terça-feira, 17 de agosto de 2010

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A bela adormecida
Emanoel Barreto

Sza Sza Gabor. O nome hoje soa estranho, quase uma improvável onomatopeia. Mas, para quem gosta de cinema, chega como uma bela, literalmente bela, recordação. Trata-se de atriz húngara, famosa nos anos 50. Hoje com 93 anos está gravemente doente, recebeu extrema-unção há poucos dias e recusou-se a fazer uma operação de fígado que ampliaria sua vida por mais algum tempo. Os familiares dizem que quer morrer em casa. Continuar viva significaria tortura insuportável.

O comportamento de Sza Sza vai de encontro ao convencional lutar-por-viver-a-qualquer preço. Afinal, 93 anos não são pouca coisa. Quer dizer: viver, viveu muito. Foi famosa, casou sete vezes. Tudo o que Hollywwood poderia dar a uma atriz ela recebeu: fama, dinheiro, celebrações e as atenções de todo um público masculino que via na instigante húngara um símbolo sofisticado da beleza feminina.

Agora quer dar o grande salto, o mergulho definitivo rumo ao território-do-que-não- sabemos. Como acredito no Mistério, espero que, lá, continue a cintilar. Quem sabe, possamos chamá-la não de morta, mas de uma bela que adormeceu.

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