sábado, 15 de janeiro de 2011

Vejo na Folha:

Varejo de "amostra grátis" quer se expandir no Nordeste

MARIANA SALLOWICZ
DE SÃO PAULO
As chamadas "lojas de amostra grátis" ainda são novidade na capital paulista. Apesar disso, já têm planos de expansão pelo país.
As empresas, que têm cerca de seis meses em São Paulo e por volta de 70 mil associados, miram o Nordeste. O motivo: as indústrias que expõem nessas lojas querem cada vez mais saber como os consumidores da região avaliam os produtos. 

No modelo de negócio, o cliente visita a loja e escolhe o que quer levar para casa, com um limite preestabelecido. Há desde alimentos a cosméticos e vestuário.
Em troca, tem de responder a questionário com pontos que interessam à indústria, além de pagar taxa de anuidade (de R$ 25 a R$ 50). 

"É a opinião dos consumidores que interessa às empresas. Trata-se de uma pesquisa imparcial, em que o cliente escolhe o produto e se propõe a dar sua avaliação", diz Luiz Kajibata Gaeta, sócio-proprietário do Clube Amostra Grátis, que abriu uma loja na Vila Madalena em maio e conta com 17 mil associados.
Segundo ele, as empresas já demonstram interesse em colher informações de outros mercados, especialmente do Nordeste. "Diante dessa demanda, estamos nos organizando e já planejamos abrir uma unidade em Recife no primeiro semestre de 2011." 

A Sample Central -que inaugurou a sua primeira unidade em junho na região da avenida Paulista e tem 53 mil cadastros- também pretende abrir uma unidade na região no próximo ano.
A região Sul é vista como outra opção. "Estamos fazendo um levantamento com a indústria e sentimos o Nordeste como forte potencial", afirma João Pedro Borges, gerente-geral e sócio da loja.
Segundo o IBGE, o Nordeste é a região que mais aumentou sua participação no PIB (Produto Interno Bruto) entre 2004 e 2008. Além disso, ultrapassou pela primeira vez o Centro-Oeste no financiamento ao consumo, ficando atrás apenas do Sudeste e do Sul, de acordo com informações de setembro deste ano do Banco Central. 

FORMATO INOVADOR
A gerente de marketing da Sadia, Patrícia Cattaruzzi, vê o conceito da loja como um "formato inovador". A empresa já expôs dois lançamentos na Sample Central e, para a gerente, foi uma experiência positiva. 

"Com essa ferramenta, é possível ter um termômetro do que seria o lançamento, ao percebermos quantas pessoas o escolhem na loja, e ainda trabalhar questões específicas pelos questionários que os clientes respondem."
As lojas de amostra grátis têm a maior parte de seu faturamento justamente das pesquisas, que são pagas pela indústria.

Nenhum comentário: