Debate na Band tem grosseria e dissimulação
Emanoel Barreto
O debate promovido ontem pela Band com os candidatos a governador do Rio Grande do Norte revelou aspectos do quanto a luta política pode se desenvolver, e chega a isso, em níveis de grosseria e dissimulação.
A grosseria, rasteira, bastante rasteira, ficou por conta do candidato do PSOL, Sandro Pimentel, que de maneira agressiva referiu-se ao problema de saúde do governador Iberê Ferreira, clinicamente curado de um câncer.
Afirmou que o sistema de saúde está "em estado de putrefação" - forte mesmo, percebe? - para em seguida dizer que se o governador estivesse em tratamento em hospital público já teria morrido.
A questão, claro, poderia ter sido abordada, mas em outros termos. Caso tivesse adotado outro tipo de assertividade poderia ter atingido o governante enquanto governante, sem ofender a pessoa. Duvido que tenha ganho um só voto com tal comportamento.
A tentativa de utilizar uma situação pessoal como exemplo de falha de uma política pública resultou tão-somente numa ofensa que não foi retrucada pelo governador.
Quanto à dissimulação esta se deu com a senadora Rosalba Ciarlini, que não se disse aliada de Serra. Aproveitando o deslize, em suas considerações finais o governador Iberê agiu taticamente: aliado ao presidente Lula e à sua candidata Dilma, proclamou-se enquanto tal e aludiu indiretamente ao mutismo da Senadora em relação a esse assunto.
Segundo Iberê, todos os candidatos deveriam ter assumido publicamente em quem votariam para presidente.
Ciarlini, por sua vez, encerrando sua participação reafirou seus propósitos de fazer um governo voltado para o social. Mas não assumiu que apoia Serra...
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