domingo, 27 de maio de 2012

Chegou a hora da verdadeira mentira

Aproxima-se mais um período eleitoral. Achegam-se dias de promessas, quilômetros de boas intenções, léguas de compromissos, milhas e milhas de obras e gestos magistrais: tudo isso supostamente a favor desse ser coletivo e difuso a quem chamamos povo. Que coisa boa...
http://cotidianews.wordpress.com/2011/02/08/povo/

Se o povo, ao longo da história, tivesse recebido tudo o que lhe vem sendo prometido, houvesse acumulado em suas casas, pelas ruas, campos e florestas as coisas boas que são apresentadas em discursos e programas eleitorais,  hoje não teríamos mais o mundo, senão o Paraíso. 

Seríamos felizes e carga plena, nem mesmo trabalhar seria preciso, uma vez que a sociedade estaria de tal forma organizada - e o perfeito sistema proposto pelos políticos seria provedor tão eficaz - que tudo estaria a nosso dispor ao simples estirar de um braço.

As campanhas políticas tornaram-se espetáculos de convencimento, mais que isso, de sedução, especialmente agora, com a sofisticação dos processos de comunicação. Os políticos são produtos ou a isso assemelhados, a fim de obter o pagamento que tanto desejam: o voto. Eles se vendem como artífices do futuro, engenheiros do equilíbrio social e terminam por ser comprados.

Mas, quando consumidos, ou seja, quando ocupam o cargo que disputaram, costumam causar malefícios ao consumidor, como ocorre com produtos estragados.

Mas, que venha a campanha e a chusma de promessas. Mas o pior de tudo é que somos um povo acorrentado ao voto obrigatório. Quer dizer, o político não é eleito; ele se faz eleger, o que é sutilmente diverso. Sei que o absenteísmo não é caminho válido para o processo político. O indiferentismo não é boa escolha. Mesmo assim, creio que deveria haver neste país uma grande mobilização pregando o voto nulo. De tal forma que os eleitos o fossem com votação mínima, ridícula, demonstrando com isso a sociedade que está atenta aos que mentem para se manter lá no alto e, lá chegando, se locupletam à tripa forra.

Um comentário:

Anônimo disse...

Professor, é chegada a hora do "Xô brabuleta".
Patrícia