Quando a toga é sem pudor
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http://www.amodireito.com.br/2016/10/justica-em-numeros-judiciario-custou-r.html |
Veja o que informa o UOL a respeito de abusos da magistratura:
“Uso do cargo para beneficiar
loja maçônica, vendas de sentenças, relações pessoais com traficantes e assédio
sexual a servidoras de tribunais.
"É grande a lista de crimes cometidos por juízes e desembargadores em todo o país que levou o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) a determinar a aposentadoria compulsória de 48 magistrados desde 2008. A punição por aposentadoria compulsória custa aos cofres públicos anualmente R$ 16,4 milhões em pensões vitalícias e valores brutos, conforme levantamento inédito feito pelo UOL.
"É grande a lista de crimes cometidos por juízes e desembargadores em todo o país que levou o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) a determinar a aposentadoria compulsória de 48 magistrados desde 2008. A punição por aposentadoria compulsória custa aos cofres públicos anualmente R$ 16,4 milhões em pensões vitalícias e valores brutos, conforme levantamento inédito feito pelo UOL.
“O montante gasto com os 48
magistrados condenados pelo CNJ daria para pagar com folga durante três anos os
salários dos 11 ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Eles custam,
juntos, cerca de R$ 5 milhões por ano entre vencimentos e impostos.
“Em valores líquidos, após o
desconto de impostos, a folha salarial dos ministros cai para R$ 3,2 milhões
por ano. A remuneração dos magistrados punidos pelo CNJ fica em R$ 11,85
milhões anuais.”
Observação
pertinente: O texto é objetivo o suficiente para levar-nos à perplexidade.
É preciso combater a corrupção na política. Mas não devemos esquecer de vigiar
quem vigia a corrupção. Aposentadoria de juiz não é punição; é repulsivo prêmio.
Não às tramas dos deputados e
senadores que tentam escapar de punições por seus crimes. Sobre eles o peso das
sentenças. Todavia, deve-se analisar
com firmeza a adoção de formas de acompanhamento social do judiciário
tornando-o mais transparente e, sim, punível.
Jamais, a elevação de juízes à
condição de seres supremos, dotados de hermética e inalcançável sapiência,
sabedores supremos do bem e do mal.
O espírito de corpo que dá
sustentação a aposentadorias como punição deve ser visto também como uma
espécie de augusta corrupção, mantida sob o pálio que acoberta togas de pouca
decência.
Aos juízes justos, respeito.
Aos injustos justiça seja feita.
...............
Temer e seus inimigos íntimos
As pessoas que compareceram ontem
aos atos em protesto à corrupção voltaram sua ira cívica contra Renan Calheiros
e, um pouco, contra Rodrigo Maia.
Renan, uma forma de planta carnívora
no herbário tóxico do parlamento brasileiro, e Rodrigo, que brotou de repente
no capim brasiliense, foram alvos alternativos que atenderam ao momento: bradar
contra os corruptos.
Mas por que digo alvos
alternativos? Muito simples: esqueceram-se de lembrar que Temer também é alvo
de investigação de uso de dinheiro de corrupção em sua campanha, pago com cheque nominal. Ou seja: ele está incluído na Lava-Jato.
Afinal o PSDB, que
paradoxalmente o apoia, foi quem o processou junto ao Supremo. Ou seja: esse
mesmo PSDB, chegado o momento próprio, vai atiçar as multidões contra Temer, mesmo sendo o PSDB uma sigla com tipos também atingidos pela Lava-Jato.
Temer, nesse ninho de dobras, tem tudo do que ter medo. De um lado está a par com seus inimigos íntimos; de outro convive com o mercado; um ser sem face e sem ética que dele também começa a desconfiar. Todos se merecem. Esperemos os próximos capítulos.
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