sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Opulência e mau gosto nas joias das mulheres de criminosos
Emanoel Barreto

Uma demonstração de opulência e mau gosto. Assim são as joias com que os traficantes do Rio presenteiam as suas mulheres. Sejam as "fiéis", as digamos assim, primeiras damas, ou as outras, as amantes. São preciosidades grosseiras, espalhafatosas, grotescas até.

Uma forma de contrabalançar, pela exuberância do feio, pelo excesso ostentatório, a origem social dos criminosos. Seria uma espécie de discurso de compensação - a demonstrar de alguma forma a perversa degradação a que foram levados pela vida de miséria e exclusão.

Daí o luxo aberrante. Não justifico os criminosos, dou a pista para o seu surgimento.  A matéria é da Folha. As fotos foram cedidas ao jornal pela polícia.
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Novas imagens de um levantamento da Polícia Civil para chegar aos chefões do tráfico no Rio de Janeiro, ao qual a Folha teve acesso, mostra outros exemplos de opulência dos presentes que eles costumam dar para suas mulheres.


Nas imagens, as "fiéis" --como são chamadas as mulheres oficiais-- e as amantes exibem correntes que, na avaliação de ourives ouvidos pela reportagem, custam em média R$ 35 mil.
A Folha não identifica as mulheres, pois algumas são menores de idade e outras ainda são investigadas. De acordo com a polícia, há um mercado clandestino de produção de joias para traficantes funcionando no centro antigo da cidade e em alguns bairros da zona norte.
Na tabela dos "ourives do tráfico", quando o "cliente" leva o ouro --várias peças pequenas, provavelmente produto de roubo, que são derretidas--, um cordão pode custar de R$ 4 mil a R$ 15 mil.
Segundo o presidente do IBGM (Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos), Hécliton Santini Henriques, estima-se que o mercado clandestino de produção de joias movimente até R$ 1 bilhão por ano no Brasil --40% do movimento do setor.
 

De acordo com a polícia, há um mercado clandestino de produção de joias para traficantes funcionando no centro antigo da cidade e em alguns bairros da zona norte.
Na tabela dos "ourives do tráfico", quando o "cliente" leva o ouro --várias peças pequenas, provavelmente produto de roubo, que são derretidas--, um cordão pode custar de R$ 4 mil a R$ 15 mil. 

Segundo o presidente do IBGM (Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos), Hécliton Santini Henriques, estima-se que o mercado clandestino de produção de joias movimente até R$ 1 bilhão por ano no Brasil --40% do movimento do setor.

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