quinta-feira, 7 de janeiro de 2010


Pequena história de um navegador
Emanoel Barreto

Foi chegado o tempo e a vela estava panda.
A bujarrona inflou-se e a nau então partiu.
Foi em vão?
Não sei. Ainda navego.

O mar era convite; não se podia declinar.
E foi assim que a minha nau partiu.

Não sou do almirantado, nem gajeiro eu sou.
Apenas grumete
que do alto do velame vê adiante o mar chamando: vem.
E vou.

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