Aproxima-se mais um período eleitoral. Achegam-se dias de promessas, quilômetros de boas intenções, léguas de compromissos, milhas e milhas de obras e gestos magistrais: tudo isso supostamente a favor desse ser coletivo e difuso a quem chamamos povo. Que coisa boa...
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Se o povo, ao longo da história, tivesse recebido tudo o que lhe vem sendo prometido, houvesse acumulado em suas casas, pelas ruas, campos e florestas as coisas boas que são apresentadas em discursos e programas eleitorais, hoje não teríamos mais o mundo, senão o Paraíso.
Seríamos felizes e carga plena, nem mesmo trabalhar seria preciso, uma vez que a sociedade estaria de tal forma organizada - e o perfeito sistema proposto pelos políticos seria provedor tão eficaz - que tudo estaria a nosso dispor ao simples estirar de um braço.
As campanhas políticas tornaram-se espetáculos de convencimento, mais que isso, de sedução, especialmente agora, com a sofisticação dos processos de comunicação. Os políticos são produtos ou a isso assemelhados, a fim de obter o pagamento que tanto desejam: o voto. Eles se vendem como artífices do futuro, engenheiros do equilíbrio social e terminam por ser comprados.
Mas, quando consumidos, ou seja, quando ocupam o cargo que disputaram, costumam causar malefícios ao consumidor, como ocorre com produtos estragados.
Um comentário:
Professor, é chegada a hora do "Xô brabuleta".
Patrícia
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