Se o povo não presta, acabemos com o povo
O regime de Muamar Kadafi começa a estalar. E parece que o mármore do inferno se acende para o ditador da Líbia, há 41 anos no poder. Setores do Exército debandam, embaixadores se afastam do velho regime, tribos leais dele se distanciam. A situação da Líbia dá continuação ao dominó de queda de regimes ditadoriais de povos seguidores do Islã na África e Oriente Médio.
As ações de Kadafi, que beiram e até superam a insanidade, revelam um espírito autocrático movido por uma ânsia de poder inaceitável. Metralhar pessoas indefesas até mesmo com o uso da Força Aérea é algo que demonstra o quando ele e seus íntimos seguidores estão, na verdade, desesperados. É como numa situação de teatro do absurdo: se o povo se revolta, acabemos com o povo. Depois, reinaremos um país sem gente. E tudo estará em paz.
Kadafi: o ditador age com total brutalidade contra os líbios |
Outro aspecto a ressaltar é a comunicação em rede que tem deflagrado esses movimentos. Povos tomando a si a imagem de outros povos que buscam tempos novos, desencadeando movimento internacionalista num tipo de sociedade até então fechada ao Ocidente e conhecida como Mundo Árabe e periféricos. Refiro o Irã.
Os milagres da comunicação instantânea estão apenas começando. Suponho que em horizonte historicamente não muito distante o Ocidente também se levantará contra as formas sutis de ditaduras aqui vividas.
Para tanto, é preciso uma mobilização continuada, persistente e firme de sociedade civil. As coisa podem e devem mudar na rota da democracia.
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