segunda-feira, 8 de novembro de 2010

 A voz que veio do Além foi fabricada em estúdio
Emanoel Barreto

Capa do "novo" disco de Michael Jackson

A falsificação do real ganhou forma exemplar no mais "lançamento" do "mais novo" disco de Michal Jackson. Ao que entendi, trata-se de um lauto simulacro de canções, resultado de manipulações sofisticadíssimas em estúdio. 

O disco, encomendado pelos familiares do morto é nada mais nada menos que isso, a julgar pelas informações que li: um simulacro, um sarcófago de onde saiu a múmia de Jackson para alimentar a fome monetária da parentela e a sede de um mercado que nunca se aplaca. Uma fantasia sinistra, uma voz sem vida. Abaixo, a matéria da Folha, onde se registra o lançamento.

Pouco tempo após ser disponibilizada para audição no site de Michael Jackson na manhã desta segunda-feira, a música "Breaking News", do primeiro álbum póstumo do cantor, "Michael", já causou alvoroço na rede. 

Tantos comentários negativos a respeito da música fizeram um dos produtores envolvidos no projeto, Teddy Riley, se manifestar e defender o álbum póstumo. 

"Isso é para todo mundo que está apontando o dedo... Vocês me perguntaram, então vou dar minha resposta. Quem não acreditar em mim que se f... Eu fui chamado para esse projeto pela Sony, e a família [Jackson] aprovou. Essas músicas foram criadas pelo [produtor Eddie] Cascio. Eu não escrevi as músicas, eu fui chamado para mixar e terminar o que já havia sido começado, só por conta do meu relacionamento com Michael e com a família Jackson, que sentia que eu deveria estar no projeto, pelo meu relacionamento com ele. Todos os produtores que participaram desse projeto foram pagos antes do trabalho. Eu sinto que os vocais são sim do MJ. Eles só estão muito processados..."

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