sábado, 11 de outubro de 2014

Segundo turno: Aécio e a alucinação coletiva


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Aécio quer reduzir Dilma a pó ou não embarque no Titanic

O trabalho ideológico desenvolvido pelo PSDB visa cumprir com uma proposta político-viral-epidemiológica. Ou seja: é preciso contaminar o eleitor médio, convencê-lo de que o país vive um caos, levar adiante a sensação de que tudo está em vias de afundar. Aécio, por sua vez, seria o grande navio, a nau salvadora a nos tirar da jangada nacional prestes a se desmanchar num mar de ondas turbulentas.

A questão, ideológica em essência, cumpre exatamente com aquilo a que seus formuladores pretendem: aparentar verdade naquilo que é apenas aparência. Mais claramente: apresentar como novo, vigoroso, reluzente, alguém que é exatamente o oposto. É que os óculos especiais da ilusão ideológica são feitos para isso mesmo: iludir e manipular, convencer e seduzir. 

São como os óculos para filmes em 3D: servem unicamente para exacerbar uma sensação. No caso, de que estamos desencaminhados, sem rumo ou guardião. Diante disso surge o taumaturgo, o defensor heroico e bravo, seguindo-se a expectativa de alívio. Afinal, tudo bem: Aécio será o nosso Morfeu. Ele nos fará sonhar. 

A candidatura do tucano tem por objetivo promover uma espécie de alucinação e uma forma de delírio. Mas a realidade que se esconde por trás dela é a carranca feia, a repetição do filme da época de FHC: a prevalência do capital sobre o trabalho, o desmanche do Estado, arrocho salarial, a universidade sucateada, a quebra do monopólio da Petrobrás. Fiquemos por aqui. 

Aécio aspira a presidência para cumprir o que o tucanato não pôde fazer nos dois governos de FHC ajustar a maioria à minoria, disciplinar a história aos ditames de poucos, garantir-lhes o sustento de classe, o império dos seus sentidos e sentimentos. 

Assim, a campanha oposicionista caminha passo a passo e visa reduzir Dilma a pó. Para tanto é preciso que os comerciais do tucano se espalhem como o pir-lim-pim-pim da boneca Emília nas fabulosas histórias de Monteiro Lobato. E então que se leve a plebe ao estado alucinógeno do voto. A ideologia inconscientemente vivida em gesto político estupefaciente. 

Não há como prever com exatidão o resultado da luta eleitoral. Mas estou convicto de que, ao contrário do que muitos pensam, a candidatura de Aécio não é a solução para os problemas nacionais. E, mesmo que o país esteja numa jangada e ele pilotando um navio, saiba: esse navio é o Titanic. Resta saber: você sabe nadar?



segunda-feira, 6 de outubro de 2014



Wellington Medeiros em “Artigos para sempre”


Uma seleção de 60 entre os 307 artigos que o jornalista Wellington Medeiros publicou n’O Jornal de Hoje, entre março de 2004 e maio de 2010 compõe o livro “Artigos para sempre”, com 210 páginas, editado pela Terceirize sob a coordenação do jornalista Walter Medeiros e que será lançado no dia 10 de outubro, na livraria Saraiva, do Midway Mall em Natal.

Wellington Medeiros tem uma presença importante no Jornalismo, no Rádio e na TV potiguar. Sem citar seus feitos seria defectivo contar a história dos meios de comunicação do Rio Grande do Norte. Sua trajetória se dá num período onde as ocorrências e os fatos cheios de significados e poder de mudança fluem a cada momento.

Ele entra no radiojornalismo no momento exato de alcançar os últimos tempos da vida romântica das redações e passa a assistir e participar da incorporação da modernização técnica e tecnológica. Do rádio de radionovela à programação computadorizada; da TV preto e branco das retransmissoras aos links ao vivo; das impressoras planas às off-set ele transitou como um dos profissionais mais completos dos últimos cinquenta anos.

”Artigos para sempre” proporciona ao leitor uma fascinante viagem por estes meandros percorridos pelo autor, e representa um valioso registro histórico da vida norte-rio-grandense. Seu estilo único transporta a todos para dias, horas e lugares com grande riqueza de expressão, o que faz da obra um documento com qualidade garantida para todas as bibliotecas.

A leitura dessa obra acrescentará, com certeza, impressões de beleza, sentimento e vida de uma forma bem particular. Do pé de serra onde passou parte da sua infância aos ofícios nos moldes de antigamente e os corredores do poder, ele mostra o suficiente para se ter ideia de importantes passagens da vida desse grande comunicador.

É ler e comprovar.

Comunicação, sempre          

Wellington Medeiros é natalense e iniciou a carreira profissional no Jornal do Comércio de Natal em 1963. Em fevereiro de 1965 ingressou na Rádio Cabugi, onde exerceu por 15 anos - de 1966 a 1980 - o cargo de Diretor de Radiojornalismo.

É formado em Comunicação Social pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Turma Berilo Wanderley (diplomada em 15 de dezembro de 1979) e nesses 48 anos de jornalismo, ocupou os cargos de Assessor de Imprensa na Prefeitura de Natal, do Governo do Estado e durante 10 anos a Direção--geral da Imprensa Oficial do Estado que à época editava o jornal “A República”.

O seu histórico profissional inclui o Jornal do Comércio de Natal, 1963/1965; Rádio Cabugi, Agência Transpress, Tribuna do Norte, correspondente da Folha de São Paulo; Instrutor do Método TWI no SENAI/RN; Departamento de Jornalismo da TV Tropical, Rádio Tropical AM/CBN Natal; Técnico da Fundação Estadual de Planejamento Agrícola – CEPA/RN, Fundação IDEC/RN e Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente - IDEMA.

Entre outras atividades, foi ainda coordenador executor da campanha de marketing da primeira rede de supermercados de Natal (grupo Mini-Preço), palestrante em várias ocasiões, membro do Conselho Diretor da Fundação José Augusto e membro da comissão julgadora para a escolha do Operário Padrão - 1983 – promoção SESI/ O Globo.

Em meio a muitos títulos que recebeu, destacam-se Amigo do Teatro Infantil - Teatro de Amadores de Natal - TAN, Medalha do Mérito Presidente Café Filho – jornalista do ano – 1982, Medalha do Pacificador e Mérito Cultural do Rio Grande do Norte, concedido pelo Conselho Diretor da Fundação José Augusto.

Quem acompanhou a série de artigos publicados ininterruptamente às segundas-feiras, durante seis anos, sabe que terá em mãos um livro preservando importantes momentos observados pelo jornalista em quase meio século de atividade em rádio, jornal, televisão e assessorias.