O blog Galdinolância repercute a campanha "Queremos um jornal!"
Sou estudante de Jornalismo da UFRN, recentemente eleita uma das 10 melhores universidades do país, 20 melhores da América Latina. Com um posto desse, alguém de fora poderia pensar: "Nossa, essa instituição é muito boa, deve ter uma grande estrutura". Não há como negar que a UFRN é boa, mas também não há como dizer que ela oferece todo o auxílio necessário para uma formação decente de seus alunos. Não é bem assim, já que algumas áreas recebem muito investimento e outras são tipo deixadas de lado.
Meu curso mesmo sofre muito com a falta de atenção que a instituição dá principalmente à área de Humanas. Ela definitivamente não é muito visada.
Já a área de Ciência e Tecnologia é bem diferente. Sempre recebendo investimentos da universidade, eu diria que é a "galinha dos ovos de ouro" da instituição. Isso porque o setor científico é no momento um dos destaques em todo o mundo, pois temas como petróleo, robótica, alternativas para o aquecimento global, são a prioridade nos dias de hoje, ou seja, pegue injetar dinheiro em C&T nas universidade por aí a fora. Resultado: acabam esquecendo dos outros cursos. Quero deixar claro que não ciúme nem nada - até porque isso seria uma frescura de minha parte - é uma constatação.
Mas deixemos de rodeios, o que quero dizer com tudo isso é que meu curso é muito prejudicado por essa diferenciação, sentimos na pele. Ora, um curso de Comunicação Social, Jornalismo deveria no mínimo ter uma estrutura que favoreça a prática dos alunos. Pois bem, deveria, porque na UFRN isso não acontece. Temos um Laboratório cheio de problemas de infra-estrutura, com falta de equipamento; para praticar TV temos uma emissora pública que ajuda, mas que às vezes dá umas complicações, uma burocracia que benza Deus!
Certo, temos um Laboratório, uma TV, mas falta duas coisas: uma rádio que verdadeiramente sirva aos alunos e um jornal impresso. Este último principalmente. Deveria ser impensável haver um curso de Jornalismo sem um jornal feito pelos alunos, mas infelizmente, na UFRN é assim.
Pensando nisso, o professor Emanoel Barreto juntamente com alguns alunos começaram um movimento para a próxima administração da universidade: é a criação de um jornal produzido na própria instituição, pelos próprios alunos.
Então, para uma melhor divulgação, iniciou-se uma campanha no Twitter: "Queremos um jornal". Com a tag #QUEREMOSUMJORNAL os estudantes já disseminaram o movimento em toda a rede social, pelo menos entre os membros da própria universidade. Muitos já aderiram e tuitam sempre essa frase. Alguns almejam até chegar aos Trend Topics nacional, um desejo ambicioso, diga-se de passagem.
Os alunos não pretendem ficar apenas na internet, a proposta é usar a rede social para alavancar o movimento. A visitação de sala em sala, chamar a atenção dos Centro Acadêmico (CA) de Comunicação, do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e até de outros cursos são outras estratégias. Mas sem dúvida, o principal objetivo é fazer com que a nova Reitora, seja quem for, olhe para nossa situação, apoie e realmente invista na ideia.
É bom deixar claro que não devemos tratar esse assunto como "fogo de palha", que agora reinvidicamos mas depois esquecemos. Não, não podemos esquecer, e nem deixar a reitoria esquecer. Temos de pressionar até o fim para que nossos direitos sejam atendidos, nosso curso merece e, sobretudo, necessita.
Somos estudantes de Comunicação Social, precisamos e #QUEREMOSUMJORNAL para uma melhor qualificação. E isso não é pra hoje, muito menos pra amanhã, era pra ontem, mas já que não foi, que seja pra já!
Felipe, o Galdino
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