Hoje a Ministra da Pesca e da Aqüicultura, a petista Ideli Salvatti, teve o privilégio de conhecer uma pequena parcela do potencial do RN no setor em que a pasta dela se propõe a coordenar. Correndo os olhos nas notícias começo a fazer um paralelo com os produtores de leite e temo o desenrolar da trama. Há quantos anos os carcinicultores do RN brigam por melhores condições de produzir? Quantas e quantas vezes vimos Itamar Rocha dando entrevistas e batalhando por essa classe? Não só ele, mas como líder de um grupo ele é o porta-voz do mesmo. Quantas vezes já vimos absurdos relacionando carcinicultura com desmatamento do mangue? É importante deixar claro a sociedade que a carcinicultura não prejudica o meio ambiente, quem prejudica é o projeto mal elaborado e sem respeito às leis ambientais, quem prejudica é o homem de mau caráter. Hoje, por exemplo, temos trabalhos científicos de repercussão mundial, que provam que as águas que entram em uma fazenda de criação de camarões em cativeiro em João Pessoa, vindas do rio Paraíba, saem da fazenda após o ciclo de produção, com melhor qualidade do que entram, e a área de mangue na propriedade é a mesma há 14 anos, sem nenhum desmatamento. A população de caranguejos lá até aumentou nos últimos seis anos.

Na criação de tilápias em tanques-redes é que vejo o maior desperdício atual, pois é uma excelente oportunidade de renda para pequenos e médios produtores e as liberações das águas públicas no RN se arrastam há anos e não avançam em nada. A criação de tilápias é extremamente rentável. É possível um retorno de todo o investimento inicial em apenas seis meses, em se tratando de pequenos produtores. É uma atividade que se bem manejada não polui os mananciais. 
 
No Nordeste, são no Rio São Francisco os melhores exemplos da pujança da piscicultura em tanques-redes, desde a barragem de sobradinho, passando por Petrolina, na represa Luiz Gonzaga em Petrolândia, Paulo Afonso e seguindo até Penedo, já perto do encontro do Velho Chico com o mar, na divisa dos estados de Alagoas e Sergipe. A diferença desses municípios é que os gestores já definiram há muitos anos as políticas de liberação das águas, com medidas de preservação e sustentabilidade do ecossistema.

Seria uma utopia pensar em tilápias na merenda escolar? Proteína de altíssima qualidade produzida com baixo custo. Um quilo de tilápia é comercializado por cerca de R$ 5,00 nas fazendas. Dia desses alguém me falou em Programa da Tilápia... Confesso que achei uma boa idéia, mas esse nome é que dá medo...

Li ainda que os agricultores do RN já reclamam do atraso na entrega das sementes por parte do governo.

O agropecuarista Marcelo Abdon foi certeiro quando questiona se a EMPARN não divulga mais a previsão do tempo. Eu completaria dizendo que até divulga, e tem acertado até agora nesse ano, mas os elos são quebrados: A previsão do tempo que deveria servir para programar a entrega das sementes não é levada em consideração. Se fosse não haveria atrasos em anos de bom inverno e indicações errôneas de culturas inadequadas para anos com perspectivas de seca. Talvez o Seguro Safra seja uma repescagem para quem errou quando não podia.

O governo atual fala em revitalizar a fruticultura e criar a Secretaria de Pesca e Agricultura. São projetos importantíssimos, sem dúvida, desde que existam realmente “projetos”. Aliás, as duas secretarias terão bastante trabalho esse ano, pois de acordo com a EMPARN, a região do Vale do Açu corre sério risco de sofrer inundações novamente, prejudicando justamente carcinicultores, piscicultores e fruticultores.
Será que em 2012 veremos notícias diferentes? 

Sementes na época certa, previsão do tempo servindo de parâmetro, projetos de carcinicultura e piscicultura bem elaborados e acompanhados por técnicos competentes, proteína de qualidade na merenda de nossas crianças, produtores das diversas culturas supracitadas com a digna e justa recompensa pela sua produção.
A seca não é fenômeno novo!
Sempre me questiono o seguinte: DNOCS quer dizer Departamento Nacional de Obras Contra a Seca. Se esse “C” fosse sigla se CONVIVÊNCIA, será que alguma coisa mudava?
Eu sempre vou preferir conviver a ir contra qualquer coisa.

Edgar Manso
Zootecnista

 Deu na Folha:

Anvisa detecta pelo de roedor e interdita chá da Dr. Oetker

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) interditou o lote do chá de erva doce da marca Dr. Oetker. A medida foi publicada no "Diário Oficial da União" na quarta-feira (26).
Segundo a Vigilância Sanitária, o lote L160T02 do produto --data de validade 01/12/2011-- apresentou resultado insatisfatório no ensaio de pesquisa para matérias macroscópicas e microscópicas que detectou a presença de pelo de roedor e fragmentos de inseto. 

