Deu no Globo:
Cineasta francês Claude Chabrol morre aos 80 anos
CPARIS - O diretor francês Claude Chabrol, um dos fundadores da Nouvelle Vague, que revolucionou o cinema nas décadas de 50 e 60 morreu neste domingo, aos 80 anos. A causa da morte não foi informada pelo governantes da cidade de Paris, que anunciaram a notícia.
Prolífico, Chabrol dirigiu mais de 70 filmes e programas de TV durante seu meio século de carreira. Seu primeiro longa, "Le beau Serge" (1958) lhe valeu a aclamação da crítica e foi considerado um manifesto do movimento Nouvelle Vague, que inclui diretores como François Truffaut e Jean-Luc Godard.
Seus filmes focavam a burguesia francesa, revelando a hipocrisia, a violência e seu ódio latente por baixo da superfícia de respeitabilidade. Chabrol chegou a ser comparado com Alfred Hitchcock por sua aura de suspense.
Thierry Fremaux, diretor do Festival de Cinema de Cannes lamentou a morte do cineasta em entrevista a uma cadeia de rádio francesa. "Claude Chabrol é parte de nosso patrimônio nacional, tanto por seus filmes, quando por sua personalidade", disse.
Carreira prolíficaDurante seus anos em atividade, Chabrol trabalhou em ritmo acelerado, lançando praticamente um filme por ano. O cineasta escreveu muitos roteiros originais, mas também adaptou clássicos da literatura francesa como "Madame Bovary" (1991) e histórias de Guy de Maupassant, tanto para a TV quanto para o cinema.
Seus principais filmes incluem "As corças" (1968), "O açougueiro" (1970) e "A teia de chocolate" (2000), estrelado por Isabelle Hupert, uma de suas atrizes preferidas, que também atuou em "Um assunto de mulheres", de 1988.
O último filme do diretor foi "Bellamy", do ano passado, estrelado por outro monstro sagrado do cinema francês, o ator Gerard Depardieu.
Chabrol nasceu em Paris em 24 de junho de 1930. Filho de um farmacêutico, estudou Letras e Direito antes de escrever resenhas de filmes na respeitada revista "Cahiers du cinema".
Chabrol foi casado três vezes e deixa três filhos.
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