O resfriado, ah, o resfriado...
Uma das manifestações das pequenas misérias da condição humana é o resfriado. O corpo amolecido, febril, uma espécie de cansaço infame, um letargo que encharca o corpo de dores pequenas e malvadas que pululam de uma parte a outra, a cabeça explodindo; o ar implorando para chegar aos pulmões, antes porém enfrentando a resistência do nariz inteiramente tapado.
É assim que estou, agredido por potente resfriado, tateando letra a letra a construção de cada palavra. Pior: tateando a organização do pensamento. Afinal, não posso escrever palavras a esmo. Palavras soltas, sem o sentido do encadeamento, sem o objetivo de dizer algo, são o mesmo que nada.
Este pequeno texto é escrito sob o ataque cerrado de um resfriado que... Sinceramente, creio você já entendeu tudo. O resfriado é uma espécie de grito desolado. E sua voz fica tão fraca que é melhor calar. No meu caso, é melhor parar.
Abraço grande. Se der, volto a escrever mais tarde. Se não, até amanhã.
Emanoel Barreto
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