A interdição cautelar vale pelo período de 90 dias após a data de publicação. Durante esse tempo, o produto interditado não deve ser consumido e nem comercializado. As pessoas que já adquiriram o produto do lote suspenso devem interromper o consumo.

Comecei a publicar ontem fotos do mestre João Maria Alves, a quem chamo Olho de Lince tal a competência em compor imagens . Abaixo, mais uma delas


A segunda foto de João Maria Alves é também do Castelo de Zé dos Montes, em Sítio Novo. Aqui, o olhar do mestre evolui para captar estranho, insólito mundo, representação borgiana do labirinto da vida. Há uma atmosfera de nonsense, emaranhada situação de não-ter-para-onde-ir. O caminhante solitário e seus passos rumo a alguma aurora, quem sabe no caminho de ir para onde nunca se chega ou de chegar aonde nunca se foi.

Vida de bacana: casa de banqueiro era requintado museu de arte

 Deu na Folha que a casa Edemar Cid Ferreira, ex-dono do Banco Santos, que deixou no mercado setorial rombo de R$ 2,5 bilhões, era uma espécie de museu. A palavra ganhou a conotação histórica de local onde são encontradas antiguidades, depósito de objetos velhos que atraem a curoriosidade ocasional do senso comum. 

Hall com obras de arte na casa do ex-banqueiro- Moacyr Lopes Junior/Folhapress

Nada disso. Museus são ambientes onde se guardam preciosidades artísticas e históricas, muitas de valor incalculável. E a casa, ela mesma obra de arte arquitetônica, localizada no elegante bairro do Morumbi, São Paulo, abrigava coleção de requintados objetos de arte. 

 Mas o que me chamou a atenção na matéria da Folha foi o seguinte: "A casa tem 4.100 metros quadrados, uma área que comportaria 82 apartamentos de 50 metros quadrados, como os que são feitos pelo programa Minha Casa, Minha Vida, por exemplo. Custou R$ 142, 7 milhões, segundo documentos de 2002, em valores não atualizados."

O milionário - não creio que esse hojem tenha deixado de ser um milionário, mesmo com a quebra do banco - é exemplo perfeito de pessoa de elite: um homem de gosto, refinado, era um mecenas. O problema é que construiu sua fortuna à custa do sofrimento de muitos brasileiros, disso não tenho dúvida. Atuava num segmento parasitário da economia e agora está sendo punido com despejo da casa onde morava. 

A casa, como se vê no texto da Folha, representa o esbulho social ao povo brasileiro. Um magnata dispondo de tanto luxo e tantos cômodos, enquanto outros não têm direito sequer a um pão. 

Ao final do processo esse homem continuará muito rico e aqueles a quem ele ajudou a empobrecer continuarão a ser pobres. Muitos, muito pobres. Muitos, miseráveis.

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

O escrínio de todos os mistérios


O olhar de João Maria Alves captou o Castelo de Zé dos Montes, em Sítio Novo, Rio Grande do Norte. 
O poder das lentes, a sensibilidade do mestre, em imagem impressionante. Em sua imponência surrealista o castelo parece ser uma casa de segredos, o escrínio de todos os mistérios.

Lixo Extraordinário (Waste Land)

Faces Faces Faces Faces Faces Faces Faces Faces Faces

Marie Currie
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://hotfamouscouples.com/wp-content/uploads/2009/05/mariecurie.

O burlesco em seu erotismo boçal e reles, ingênuo e grotescescamente delicado. --- Vintage Erotic Stripper Dixie Barton: "RED-HEADED RIOT" 1940's

Angeli, implacável

A cidade, cidadão, são as pessoas

Ontem houve um minúscula mobilização contra o aumento das passagens de ônibus. Isso se deve a uma coisa chamada indiferença: ausência de conscientização quanto à cidadania explorada. O indiferente coonesta sua própria exploração seja porque se acostumou com a canga que já não lhe pesa tanto, seja porque delega aos Poderes a resolução de seus problemas. E os Poderes, como se sabe, estão apodrecidos e letárgicos, seus inquilinos distantes e impregnados, embebidos, untados de preguiça física e moral para o exercício de ação em prol da cidade. Cidade, aqui, em seu sentido de polis, de comunhão de intenções e propósitos.

A cidade, meus amigos, são as pessoas, a relação invisível que as une, o Conselho, o coletivo. Quando não há essa união não há a cidade. Consequentemente, não há cidadania. E assim, que falem o silêncio e os que se arrogam, pela concessão que o silêncio lhes dá, de ser portadores da voz que se calou.

