sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

A vida continua, mesmo que a digam morta
Emanoel Barreto

Não, não, Elvis não morreu. Ele pode ser econtrado em alguma dimensão da poesia, esse território etéreo que nossa sensibilidade palmilha. Elvis não foi apenas um grande cantor. Foi muito mais que "Elvis, the pelvis". Não morreu porque foi uma circunstância e toda circunstância, quando exponencialmente grandiosa, muda destinos, influencia, pulsiona a história.

Não foi à toa que Ortega y Gasset disse: "Eu não sou eu. Eu sou eu e a minha circunstância." Elvis, assim com os Beatles, foram grandes circunstâncias. O Houaiss refere: "Circunstância:
condição de tempo, lugar ou modo que cerca ou acompanha um fato ou uma situação e que lhes é essencial à natureza."


Ele marcou um tempo - ainda marca o nosso; um lugar (o mundo) e um modo de ser de toda uma geração. E assim está vivo em meio a essa grande circunstância que é o poético.

Não foi por acaso que ele dizia em "Love me tender": "Never let me go."




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