Para o segundo turno, Dilma larga com vantagem
Emanoel Barreto
O segundo turno está configurado. A grande imprensa, agindo como partido político, conseguiu fazer migração de votos a Marina, votos de pessoas que não votariam em Serra mas, contaminadas por noticiário tendencioso e prejudicial a Dilma, preferiram sufragar a candidata verde.
Todavia, a realização de um segundo turno, com virtual favoritismo de Dilma, não assegura a Serra que os votos dados a Marina irão necessariamente para o tucano. Essa parcela do eleitorado, mesmo permanecendo indefinida, o que certamente não acontecerá, em nada benefeciaria o tucano.
Os votos de Dilma estão cristalizados e ela parte já com largo apoio eleitoral e captalizada politicamente para a disputa.
Ao suposto, esse resultado apenas adiou a eleição de Dilma, que permanece contando com a figura icônica de Lula e sua poderosa capacidade de transferência de votos. Hoje de manhã, em declarações ao Estadão, Lula admitiu a possibilidade de uma outra votação, mas assegurou confiança em vitória final de Dilma.
O próximo passo eleitoral envolverá enorme esforço dos candidatos, especialmente Dilma, que deverá enfrentar uma fuzilaria de imprensa como jamais se viu antes neste país. As forças da conservação vão mobilizar monumental campanha de desconstrução de sua figura política em insidioso trabalho de sapa.
Essas forças sabem que a consolidação de um partido de centro-esquerda como o PT pode e terá largo peso na correia de transmissão da história e, com isso, o neoliberalismo empreenderá todos os esforços a fim de barrar esse ascenso na busca de garantir que a cartilha dessa corrente volte a ter predomínio na vida pública brasileira.
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