quarta-feira, 16 de junho de 2010

O DIÁRIO DE BICALHO

Caríssimo Diário,

Tenho a ligeira impressão de que estou sendo seguido por perigosos micróbios. Tenho a impressão não, tenho certeza de que eles estão me seguindo, aonde quer que eu vá. Hoje de manhã, ao tomar café, percebi uma nuvem de malíssimas micro-criaturas se acercando da minha xícara de café. Solertes, fugiram para dentro do frizer e lá os ataquei com um  extintor de incêndio, conforme vi no filme A Bolha Assassina.

Consegui matá-los a todos. Mas, quando já me preparava para um alegre desjejum, eis que ouço um horrível barulho do lado de fora da minha casa. Notei que um grupo de agentes microbianos tentava tomar minha casa de assalto. Deus meu!, gritei, quando vi que um deles, uma enorme ameba, de mais de quatro metros de envergadura, havia subido ao muro. E olhe que o muro da minha casa tem dez metros, eu disse dez metros, dez metros de altura.

Corri para a porta da frente, para ver se estava trancada. Estava. Sei que amebas são elementos perigosíssimos, especialmente amebas gigantes. Os piores micróbios são os micróbios gigantes, sabia? Jamais se meta com um micróbio gigante.

Pois bem: como disse, a porta estava tancada, mas a ameba estava tentando passar por baixo da porta. Amebas são peritas nesses atos ofensivos. Quando ela finalmente entrou, corri em direção à escada do primeiro andar. Foi pior: fiquei acuado: minha sogra descia de lá, munida de formidável clava e estava disposta a me golpear o crânio. Ela estava mancomunada com a ameba gigante, imagine então como é terrível aquela mente criminosa.

Minha sorte foi que, no exato momento em que a ameba ia me fagocitar eu acordei. Era um pesadelo. Mas, logo ao acordar, percebi que minha mulher afinal havia se resolvido a me matar. Escapei por pouco e fugi para o escritório, onde montei um bunker. Agora, meu problema é voltar para casa.
PS: Acredita que agora mesmo vi aquela ameba rondando o escritório?
(Leia amanhã a continuação deste diário)





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