E como a voz se calou tudo já está dito, consagrado e sagrado à condição de coisa feita, acabada e perfeita. Vivemos o melhor dos mundos. Na Foto do Portal Nominuto, de autoria de César Augusto, alguns dos poucos manifestantes. 

Sim, pelo que vi passando nas imediações do Midway, havia, além dessa minúscula manifestação, a presença do Poder. O Poder compareceu, não se omitiu por completo. Havia policiais militares pesadamente armados e um enorme rotweiller...
Me dá um dinheiro aí...

Diz a Folha: Órgãos públicos e entidades submetidos a fiscalização do TCU (Tribunal de Contas da União) pagaram ao menos R$ 228 mil ao presidente do tribunal, ministro Benjamin Zymler, por palestras e cursos de um ou dois dias entre 2008 e 2010.
Após as palestras, Zymler seguiu como relator de seis procedimentos e participou de ao menos cinco julgamentos de processos de interesse dos contratantes. Em nenhuma das vezes entendeu que havia motivo para se declarar impedido.
As palestras, os custos e as agendas de Zymler não são divulgados pelo site do TCU.

Vivemos o que se poderia chamar de o epílogo da decência. A expressão não é minha. Foi título de artigo de jurista em jornal de Natal há tempos, quando do escândalo da deputada Ângela Guadagnin, que dançou no plenário quando um mensaleiro deixou de ser punido. Infelizmente, não recordo o nome do autor do artigo. Firme, forte incisivo.
Zymler em foto da Veja

Agora, temos a reprise desse épilogo: o presidente do Tribunal de Contas ganha dinheiro de órgãos que tem a incumbência de fiscalizar. É a cordial cultura do jeitinho, do aos-amigos-tudo, do deixemos-como-está. 

É triste e tem um sabor de derrota cotidiana da cidadania, naturalizando a corrupção, detratando os mais simples princípios do que seria honradez.

O que é pior, o mais triste, é que isso continuará apenas sendo notícia, repercutirá no âmbito da perplexidade e se perderá na rápida memória que costuma ancorar as notícias. O brasileiro já está acostumado, a máquina pública, em suas mais diversas manifestações, do inspetor de quarteirão ao mais alto funcionário público, está viciada a colonizada pelo privado e seus interesses mais obscuros e, porque não dizer, sórdidos. E a nave vai...

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Um romance de Dona Militana

http://www.google.com.br/images?hl=pt-br&client=firefox-a&hs=5it&rlz=1R1GZEV_pt-BR___BR406&q=dona%20militana%20romances&um=1&ie=UTF-8&source=og&sa=N&tab=wi&biw=1024&bih=581

Romance de Rios Preto

Dona Militana

Rios Preto era um negro
Vivia no escravidão
Recebeu a liberdade
Deu logo pra valentão
Vivia da cartuchera
E do granadero facão

Eles deram numa casa
Dum pobre pai de familha
Certo é que nós levamos
Ou a mulher ou a filha

Eles derom numa casa
Duma pobre mulhé só
O home andava osente
Pra cima pra tá e có

Ele mais dois camarada
Conduzira a casa em pó
A mulé lhe ofereceu
O cavalo do cercado

Nós não qué o seu cavalo
Nós tomo tudo amuntado
Nós querem é a senhora
E dexe de palaviado

Meu marido anda osente
Pra cima por ta em co
E argum dia é de chegá
A cabeça pode ir
Mas o corpo é que não vai lá

Quando os home saíro
Aí o home chego
Mulé munto envergonhosa
Non lhe quis contá históra

Ai vizinha de mais perto
Contaro na mesma hora

Ele tinha dois cunhado
Lhe querium muito bem
Perparara as cartuchera
Sem dizê nada a ninguém
Aonde você morrê
Certo morremos também

Eles encontrar um velho
Que do nego deu nutiça
Saíro se penerando
Cum urubu pra carniça

Eles encontrar um velho
Segurando em uma vela
Rios Preto ta na rede
Brincando com uma bele
Subrinha do Padre Armanço
Que robô ela donzela

Os Oto ta no escuro
Rios Preto ta no claro
Levar uso peito in frente
Todos três lhe atirarum
E Rios Preto sartô
Eles pidir uma luz
Pa Rios Preto caçá

Pu Barroca e pu Baboca
Por ond ele havia stá
Minha gente eu vos peço
Num me acabem de matá
Me levem pa Esprito Santo
Qui eu quero me confessá

Os homes grande de lá
Vinheram logo encontrá
D’ alegria que tiveram
Sortaro fogos no ar

Faces Faces Faces Faces Faces Faces Faces Faces

Joan Baez