Ricardo Moraes/Reuters |
Go back, Mr. Bac
No momento desta redação deste texto Mr. Barack Obama é recebido pela presidente Dilma. A Band News faz uma cobertura ritual: jornalistas deslumbrados fazem comentários previsíveis, cantam loas à vinda do líder americano e elogiam o porte, o charme, o talhe, o indumento, a elegância da Senhora Obama. Um "analista de relações internacionais" faz a pontuação acadêmica da cobertura e elogia a "importância" do encontro, como se o Brasil, de repente, houvesse sido descoberto pelos EUA e isso nos fosse abrir as portas para uma idade de ouro, torneiras jorrando leite e mel.
Capa-editorial do Correio |
Ninguém fala que o interesse maior, o interesse hegemônico, o interesse imposto é dos Estados Unidos face a mudança geopolítica no Magreb, onde a correlação de forças EUA países islâmicos tende, ao que tudo indica, a se alterar negativamente para o gigante do Norte. Assim, os olhos, olhos grandes do Tio Sam, voltam-se para o Brasil, prontos para sugar a colheita do pré-sal em favor dos interesses desse Norte.
A proclamada fala de Obama na Cinelândia foi cancelada. "Segurança", foi o motivo alegado. Dizem as coisas de jornal que li e ouvi que o local é cercado de muitos prédios, de cujas janelas poderia advir algum perigo à integridade presidencial, entenda-se um presuntivo atentado. Quando a isso, se foi assim, agiu-se certo.
Mas outras informações dizem que houve mesmo foi o temor de possível fiasco, leia-se falta de gente, de povo, para aplaudir o que quer que seja que ele fosse dizer. Isso enferrujaria o brilho da cerimônia, já que o evento não passaria de pseudoacontecimento, fato programado para atrair a atenção da mídia nacional e mundial, mostrando que os EUA continuam mandando na América Latina. E como o Brasil é emergente, isso seria o aval de mídia a legitimar tal afirmativa.
Agora, o evento ocorrerá em local fechado, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Também desnecessário, mas, fazer o quê? Será neste domingo o pronunciamento. De qualquer maneira, digo: "Go back, Mr. Bac.
Abaixo, um registro da Folha a respeito de ato de protesto no Rio à presença de Obama.
Protesto contra visita de Obama termina em confusão no Rio
DO RIO
Um protesto contra a visita ao Brasil do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, terminou em tumulto no início da noite desta sexta-feira, no centro do Rio.
Os manifestantes partiram da Candelária e se encaminharam para o Consulado Americano, onde policiais policiais do Batalhão de Choque da PM faziam a segurança do edifício. Uma garrafa de coquetel molotov foi arremessada contra o consulado, dando início à confusão.
A polícia respondeu com tiros de balas de borracha, spray de pimenta e bombas de efeito moral. O coquetel molotov chegou a incendiar uma parte da roupa de um segurança do Consulado, que ficou ferido sem gravidade. Um repórter da rádio CBN foi ferido por um tiro de borracha.
O trânsito chegou a ser fechado em frente ao consulado, mas já foi liberado.
Rafael Andrade/Folhapress | ||
Policial da tropa de choque apaga restos de um artefato após confronto com manifestantes no Rio |
Um comentário:
Boa tarde, Emanoel!
Fiquei sabendo por uma colega tb professora, que a prefeitura do Rio distribuiu 10 convites para cada escola do município para o evento Obama, rs
Obama, go home!!!
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