quarta-feira, 23 de junho de 2010

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E se foi Lourival, o Primeiro Ministro da cachaça
Emanoel Barreto

E se foi Lourival.
Lourival das tardes cervejeiras na Deodoro, quando o Diário de Natal era referência, poder, glória jornalística estampada em notícias tão poderosas e tão passageiras.

E se foi Lourival.
Senhor de tira-gostos imbatíveis, cervejas preciosas ciosamente guardadas, cana da boa servida em copinhos que todo bom bebo conhece. Ainda lembro de um grito: "Taje-baaaaaa!". Era alguém chamando um garçon que tinha por lá. E ele chegava, já com a gelada estourando a tampa.

Depois, parti em outras naus, cruzando mares nunca dantes navegados. Perdi contato com ele, nunca mais vi o Primeiro Ministro da cana. E agora, quando no twitter entro, lá está a notícia: Lourival morreu.

Não, não acho que morreu. Prefiro entender que apenas se sumiu. Todos nós nos sumimos. Um dia nos sumimos. Somos encantados, saímos, pedimos licença da vida, sei lá...

Mas, se eu pudesse, gritava: "Taje-baaaaaaaaaa! Traz aí, rapaz, traz Lourival de volta!"

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