quarta-feira, 31 de agosto de 2011


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O ocaso do bárbaro

A queda de Muammar Kadaffi é mais um exemplo do quanto um ditador pode ser odiado - e é - pelas entranhas da sociedade oprimida. O homem ditador, em sua arrogância louca, é levado a supor em si a condição de superioridade, domínio e direção. Aí está o seu erro: no âmago profundo do social, nas entranhas do povo, ferve a insatisfação alimentada pelo medo impotente até que um dia explode tudo no tiro do fuzil.

Foi assim com Kadaffi, foi assim com Mussolini, cadáver exposto em praça pública ao lado do corpo dilacerado da amante Claretta Petacci. Sem esquecer as mortes morais e humilhantes como as de Pinochet e dos generais-ditadores da Argentina. Todo tirano cultiva uma maré montante de inimigos.

E afinal mandar nos outros com poder de vida e de morte é assinar a própria morte, cultivada nos porões mais fundos da história que se faz.

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