A miserável condição humana ou o ridículo perfeito
Elizabeth Taylor, aos 78 anos, apresenta e figura de quem não acedeu ao declínio do corpo nem compreendeu a passagem do tempo. Não parece estar vivendo o glorioso instante do envelhecer, respeitando a velhice e o que ela tem de bom: sabedoria, consciência de que somos seres voltados à queda, compreensão de que essa queda é natural e pode ser revertida em coisa magnífica quando vivida como coisa magnífica.
O apego às aparências, ao material, a fez ficar como na foto: um ser arquejante, uma montagem de trajes e joias, bricolage desesperada de atavios em busca do tempo passado, a beleza esmaecida, perdida para sempre.
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