quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Quando o jornal trabalha contra o jornalismo



Folha tenta ocultar
 manobra de Renan

Na contramão da história a Folha de S. Paulo tentou minimizar em sua edição de hoje a fracassada manobra do presidente do senado, Renan Calheiros, que pretendia votar em caráter de urgência lei que pelo menos parcialmente favorece a corrupção.

A manobra para reduzir o impacto da notícia foi a seguinte: o jornal dos Frias colocou no canto inferior esquerdo da primeira página a informação, sob o título “Após ameaça, Renan perde em manobra contra a Lava Jato”.

Lamentável a tentativa de minimizar acontecimento histórico tão relevante. O jornal perde credibilidade e pratica uma espécie de fraude a seu próprio noticiário. 

É sabido que as primeiras páginas, especialmente no jornalismo brasileiro, seguem uma técnica que ensina o seguinte: a diagramação deve ser feita de cima para baixo e da esquerda para a direita. 

Matérias à direita atraem mais a atenção e, com isso, têm maior índice de legibilidade. Desta forma, como o jornalão expôs o texto sobre Renan à esquerda, na parte do baixo da página, buscou literalmente esconder o fracasso do presidente do Senado.  

 Além dessa manobra, não acrescentou qualquer foto, o que reduz ainda mais o potencial de legibilidade da matéria. 

Fica patente que os Frias, aliados naturais do tucanato desde priscas eras não querem contribuir para aumentar as ondas do mar tenebroso em que navega o governo Temer, de já tão carcomido cerne moral
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A ação da folha não impedirá Temer de, em algum momento, e momento historicamente próximo, de ver-se às voltas com vetar ou sancionar a lei que garante a punibilidade da corrupção no país.
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Quando a autoridade precisa ser punida

É certo que juízes, promotores e procuradores não podem valer-se da função pública para promover abuso de autoridade, punir indiscriminadamente ou pura e simplesmente praticar crimes e escapar de punições.

É claro que todos devem ser iguais perante a lei e causa asco social quando a sociedade é informada de que promotores e juízes, quando delinquem, são punidos com aposentadoria. Ou seja: são criminosos de luxo e lhes é dado ócio com dignidade. Inaceitável. 

Deve-se punir juiz e promotor quando delinquem. Como também deve-se impedir que deputados continuem a delinquir. 
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