quinta-feira, 2 de setembro de 2010

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Vamos esperar a próxima pesquisa
Emanoel Barreto

A saliência - exposição midiática - e a ênfase - sustentação no tempo - que a imprensa está dando a essa questão dos dados fiscais da filha de Serra é o que se poderia chamar de factoide ou pseudoacontecimento. Dois aspectos devem ser levados em conta: primeiro, a violação ocorreu quando Dilma sequer era candidata; segundo, os dados não foram usados pelo PT contra Serra.

Ou seja: o que o marketing de campanha de Serra dá andamento é a criação de falso fato-novo como forma e meio de barrar a ascensão de Dilma que até o momento aparenta ser avassalador sobre o tucano, segundo as pesquisas. Trata-se de tática pontual em meio ao desespero de derrota estimada e temida como iminente.

Tanto que a Folha, jornal que apoia Serra, em análise do fato diz: "Para que surta algum efeito eleitoral, esse caso da quebra de sigilo fiscal terá de apresentar desdobramentos. Por exemplo, o envolvimento claro de petistas ou de gente da campanha de Dilma Rousseff (PT) na operação de compra dos dados sigilosos."

Qualquer análise de discurso, por mais palmar que seja, revela, aos mais atentos aos significados do texto aspeado, qual o plano serrista: envolver um petista qualquer, para que as "acusações" ganhem peso social e eleitoral.

A menção ao texto excerto desvela meridianamente esse plano: chercez la femme, no caso a femme é... Dilma; a culpada essencial de todo o jogo montado pelo tucanato. É preciso, como a própria Folha confessa, encontrar alguém a ela ligado para que se complete o xadrez intrigante.

A tentativa de cassar sua candidatura é ato desesperado e último. Resta saber se há algum juiz suficientemente louco para dar andamento à intentona, lançando este país ao caos.
PS: esperemos a próxima pesquisa.

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