terça-feira, 17 de agosto de 2010

Vote Tiririca 2222 - Vote no Abestadô !



Ver o circo pegar fogo
Emanoel Barreto

O palco do espetáculo político atrai os costumeiros atores, os profissionais do discurso em plenário, os que se dedicam à política como gesto e ato de intervir na pólis. Mas, como no Brasil - a história o comprova -, a expressão ator social é levado às últimas consequências, temos pessoas que encarnam à perfeição o ridículo da vida pública.

Agora é o palhaço - na pior acepção do termo - Tiririca quem sem apresenta ao proscênio. Não é lamentável apenas pela degradante figura que brilha em programas televisivos de baixo nível; é pelo que ela representa em termos do imaginário nacional relativo à política.

Quero dizer: o senso comum, até mesmo de forma compreensível, dado que o estamento político tem desempenho lastimável e de todos conhecido, encara a política como algo onde imperam a falta de seriedade e até de compostura.

As assembleias, os plenários que deveriam ser ambientes de cidadania, se transformam em esconderijos de velhacos e aproveitadores. Assim, Tiririca, exercendo o direito de inserir-se aos espaços deliberativos, aparece e reclama o voto, pede passagem para chegar à Câmara.

E o povo que muitas vezes, senão cotidianamente faz papel de palhaço, é chamado a votar num deles. Hoje tem marmelada? Tem, sim sinhô. Tem, tem sim. Sempre teremos marmelada no Circo Brasil.

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