quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A força da democracia

O processo de globalização, que a princípio serviu de trampolim econônico ao neoliberalismo, apresenta agora nova faceta via redes sociais: a formação de comunidades virtuais com vigor para atuação no âmbito da sociedade civil. Mais que isso, com força suficiente para a deflagração de acontecimentos como os que hoje dominam os noticiários a respeito do chamado mundo árabe.

O obscurantismo de regimes ditatoriais de direita ou de esquerda, ou situações do mais absoluto absurdo como na Líbia, é contestado de forma eficaz como resultado da comunicação instantânea e mobilizadora. Creio que uma nova forma de manifestação política se desenha na África e Oriente Médio. Países de confissão religiosa islâmica começam a se distanciar da maneira autoritária, pior que isso, autocrática de seus dirigentes.

A juventude especialmente, irrigada de informações, parece perceber que há algo mais no mundo do que prega o Alcorão ou pelo menos suas interpretações mais rancorosas e intolerantes. Ao mesmo tempo, altera-se possivelmente o quadro da hegemonia americana naquelas regiões com a possibilidade de surgimento de governos não-alinhados às determinações de Tio Sam.

O importante é que os movimentos libertários tenham consequências históricas concretas e que a democracia comece a ser vivida enquanto processo permanente.

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