quarta-feira, 13 de janeiro de 2010


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Um abraço e minha saudade a Zilda Arns
Emanoel Barreto

Há pessoas a quem nunca vimos, mas às quais nos sentimos ligados por uma espécie de afeto universal, irmão e amigo. Esse é o caso de Zilda Arns, cuja vida foi levada em meio à hecatombe do Haiti. Fundadora da Pastoral da Criança e Pastoral dos Idosos, exercia o amor à humanidade como missão e gesto de viver. Todos a quem fez bem, um bem que se estendia até mesmo àqueles que prescindiam de seus cuidados, mas eram beneficiados pelo amor social que dela emanava, eram seus irmãos.

Há pessoas assimm como ela:. E suas suas atitudes são extremamente políticas. Política no sentido grego, de vivência na polis, na ágora do mundo onde se discutem, a partir de objetivos retos e dignos, os destinos dos seres políticos.  Sem pedir votos, sem se apresentar como salvadores ou semideuses nascidos no Olimpo do marketing.

Não resta dúvida de que não só o Brasil, mas o mundo, perdeu um grande ser humano. Cuidando de brasileiros, amparava, nesses brasileiros, uma parcela da humanidade. Tinha em sua ação, que se estendia a outros países, um sentido crístico de profunda compreensão da condição humana, nossas limitações e necessidades.

A Zilda, um abraço de irmão e a saudade de quem nunca a viu...




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