segunda-feira, 5 de dezembro de 2016

Justiça a quem seja justo



Quando a toga é sem pudor

http://www.amodireito.com.br/2016/10/justica-em-numeros-judiciario-custou-r.html
Veja o que informa o UOL a respeito de abusos da magistratura:
“Uso do cargo para beneficiar loja maçônica, vendas de sentenças, relações pessoais com traficantes e assédio sexual a servidoras de tribunais. 

"É grande a lista de crimes cometidos por juízes e desembargadores em todo o país que levou o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) a determinar a aposentadoria compulsória de 48 magistrados desde 2008. A punição por aposentadoria compulsória custa aos cofres públicos anualmente R$ 16,4 milhões em pensões vitalícias e valores brutos, conforme levantamento inédito feito pelo UOL.

“O montante gasto com os 48 magistrados condenados pelo CNJ daria para pagar com folga durante três anos os salários dos 11 ministros do STF (Supremo Tribunal Federal). Eles custam, juntos, cerca de R$ 5 milhões por ano entre vencimentos e impostos.

“Em valores líquidos, após o desconto de impostos, a folha salarial dos ministros cai para R$ 3,2 milhões por ano. A remuneração dos magistrados punidos pelo CNJ fica em R$ 11,85 milhões anuais.”
Observação pertinente: O texto é objetivo o suficiente para levar-nos à perplexidade. É preciso combater a corrupção na política. Mas não devemos esquecer de vigiar quem vigia a corrupção. Aposentadoria de juiz não é punição; é repulsivo prêmio. 

Não às tramas dos deputados e senadores que tentam escapar de punições por seus crimes. Sobre eles o peso das sentenças. Todavia, deve-se analisar com firmeza a adoção de formas de acompanhamento social do judiciário tornando-o mais transparente e, sim, punível. 
Jamais, a elevação de juízes à condição de seres supremos, dotados de hermética e inalcançável sapiência, sabedores supremos do bem e do mal.
O espírito de corpo que dá sustentação a aposentadorias como punição deve ser visto também como uma espécie de augusta corrupção, mantida sob o pálio que acoberta togas de pouca decência.

Aos juízes justos, respeito.
Aos injustos justiça seja feita.
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Temer e seus inimigos íntimos
As pessoas que compareceram ontem aos atos em protesto à corrupção voltaram sua ira cívica contra Renan Calheiros e, um pouco, contra Rodrigo Maia. 

Renan, uma forma de planta carnívora no herbário tóxico do parlamento brasileiro, e Rodrigo, que brotou de repente no capim brasiliense, foram alvos alternativos que atenderam ao momento: bradar contra os corruptos.

Mas por que digo alvos alternativos? Muito simples: esqueceram-se de lembrar que Temer também é alvo de investigação de uso de dinheiro de corrupção em sua campanha, pago com cheque nominal. Ou seja: ele está incluído na Lava-Jato.

Afinal o PSDB, que paradoxalmente o apoia, foi quem o processou junto ao Supremo. Ou seja: esse mesmo PSDB, chegado o momento próprio, vai atiçar as multidões contra Temer, mesmo sendo o PSDB  uma sigla com tipos também atingidos pela Lava-Jato.

Temer, nesse ninho de dobras, tem tudo do que ter medo. De um lado está a par com seus inimigos íntimos; de outro convive com o mercado; um ser sem face e sem ética que dele também começa a desconfiar. Todos se merecem. Esperemos os próximos capítulos. 


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