Querido Diário,
Cheguei ao escritório. Graças a Deus. Todos no trânsito queriam me assassinar. Primeiro um motoqueiro como cara de serial killer - devidamente encoberta pelo capacete, como é típico dos mal intencionados; depois, uma freira que atravessou a faixa de pedestres fingindo estar cabisbaixa. Na verdade, me olhava com o rabo-do-olho. Afinal uma babá me perseguiu, correndo como uma louca pela calçada, em paralelo. Certamente no carrinho de bebê não havia bebê, mas arma de grosso calibre, munição especial e alto poder mortífero. Escapei por pouco.
Neste exato momento meu chefe me olha fixamente. Deve estar premeditando a minha morte. Mas, pensando melhor, eu, EU! estou vendo a mim mesmo, refletido num enorme espelho decorativo que tem no escritório. Meu Deus! Eu, EU mesmo!, estou me olhando fixamente. Será que estou pensando em me suicidar?
Um comentário:
Tô gostando de ler O Diário de Bicalho! Peço apenas que não abandone as memórias diárias o adorável paranóico. Ficaria agradecido! Abraços!
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