sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Tá lá o corpo estendido nõ chão...
Emanoel Barreto

Vejo nas coisas de jornal da Folha que um estudante da USP morreu a três quilômetros do Hospital Universitário da USP. Quando sentiu-se mal e caiu alguém comunicou ao hospital e pediu uma ambulância. Resposta: nossas ambulâncias não são usadas em resgate.O corpo ficou estendido no chão por cerca de seis horas, até ser removido.

Na USP, o corpo e o descado (Adriano Vizoni/Folhapress)
Da mesma forma que ocorreu na Inglaterra, onde uma mulher foi multada por ultrapassar tempo de estacionamento, motivado pelo fato de que estava impedindo outra mulher de se suicidar atirando-se de uma ponte (publiquei isso ontem), temos outra demonstração de como a estupidez e a burocracia regem certas instituições.

O caso da morte do estudante, então, é bem pior: tipifica omissão de socorro, desrespeito por completo para com a vida. 

Quer dizer que um hospital universitário, numa das maiores - e mais conceituadas - instituiçõesde nível superior do país, não tem programa de atendimento de urgência, não disponibiliza ambulâncias, mesmo tendo a USP uma população universitária de milhares de estudantes? É, ficou comprovado que é.

Mas, é isso. Para completar, o estudante era nordestino...

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