terça-feira, 4 de outubro de 2011

Protesto contra Wall Street chega a mais cidades americanas
Manifestações em solidariedade a grupo de ativistas que está acampado em Nova York já atingem outros Estados

Atos têm o objetivo de "fazer barulho" para chamar a atenção para crimes financeiros e pedir por mais emprego

FERNANDA EZABELLA
DE LOS ANGELES

"Estamos atrasados para a festa, mas estamos aqui agora", dizia um cartaz em frente à Prefeitura de Los Angeles, na tarde ontem. Cerca de 80 pessoas acampavam no local, pelo terceiro dia seguido, em adesão ao movimento iniciado há mais de duas semanas contra grandes corporações de Wall Street, em Nova York.
Os protestos se espalham pelo país. Em Chicago, cerca de 30 manifestantes ocupavam o lado de fora do prédio do Federal Reserve (banco central americano), enquanto em Boston foi feita uma passeata pelo centro.

Washington, Denver e Seattle registraram manifestações semelhantes, assim como outras cidades menores dos EUA tentavam organizar protestos para esta semana.
"Estamos incentivando outras cidades do país e do mundo. É um problema global, temos que fazer barulho", disse Tony Rodriguez, 25, deitado numa tenda em frente à prefeitura de Los Angeles. No sábado, 4.000 pessoas, segundo os organizadores, participaram de uma caminhada até o local, com cartazes que pediam mais emprego e justiça para os crimes financeiros de Wall Street.

Parte dos manifestantes montou acampamento num grande gramado em frente à prefeitura, além de instalar um centro de mídia com seis computadores, câmeras com transmissão ao vivo na internet e geradores elétricos.
"A polícia tem sido extremamente prestativa, ajudou-nos com a passeata e, até agora, não nos tirou daqui. Vamos ver até quando isto dura", disse o produtor de cinema Travis Shivers, 34.
Em Nova York, os manifestantes registraram com câmeras abuso de autoridade por parte de policiais, que prenderam 700 pessoas no sábado durante uma marcha pela ponte do Brooklyn.
"Na costa leste a situação está mais agressiva, mas aqui somos mais pacíficos, tranquilos", afirmou Shivers, de chapéu de caubói, acampado desde sábado.

Ao lado da prefeitura, no centro da cidade, está o tribunal onde o médico de Michael Jackson é julgado pela morte do astro. Os fãs que faziam vigília do lado de fora receberam pela manhã os manifestantes, que aproveitaram a exposição das câmeras de TV.

Em Nova York, origem dos protestos, que começaram com um pequeno grupo e sob o lema "Ocupe Wall Street", centenas de pessoas estavam ontem acampadas no parque Zuccotti, perto do centro financeiro de Wall Street.

Durante a tarde, muitas se fantasiaram de "zumbis corporativos", levando punhados de dinheiro falso e sangue nas mãos. (Da Folha de S. Paulo)

Um comentário:

Manoel Villaça/macaiba.m@bol.com.br disse...

Sr. Emauuel, bom dia.
Sobre o filme "O Ocaso Dos Bárbaros" eu o assisti no cine Rex
em 1965 ou 66 ("puraí" assim), tinha mais ou menos 15 anos, lembro-me bem; assisti uma vez só no seu último dia de exibição. Porém este filme ficou gravado na minha mente até os dias de hoje. O que me fascinou neste filme foi o título "O Ocaso" e por ser o 1º filme de bárbaro que assisti; fiquei fascinado pela história. Desde Então nunca mais o vi nem o assisti, nem comentário algum em revista do gênero ou jornal, a não ser o "seu", depois de procurar insistentemente sobre "O Ocaso Dos Bárbaros". Jamais filme algum da minha adolecência guardo tão forte memória e lembranças. Por acaso o sr. me dá notícias dele, ja que há mais de trinta e cinco anos o busco no eixo São Paulo-Rio e nunca o encontrei?h