sábado, 11 de março de 2017


http://www.cspb.org.br/fullnews.php?id=14388_escravid-o-atinge-29-8-milh-es-de-pessoas-no-mundo.html

Temer esconde a lista suja da escravidão

O Instituto Vladimir Herzog denunciou o apoio que o assim chamado presidente Temer vem dando a empresas que se utilizam da utilização de mão de obra sujeita a condições análogas à escravidão. A não divulgação dos criminosos implica, a meu ver, apoio a que tal situação tenha continuidade.
Segue a íntegra do texto do instituto. Logo abaixo comento.
“A divulgação da lista suja do trabalho escravo, que vinha sendo publicada anualmente há uma década pelo Ministério do Trabalho, foi suspensa por determinação do governo Temer, que entrou numa disputa judicial para evitar que o nome de empregadores que cometem essa violação aos direitos humanos venha à tona.
“Na tarde da última terça feira (7 de março), Ives Gandra Filho, presidente do Tribunal Superior do Trabalho, suspendeu a medida liminar da Justiça do Trabalho de Brasília que obrigava o Ministério do Trabalho e Emprego a publicar a lista suja de empresas que foram flagradas submetendo trabalhadores à condição análoga à de escravo. A ação de suspensão de liminar foi promovida pela União.
O caso trata do anúncio pelo governo de Michel Temer, em dezembro, de que não publicaria a lista e, ao invés disso, formaria um “grupo de trabalho” para discutir uma nova forma de publicá-la. A omissão motivou o Ministério Público do Trabalho (MPT) a ingressar com ação judicial para que o documento voltasse a ser divulgado.
“O caso chegou às mãos do juiz do Trabalho Rubens Curado Silveira, da 11ª Vara do Trabalho de Brasília, que obrigou em liminar o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, e a União a publicar a Lista Suja de empregadores flagrados impondo trabalho análogo à condição de escravo. Na decisão, o juiz afirmou que “o combate ao trabalho escravo é uma política de estado, perene, independente e sem nenhum viés ideológico, motivo pelo qual a publicação da lista precisa ser feita”.
Essa decisão é a que foi suspensa por Ives. Para ele, não cabe ao Poder Judiciário a ingerência na estratégia implementada para publicação ou não da lista suja. O ministro argumentou que “o nobre e justo fim de combate ao trabalho escravo não justifica atropelar o Estado Democrático de Direito, o devido processo legal, a presunção de inocência e o direito à ampla defesa, concedendo liminar ao se iniciar o processo, para se obter a divulgação da denominada ‘lista suja’ dos empregadores, sem que tenham podido se defender adequadamente”.
“A lista era publicada anualmente e é reconhecida, inclusive por organismos internacionais, como uma das medidas mais relevantes e eficazes no enfrentamento do tema. Agora, a publicação está suspensa por tempo indeterminado.”
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Temer e a procissão do inferno
Os atuais detentores do Poder perderam por completo o sentido mais mínimo e tosco do que seja humanidade.
Temo que, se pudessem, voltariam à época da Primeira Revolução Industrial; pior: retrocederiam aos tempos dos faraós a fim de erguer, ao peso de chibatas e fome, suas pirâmides, vale dizer seus túmulos.
Começo a suspeitar que Temer venha a implantar algo como um grande plano nacional de construção de pirâmides, doando, em algum Vale dos Reis, áreas onde seus iguais sejam enterrados, transformando-se efetivamente em horrendas múmias – já que em vida já o são, em atos e brutalidade.
A ocultação da lista suja revela de forma crua a essência moral – ou imoral – do que seja esse suposto governo. A defesa dos que literalmente escravizam é documento que atesta à história uma lamentável a podre face da realidade brasileira.
Revela nosso atraso, a crueldade de segmentos da elite; desnuda, acima de tudo, a hipocrisia de um sistema que, de tão depravado, sequer se peja de negar que algo de podre existe nessa dinamarca degenerada.
Admite que há algo de podre, mas que não se o deve conhecer. Temer tornou-se num caiador de sepulcros. Ele, mumificado, incentiva o estalar do açoite. Sem dúvida está à frente da procissão do inferno.


sexta-feira, 10 de março de 2017


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Temer, o presidente-placebo,
e o terrível Dr. Caligari

Na farmácia magistral da política, onde nem sempre as poções são remédios nem se busca a cura, temo que o chamado governo Temer seja apenas um placebo, adredemente preparado pelas manipulações do PSDB quando macerou o mandato de Dilma e deu ao PMDB um falso mandado que é sorvido, amargo, por um falso presidente. 

Da mesma forma que o placebo é o remédio inócuo, cujo efeito se dá no plano psicológico – já que placebo, do latim placere, quer dizer agradar –, o PSDB administrou ao PMDB o elixir do Poder.

Agradando o PMDB com o fictício mandato, o placebo foi absorvido pelo paciente, Temer no caso; e, sob o efeito da droga, o personagem dito presidente atirou-se a produzir pacotes de maldade, como habitante de um terrível gabinete do Dr. Caligari. 

Mas o presidente-placebo se está desvanecido com as possibilidades de sentir-se capaz de garrotear o povo, sufocar quem já quase não pode respirar, tem problemas bastante reais – senão vejamos: está cercado por tipos metidos com acusações de crimes.

Assim, corre de um lado para o outro tentando distribuir poções, buscar soluções políticas mirabolantes, ministrar placebos à realidade como se fosse possível enganar a essência dos fatos, dos terrorosos crimes de corrupção praticados no escuro e agora trazidos à luz dos escândalos. 

Não sei até quando o presidente-placebo conseguirá manter-se correndo loucamente em sua farmácia magistral em busca de fórmulas de última hora para manter a farsa histórica, de mais de quinhentos anos, quando poucos se fartam do que falta a muitos. 

Mas sabemos todos que placebos não curam.  Especialmente quando foram preparados com o objetivo de, na verdade, funcionar como veneno.

quinta-feira, 9 de março de 2017



O real significado do discurso de Temer no Dia da Mulher

Se você ouviu o discurso pronunciado ontem pelo assim chamado presidente Temer certamente ficou sem entender muito bem sua homenagem à Mulher pela passagem do seu Dia. 

Quanto a mim, depois de muito estudar as emanações vocais do citado elemento, analisar as possibilidades semânticas e semiolinguísticas do texto verbal; embaralhar-me na semiótica de suas formulações, consultar compêndios e tratados consegui traduzir a paleolítica arenga para termos, digamos assim, mais compreensíveis. 

Eis o exato significado do enunciado temerístico:

Senhoras e Senhores,
Uga!
E mais: uga, uga,uga,uga!!!
Uuuuuuuuuuuugggggggggggga!!!
Sendo assim, podemos afirmar uga, uga, uga, uga? Certamente que uga.

Então, uga, uga e uga; e, mais uma vez, uga!!

Sendo assim, no Dia da Mulher que todas se uguem. Se uguem e se refuguem.

No mais, quanto aos trabalhadores, grrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr!
Muito obrigado.