a) Emanoel Barreto
Temer mata no peito a dor do povo e escanteia sentimento de solidariedade

Mesmo admitindo
que o redator do título cometeu cacofonia primária, pois a palavra “vaia” pode
ser lida duas vezes na frase, isso, de alguma forma, faz sentido: serve para
enfatizar a fraqueza presidencial ante o imperativo de expor-se em público e
arrostar momento difícil.
E aí vem a pergunta: de um
homem que teme uma vaia o que se pode esperar? Creio que nada; no máximo muito
pouco – com perdão do oximoro.
Se a
Temer falta grandeza para prestar solidariedade em momento de comoção nacional,
comoção que chegou a outros países, faltará também grandeza de estadista para
dar rumo ao país.
Ao inverso,
quando atua nos entreatos de bastidores ele é figura com desembaraçada presença;
homem de acordos e acertos – até mesmo com adversários que pedem sua cassação –
como fez o PSDB. Temer, isso não é novidade, tem fugido sempre ao contato com o
Brasil real e pulsante.
Sobre ele
já se diz que não chegará ao fim do mandato. A mobilização de amanhã seria o
primeiro ato preparatório ao fatídico desfecho.
Em
Chapecó o lúgubre personagem cumprirá neste sábado lamentável passagem do seu
já desprezível governo: vai mas não estará; e chegando vai mostrar toda a sua ausência.
É que Temer
matou no peito a dor do povo e chutou para fora o sentimento de solidariedade.
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Charge do EB
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